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Síndrome do vermelho

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Fomos surpreendidos hoje, com a prisão de um Senador da República, fato nunca acontecido antes no Brasil, e também a de um banqueiro. O trabalho do delegado Sergio Moro, está sendo implacável, padrão FBI. Essas prisões se sobrepõem as de ontem de um Amicci do ex-Presidente Lula, que tinha passe livre para entrar no Palácio da Alvorada, a qualquer hora. O delegado Moro, afirmou que não existe nenhuma prova contra o ex-Presidente, mas isso não é indicação que ele pode ficar tranquilo. Como diz o velho ditado, é melhor ele deixar a barba de molho, literalmente! Está virando rotina pela manhã ver gráficos apontando quedas, ainda mais quando o assunto é commodities. Convencionou-se no mercado que, para as quedas usa-se a cor vermelha, e as altas verde ou azul. Assim o vermelho vem predominado. Uma verificação do que vem acontecendo na China, é importante. O Yuan, conforme pode ser visto abaixo, vem se desvalorizando lentamente em novembro, mas nada de muito expressivo, um pouco mai

O dito pelo não dito

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Hoje pela manhã fomos informados que um avião turco F-16 abateu um avião russo Su-24. As informações dadas pelo governo turco são de que o avião russo estava no espaço aéreo turco, e foi devidamente avisado para que saísse. O governo russo não se pronunciou oficialmente até agora, porém o Ministro da Defesa disse que pode provar que esse aparelho estava sobre território Sírio todo o tempo de voo. Esse incidente pode ter repercussões mais sérias, se o que foi dito não for o real motivo. Existem duas possibilidades: o avião estava no território Turco por erro ou em busca de alguma informação, neste caso, tudo ficará como um incidente; ou não estava e foi abatido por erro do governo turco ou propositalmente. E nesta última hipótese poderia existir algum risco mais sério. Pelo sim, pelo não, as moedas dos dois países já foram afetadas com quedas no dia. É muito difícil entender as várias facções existentes nos países Árabes, onde a Turquia pode se enquadrar pelo grande número de muçu

Problema para os nossos filhos

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A crise financeira global vem causando distorções, os economistas buscam explicações do porque o crescimento nos USA e no exterior tem decepcionado repetidamente. Seus argumentos são variados desde austeridade fiscal, como a crise do euro. Agora estão começando a perceber que um dos vetores contrários, e mais difícil de resolver, é a situação demográfica. No próximo ano, as economias avançadas do mundo irão chegar a um ponto crítico. Pela primeira vez desde 1950, a população combinada em idade ativa, irá diminuir. De acordo com projeções da Nações Unidas, em 2050 irá encolher 5%. O número de trabalhadores também diminuirá nos principais mercados emergentes, como a China e Rússia. Ao mesmo tempo, a percentagem da população desses países com mais de 65 anos vai disparar. As gerações anteriores preocupavam-se com o mundo ter muita gente. O problema hoje é que tem muito pouco. Isso reflete duas tendências de longo prazo: Aumento da expectativa de vida e fertilidade em queda. Entret

Mais helicópteros nos USA?

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Ontem foi publicada a minuta da última reunião do FOMC. Embora este assunto já esteja ficando "chato", achei importante destacar alguns pontos desse documento. A seguir, alguns argumentos contra e a favor de um aumento já. Notem que existem menos participantes engajados para elevar os juros - A number of participants, contra os que desejam esperar mais algum tempo - Several participants. Até aí, já sabemos que o FED continua dividido, mas que tinha um grupo querendo aumentar os estímulos foi uma surpresa para mim. Acredito que esses membros tenham o receio que mencionei no post de ontem: ..." o pior que poderia acontecer, seria o FED ter que interromper este movimento depois da primeira ou segunda alta, o mercado tenderia a perder muita credibilidade na autoridade monetária americana"... Todos os países, desde a recessão de 2008, não tiveram sucesso em elevar os juros e sustentar condições financeiras maia apertadas, recuando um tempo depois -veja gráfico

Pisando em ovos

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Enquanto boa parte da atenção do mundo está em tentar entender os detalhes do ataque do último dia 13 na França, pouca atenção tendo sido dada às dúvidas macroeconômicas atuais, bem como a situação política interna aqui no Brasil. Com incursões na Síria, como também caça aos terroristas, que se escondem dentro dos arredores de Paris, um movimento positivo aconteceu. Tanto os USA como a Rússia, estão buscando um acordo de cooperação em conjunto, para enfrentar o grupo extremista denominado de ISIS. Nos mercados financeiros, a volatilidade tem estado mais baixa que a de semanas anteriores. Imagino que os investidores agem com cautela neste momento, preferindo esperar para ter um pouco mais de segurança que, não entraremos numa "guerrilha" global. Ontem publicou-se o índice de inflação ao consumidor americano, o CPI, e o resultado em bases anuais manteve-se estável em 1,9% a.a. Na ilustração a seguir, encontram-se os comentários do Banco Credit Suisse, onde eles acreditam

FED: We have a problem!

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Hoje vou começar reforçando alguns conceitos dos contratos de derivativos. Acredito que maior parte dos leitores conhece como funciona um contrato de derivativo que, nada mais é que, um compromisso de liquidar um ativo no futuro a um preço pré-estabelecido. Por exemplo, se você compra dólar para liquidar em dezembro deste ano a R$ 4,00, na data estabelecida, vai ganhar ou perder dinheiro se o dólar estiver acima ou abaixo deste valor, respectivamente. Existem duas categorias de investidores que atuam neste mercado com objetivos diferentes: os especuladores e os arbitradores. Estes últimos são fundamentais para dar equilíbrio aos preços, assim se houver mais especuladores querendo comprar que especuladores querendo vender, os preços tendem a subir, e é neste momento que o arbitrador tem um papel importante. Mas o que faz exatamente o arbitrador? Como o nome diz, arbitra entre o preço atual e o preço futuro. Vou usar um exemplo com o ouro, que é uma mercadoria liquida negociada e

Desesperança

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Depois dos horrores deste final de semana ocorridos na França, ocasionando uma indignação pelos quatro cantos do mundo, começamos a semana com muitas desconfianças e receios. É natural que os franceses estejam mais revoltados que os outros. O governo Francês reagiu lançando vários ataques aéreos na Síria contra o estado Islâmico. Notem que ultimamente esse país tem sido palco de incursões de todos os lados, tanto pelas conquistas feitas pelos terroristas, como pelos aliados com seus bombardeios. Não é à toa que o movimento de emigração para a Europa tem sido maciço, tudo indica que, para quem quiser ficar na Síria ou arriscar sair sem lenço nem documento, a última é a de menor risco. Mas como será a reação da população francesa pós-horror? Um pouco depressiva, onde os valores serão questionados pelos seus cidadãos, acrescidos pelo medo de um novo ataque. O mais provável é que nada aconteça por um bom tempo, e pouco a pouco a vida volte ao normal, mas a marca deste evento permanecer

Stoploss Terrorista

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Não é necessário nenhum comentário a mais, do que já não tenha sido publicado, sobre o horror vivido na França nesta última sexta-feira 13 . Infelizmente, fez jus à lenda! Uma pergunta que se deve fazer é, "foi uma surpresa"? Honestamente, não! Temos assistido atos de terror espalhados pelo mundo, da qual posso citar alguns: barbaridades na Síria; execuções sumárias de civis por decapitação; ataques terroristas diários, no “varejo”, em Israel; destruição de  templos históricos; e muitos outros. O mundo fica indignado “que horror”, “um absurdo”, mas o que está escondido por trás destas afirmações é: Que bom que não foi aqui! Mas desta vez foi ali, na França. Vou usar um paralelo do mercado financeiro. Quando um investidor toma uma posição em algum mercado, é prudente que se coloque um nível mínimo aceitável de queda, se ele estiver errado. Desta forma, evita perder todo seu Capital. Este nível chama-se stoploss. Posso afirmar para vocês que, quando não usei essa técnica