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Políticos mantem o vício

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Largar um vício é sempre muito difícil. Eu, por exemplo, fumei por décadas e depois de levar um susto resolvi abandonar. Mas não foi fácil, depois de 10 anos sem colocar um cigarro na boca, ainda sonhava que estava fumando e durante o sonho me sentia culpado por ter voltado a fumar. Qual não era o alívio ao perceber que era um sonho, na verdade, um pesadelo! O Brasil vive há décadas com um sistema político corrupto, mesmo que no governo do PT essa atitude tenha se proliferado de forma geométrica. Com a operação lavajato em curso por aproximadamente 2 anos, e com todas as conquistas por ela obtida, seria de se supor que a prática de corrupção estaria em extinção. Mas os últimos acontecimentos me fizeram questionar sobre isso. Incialmente, o caso do ex-Ministro Marcelo Calero colocou o Presidente numa situação delicada, pois aquele afirma que foi primeiro abordado pelo Ministro Geddel Viera para que intercedesse na obra de um edifício que se encontra embargado, onde o mesmo

Fazemos qualquer negócio

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Em dias de feriado como hoje , e especialmente o de Thanksgiving, os mercados que permanecem abertos tem baixa liquidez. Todos estarão aguardando amanhã, a divulgação das primeiras expectativas de vendas, da liquidação mais esperado do ano o Black Friday, que agora se tornou global. Assim, os assuntos de hoje são mais de interesse geral. Para quem assistia ao programa a escolinha do professor Raymundo deve lembrar-se do personagem Samuel Blaustein, que costumava dizer “fazemos qualquer negócio” ou “ melhor zero na nota que prejuízo no bolso”. Parece que uma empresa mexicana aderiu ao lema desse personagem, ao oferecer a Trump ajuda na construção no seu “grande, bonito e potente muro”. O Presidente da Companhia CCC – Grupo Cementos de Chihuahua, Enrique Escalante, disse ...“Nós não podemos escolher o cliente, somos um importante produtor nessa área e temos que respeitar os clientes em ambos os lados” ... ...” Para os negócios nós estamos incluidos, Trump é um candidato qu

Dólar pede passagem

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As contas cambiais brasileiras começaram a mudar de rumo a partir do início de 2015, quando o déficit em transações correntes atingiu o recorde de US$ 105 bilhões. Nesses quase dois anos houve um ajuste brutal e o último dado publicado, referente ao mês de outubro, foi de US$ 22,3 bilhões, sendo uma queda vertiginosa de quase 80%; equivalente a 1,25% do PIB. Tal patamar remete esse indicador a níveis observados entre 2010 e 2012. A entrada de investimento direto no país (IDP), que no acumulado dos últimos 12 meses alcançou US$ 75 bilhões, é mais do que suficiente para financiar o déficit em transações correntes. Esse resultado demonstra a manutenção do interesse externo em investimentos no Brasil, apesar das várias dificuldades que enfrentamos nestes últimos tempos. A balança comercial continua sendo o principal item nessa redução, em outubro apresentou um superávit de US$ 2,1 bilhões e uma cifra de US$ 43 bilhões nos últimos 12 meses. Embora grande parte tenha se da

Europa: A bola da vez

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Todos esperam ansiosamente a posse de Trump na Presidência dos EUA, a fim de verificar o que realmente essa figura enigmática pretende fazer. Nestes últimos dias ele é o protagonista da maioria dos comentários, que buscam decifrar através da escolha de sua equipe e de suas ações, o que se poderá esperar. Na minha visão, cada dia que passa, torno-me mais propenso a acreditar que vai fazer o que propôs em sua campanha. Por exemplo, ontem se encontrou com a imprensa numa reunião off records e desceu o sarrafo nos principais executivos, como se diz em linguagem coloquial. Nesse encontro estavam presentes chefes da CNN, NBC, CBS e FOX. ...” Nós estamos numa sala de mentirosos, a desonesta enganadora mídia que divulgou tudo errado” .... Para não deixar dúvidas, estendeu a todos esses adjetivos. Em especial a CNN, ao se dirigir para seu Presidente, Jeff Zucker, ...”Eu odeio sua cadeia de notícias, todo mundo na CNN é um mentiroso, e você deveria se envergonhar” ... Este será o P

2017 será pior que 2016?

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Quem acha que 2016 foi um ano difícil com muitas surpresas inesperadas, que espere 2017. Depois da vitória de Trump, que sucedeu a votação do Brexit, tenho a convicção de que o mercado não vai mais acreditar nas pesquisas, por mais que esses eventos tenham sido pontos fora da curva, pois os investidores não vão pagar para ver. Sabemos que os partidos de direita estão ganhando a preferência dos eleitores ao redor do mundo; pois quanto mais sucessos acontecem, mais ganham força. Gerando, consequentemente, um círculo virtuoso para quem os apoia. A Europa encontra-se sob questionamento e vários países já demostram muita insatisfação por motivos semelhantes ao que levaram os americanos a optar pelo candidato mais à direita. A figura a seguir apresenta um cronograma dos principais eventos políticos nos próximos meses; e não são poucos. O primeiro será o referendum na Itália neste dezembro. O projeto da união europeia compreende vários pontos, dentre os quais a utilizaç

Quem tem medo de bicho papão?

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A professora Yellen disse ontem ao comitê econômico do Congresso que ficará em seu cargo até janeiro de 2018 e que não tem medo de bicho papão, quando afirmou que não se intimida com o novo governo. Com o nível muito próximo do pleno emprego, ela aconselhou Trump e o líder dos Republicanos a serem cautelosos em afrouxar a política econômica através de cortes de impostos e elevações de despesas. ... “Quando tivermos uma maior clareza sobre as políticas econômicas que podem ser implementadas, o comitê levará em consideração os impactos no emprego e na inflação, e talvez, ajustaremos nossas projeções” .... Outros membros do FED disseram que esperam elevar as taxas de juros mais rápido do que o previsto, se o Congresso aprovar estímulos para a economia. Yellen acrescentou que, com uma dívida aproximada de 77% do PIB, não existe muito espaço fiscal caso ocorra um choque na economia; um choque adverso que necessite de estímulo fiscal. Reforçou ao novo Presidente e congressista

Japão estraga a festa

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Os mercados estavam tranquilos em sua aposta que os juros iriam subir, não só nos EUA, mas na maioria dos países desenvolvidos. O mercado encontra-se concentrado nas principais medidas que Trump colocará em pratica, assim, as expectativas de inflação nesses países estão subindo, como é mostrado no gráfico a seguir. Por outro lado, o que o governo japonês mais quer é tirar sua economia da letargia predominante das últimas décadas. O modelo escolhido por eles é um yen mais desvalorizado e juros baixos. Para colocar em prática esse desejo, já tentaram de tudo e nada tem funcionado como gostariam; no máximo mantém o paciente vivo, mas na UTI. Em setembro, o BOJ anunciou algo inusitado, um objetivo para a taxa de juros desafiando-os-limites . Nesta madrugada, o BOJ jogou um balde de água fria nos especuladores ao anunciar sua primeira oferta de compra para títulos governamentais, com um detalhe: volume ilimitado. Entretanto, a chamada não produziu nenhuma oferta por parte d

Longos 60 dias

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Parece que o mercado está bem mais calmo em relação ao novo Presidente dos EUA, pois os analistas já trouxeram a valor presente, como se costuma dizer em finanças, tudo que essa nova gestão pode representar enquanto oportunidades e ameaças. As conclusões baseiam-se majoritariamente em suas promessas de campanha. Do outro lado, Barack Obama, um dos mais fracos Presidentes americanos, tenta passar um recado que o novo mandante da Casa Branca não é um bicho papão. Como diz a difundida frase, “rei morto, rei posto”. É de pouca valia seus conselhos. Por mais que o mercado procure descobrir quais serão seus passos, sempre ficará a dúvida. Será um Trump soft ou hard? Apenas saberemos quando ele assumir, e ainda faltam longos 60 dias. Naturalmente, haverá pistas neste meio tempo, através dos membros de sua equipe ou declarações. Entretanto, podendo ele trocar seus colaboradores em 48 horas, como fez recentemente, ou mudar de opinião, só resta aguardar. Como lembrou José Serra,