O Loco como solução #nasdaq100 #NVDA

 


Existem momentos na vida em que é necessário “chutar o pau da barraca” – sei bem o que isso significa da minha época de exército ao dormir em barracas para dois. Isso é válido tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. Como exemplo recente, nossos "hermanos" argentinos viviam um sofrimento sem fim de forma lenta. Os governos peronistas, que são populistas, adotaram modelos do século passado que se mostraram ineficazes. Como a premissa é a reeleição, “pan y vino” para o povo, uma fórmula secular romana, os mantinha no poder. Até que não aguentaram mais e elegeram Javier Milei, “El Loco”, como presidente.

 Em sua campanha, prometia muitas mudanças radicais, sendo uma delas a eliminação da moeda local, o peso argentino, o que não seria surpresa para um país onde qualquer transação é feita em dólares – e não é transferência internacional e sim em espécie! Os primeiros três meses foram repletos de manifestações generalizadas, mas ele tem se mostrado persistente nas suas ideias e já começa a colher alguns frutos: sua moeda, o peso argentino, teve a melhor performance disparado em relação a todas as moedas, como comenta Ignacio Oliveira Doll na Bloomberg.

Javier Milei Provoca Rali Selvagem que torna o Peso Número 1 no Mundo

Quatro meses após assumir o cargo, o presidente argentino Javier Milei realizou uma proeza crítica em um país há muito devastado pela inflação galopante: ele estabilizou a moeda.

O peso, de fato, não apenas parou de despencar dia após dia, mas em um mercado cambial chave — há muitos aqui, um subproduto das complexas regras do país — está realmente tendo uma valorização acentuada. O peso valorizou 25% em relação ao dólar nos últimos três meses no mercado conhecido como blue-chip swap, usado por muitos investidores e empresas. Isso é mais do que os ganhos postados por qualquer uma das 148 moedas que a Bloomberg acompanha contra o dólar.



É uma estatística surpreendente em um país onde a moeda parece estar em uma queda livre constante. (A menor queda anual na última década foi de 15%.) E isso sublinha os esforços de Milei para conter os gastos governamentais inflados, restringir a demanda por tudo na economia, inclusive dólares, e domar a inflação que disparou para um ritmo anual de quase 300%.

Milei gosta de chamar seus cortes de orçamento de "os maiores da história da humanidade". Ele certamente está exagerando, é claro, mas não por muito. Os cortes que ele impôs somam o equivalente a quase 4% da produção econômica do país, um ajuste tão agressivo que funcionários do banco central estimam ser maior que 90% de todos aqueles realizados no mundo nas últimas décadas.

Há perigos, claramente, em todo lugar para Milei e sua política de peso forte. Por um lado, os cortes de gastos afundaram a economia em uma profunda recessão. E à medida que os argentinos, que já foram espremidos pela inflação, perdem seus empregos, a pressão política para reduzir seu programa fiscal vai aumentar, alertam os analistas. Ele foi forçado a depender de medidas provisórias para cortar o orçamento porque seu pacote de reforma mais amplo encontrou resistência no Congresso, um sinal de quão politicamente tênue é seu plano econômico.

"A grande novidade na Argentina é que a pessoa no comando não está preocupada em pagar o custo político que vem com a austeridade — isso é incomum," disse Javier Casabal, chefe de pesquisa na AdCap Grupo Financiero em Buenos Aires. "O objetivo do governo continuará sendo quebrar a espinha da inflação."

Isso leva ao próximo grande risco: que a inflação não caia tão rapidamente quanto a equipe de Milei imagina.

Isso não só irritaria os consumidores argentinos, mas também aumentaria ainda mais o valor da moeda em termos ajustados pela inflação. Desde que o peso começou a se estabilizar em janeiro, ele avançou cerca de 72% após ajustes pela inflação, uma medida que os investidores argentinos acompanham de perto porque mede as mudanças no poder de compra real da moeda.

Esses ganhos são benéficos para um país até o ponto em que desencorajam as empresas a exportar produtos e mantêm os turistas estrangeiros afastados. Já há rumores de que isso está começando a acontecer em alguns setores.

"Quando os exportadores param de vender," disse Melina Eidner, economista da PPI, uma corretora em Buenos Aires, "o peso paralelo enfraquece."

Por enquanto, no entanto, ele continua a ganhar. Em alguns dias deste ano, ele saltou até 4%. Mesmo no mercado oficial, onde a maioria das grandes transações de importação e exportação acontecem, o peso está amplamente estável. Os formuladores de políticas o orientam ligeiramente para baixo a cada dia — cerca de 0,05% ou mais — em um sistema fortemente regulamentado projetado para suavizar as flutuações.

O peso está se segurando tão bem agora que o banco central tem conseguido intervir no mercado diariamente para comprar dólares e repor as reservas criticamente baixas de moeda forte. Isso é um sinal claro de quão fora de sintonia a Argentina está com os mercados globais; banqueiros centrais em grande parte do mundo agora estão fazendo, ou considerando fazer, exatamente o oposto em um esforço para sustentar suas moedas contra o dólar.




Alguns dos problemas de oferta e demanda na Argentina são resultado, apontam críticos, do fato de que Milei manteve as restrições cambiais que herdou em vigor. Mas essas regras fizeram pouco para desacelerar o colapso do peso sob a administração anterior.

O que é diferente agora é que os argentinos, pelo menos por enquanto, têm mais confiança no peso, contendo a demanda pela segurança dos dólares. (Isso permitiu que o banco central baixasse as taxas de juros na quinta-feira pela quarta vez desde que Milei assumiu o cargo.) Além disso, com os cortes orçamentários no lugar, o banco central não está mais financiando diretamente os gastos do governo imprimindo dinheiro, pondo fim a uma fonte constante de pressão sobre a moeda.

"Com este governo, a política econômica está começando a se tornar racional," disse Carlos Perez, diretor da consultoria Fundacion Capital. Além disso, Perez observa, muitas pessoas que haviam transferido o dinheiro que tinham para dólares agora estão sendo forçadas a vender esses dólares para obter os pesos de que precisam para pagar itens do dia a dia depois que a inflação disparou. "Seus salários não vão longe o suficiente," ele disse.

Milei desencadeou essa onda de inflação em dezembro ao tomar medidas dolorosas — mas a seus olhos, necessárias — para liberar a economia. Ele removeu alguns dos controles de preço que artificialmente mantinham a inflação baixa e permitiu que a taxa de câmbio oficial despencasse em direção à taxa estabelecida no mercado de swaps blue-chip.

Que ele agora esteja supervisionando uma alta acentuada do peso é uma ironia para um homem que havia considerado a moeda tão inútil na campanha eleitoral que a comparou a "excremento" e disse que ela deveria ser totalmente descartada.

A questão é quanto tempo ele pode manter essa nova estabilidade encontrada. Para Casabal, na AdCap, deve ser tranquilo pelo menos até julho. Depois disso, ele está menos certo. Ele se preocupa com a política e a pressão que Milei poderia enfrentar.

"A fragilidade política na Argentina," diz Casabal, "pode desconectar você dos fundamentos e desencadear um pico na taxa de câmbio."

Anunciar medidas audaciosas e fazê-las tem uma diferença brutal. Na hora de implementar, sempre tem aquele funcionário público que irá dizer: “Cuidado, isso pode gerar uma rebelião da população.” E, certamente, uma grande parte do público foi muito prejudicada, mas esse é o preço para colocar o país nos trilhos.

Ainda muitos desafios existem pela frente, porém, com o modelo certo, a chance de sucesso é muito maior que com programas populistas que acabam levando parte da população a virar escrava do governo e de seus benefícios. Os cambistas que deitavam e rolavam nesse período conturbado devem estar preocupados. Se a situação for normalizada, sua profissão vai acabar. Veja como estão se aproximando as duas cotações.



Existe uma boa chance para os argentinos não precisarem mais de “Don’t cry for me Argentina”. Será que o Milei não tem um irmão para mandar para cá? Hahaha...

No post refazendo-os-cálculos fiz os seguintes comentários sobre a Nasdaq 100: ... “Teoricamente, a queda que se iniciou em março pode estar prestes a terminar e uma alta deveria ocorrer prontamente para atingir o nível de 192 mil, terminando a onda v laranja e 5 verde conforme se nota no gráfico. Eu ainda aceito uma queda marginal até ~17 mil”...



A Nasdaq 100 foi no limite da minha observação acima, a mínima atingiu 16.973. Nessa semana a bolsa ameaçou uma reação, porém os resultados da Meta levaram a quedas ontem. À noite, a Google soltou seus resultados e agradou. Não estou tão convicto assim que a queda terminou, mas estou propenso a entrar de novo — pode ser ainda hoje quando os mercados abrirem, e ainda vou decidir se será na Nasdaq 100 ou SP500. Se essa contagem estiver certa, são necessárias 3 condições:

1. Não cair abaixo de 16.973,

2. Ultrapassar 17.653,

3. E subir em 5 ondas.



Meus comentários sobre a NVDA foram: ... “Como as ações dessa empresa subiram como um foguete, as retrações podem ser bem ‘salgadas’ e, assim como a Nasdaq 100, essa onda (4) azul pode ir até U$ 717 ou até mais abaixo ainda – stop loss a U$ 505”...



A mínima chegou bem próxima da marca mais ‘salgada’, como eu havia alertado. Assim como os índices, ela pode estar no caminho de novas altas — seria comprador na abertura a $ 840, e o stop loss seria em $ 782.



O leitor do Mosca conhece minha aversão aos hedge funds; nada contra os gestores, mas acredito que não têm um bom risco-retorno. Essa semana foi publicado o desempenho dos fundos internacionais. Vejam a seguir os retornos comparativos, se atentem à tabela no interior



É verdade que a volatilidade é bem menor que a do SP500, mas o retorno também é bem menor. O leitor poderia dizer que, em compensação, a ideia do HF é diversificar e, como tal, teria uma correlação pequena com a bolsa. Será? Veja a seguir.



Absurdamente alta! Essa é a única expressão que posso qualificar. Os multimercados também não passam por um bom momento por aqui, com saques constantes desde o ano passado. É isso aí, o retorno pode ser bom por um tempo, mas no frigir dos ovos, acabam decepcionando.



Como comentei acima resolvi entrar na nasdaq100 com um trade a 17.540 e stop loss em 17.172; quero ressaltar que ainda será necessário mostrar mais altas para confirmar esse cenário. Outro mercado que estou de olho é o IBOVESPA, quase entrei, mas achei que chega por hoje.

O SP500 fechou a 5.099, com alta de 1,02%; o USDBRL a R$ 5,1183, com queda de 0,81%; o EURUSD a € 1,0696, com queda de 0,31%; e o ouro a U$ 2.338, com alta de 0,29%.

Fique ligado!

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