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Mostrando postagens de 2025

Como definir risco? #S&P500

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  O cenário financeiro global é um palco onde a incerteza executa uma coreografia inquietante. Perguntas como as alíquotas futuras de importação, o impacto nos preços e a resposta do Federal Reserve pairam, ampliando a gama de resultados possíveis — muitos deles incertos.” No Mosca a missão é destacar o novo, decifrando dinâmicas frescas com sofisticação e audácia. Este texto, baseado nos documentos fornecidos, conecta o conceito de risco às convulsões atuais dos mercados, enfatizando perspectivas originais, incluindo minha percepção sobre o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, e uma reflexão sobre o pessimismo extremo.   Risco: A Incerteza como Protagonista Risco não é apenas perda, mas a ausência de certeza, uma gama de desfechos com probabilidades incertas. Como Joe Wiggins explora em Behavioural Investment, pular com um paraquedas caseiro é arriscado pela possibilidade de sobreviver ou morrer; sem ele, a certeza da morte elimina o risco. Investidores devem focar nes...

Nunca foi tão útil o Excel #USDBRL

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  No Banco Francês, chamávamos os estagiários de “Amarra Cachorros”, uma tradução literal do *attacher le chien* – o sujeito que prendia os cães dos clientes na porta dos magazines. Hoje, esses heróis anônimos do Excel devem estar suando frio, recalculando o impacto das tarifas americanas, que, como um vento inclemente, bagunçam os números sem prometer alívio. O Wall Street Journal aponta cinco sinais de que o mercado está à beira de um colapso nervoso: rendimentos de títulos do Tesouro em disparada, seguros contra calotes de junk bonds em alta, capitulação no mercado de dívida, fuga de ETFs de empréstimos e um mercado de futuros mais seco que o Saara. Os rendimentos dos Treasuries de 30 anos, que Wall Street gosta de chamar de “taxa livre de risco”, pularam de 4,5% para 5% em uma semana. É como se o refúgio seguro virasse uma montanha-russa. O “seguro” virou “aventura” Enquanto isso, o mercado de junk bonds está em pânico. As opções de venda no ETF iShares iBoxx $ High Yield...

Sinais de Perigo #nasdaq100 #NVDA

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  A estratégia de Donald Trump, em sua segunda passagem pela Casa Branca, é clara: tarifas como arma para reconfigurar o comércio global, com a China no centro do alvo. Em 10 de abril de 2025, a Casa Branca anunciou que as tarifas sobre produtos chineses atingiram 145%, enquanto Pequim respondeu com um aumento para 125% sobre bens americanos, conforme relatado pelo Wall Street Journal. Esse cabo de guerra não é apenas uma troca de golpes econômicos; é uma ameaça existencial ao equilíbrio do comércio global. Como apontei no Mosca, “a estratégia da China é clara: qualquer elevação de tarifa pelos EUA faz com que eles elevem na mesma proporção as tarifas chinesas”. O resultado? Um impasse onde ninguém cede, e todos sofrem. Os mercados, sempre atentos, já captaram o cheiro de perigo. O dólar, outrora um refúgio inabalável, está reagindo em queda. O ouro, por outro lado, disparou para acima de US$ 3.200 a onça, sinalizando uma fuga para ativos tradicionalmente seguros. Como observou J...

Game of Trades: Um pregão por Dia

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Com décadas nos mercados financeiros, já vi de tudo — ou pelo menos achava que sim. A frase “vivendo e aprendendo” nunca fez tanto sentido. O que estamos presenciando é inédito: um governante, por meio de decretos, ameaça desmontar a globalização não de forma gradual, mas praticamente overnight. É como se o mundo, acostumado a uma sinfonia econômica afinada, fosse forçado a ouvir um solo caótico de bateria. E o maestro? Um duelo entre os dois maiores atores do PIB global, cujas personalidades tornam o desfecho tão imprevisível quanto um pregão em pânico. Donald Trump e Xi Jinping, os protagonistas, não poderiam ser mais opostos. Trump, um narcisista carismático, opera como um “general de palco”, movido por emoção, ego e a necessidade de dominar a narrativa imediata. Sua lógica é reativa: tarifas de 100% ou mais, anunciadas com estardalhaço, visam vitórias rápidas para aplausos instantâneos. Xi, por outro lado, é um “engenheiro de império”, estratégico e consciencioso, cuja paciência ...

O Repique de Poker nas Tarifas #IBOVESPA

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  O tabuleiro global da economia virou um saloon de apostas altas, e os jogadores principais — Donald Trump e a China — estão repicando as fichas como em um jogo de poker selvagem. Ontem, comentei que Pequim não daria o braço a torcer, e hoje, 9 de abril de 2025, a profecia se cumpriu com estilo: a China elevou as tarifas sobre produtos americanos para 84%, uma resposta cortante ao aumento de Trump, que ontem cravou os produtos chineses em 104%. É um duelo de titãs onde cada um dobra a aposta, desafiando o outro a piscar primeiro. Mas, enquanto os governantes exibem suas cartas com audácia, o mercado global assiste, atônito, a um espetáculo que pode terminar com a mesa virada — e o saldo comercial entre essas potências reduzido a cinzas. Esse embate não é apenas uma troca de bravatas tarifárias; é uma guerra de narrativas e poder que reverbera em bolsas, títulos e na confiança dos investidores. Trump, fiel à sua promessa de campanha, parece disposto a escalar ainda mais, mas será...

O efeito colateral #S&P500

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  Parece que Michael Makia da Bloomberg deu uma espiada no blog do Mosca, porque as semelhanças entre o artigo dele, publicado hoje, e o “Trumpvid-25: O Furacão de Uma Crise Fabricada” publicado ontem são sugestivas! Ambos jogam luz no caos atual dos mercados, com as tarifas de Trump espelhando o pesadelo da Covid-19: investidores desfazendo posições em ações em ritmo acelerado, demanda por hedges em ascensão vertiginosa e uma incerteza política que eleva a volatilidade a patamares reminiscentes da pandemia. Enquanto Makia reflete sobre valuations fragilizadas, o Mosca já apontava – com precisão, não devaneio – que esse “Trumpvid-25” é uma crise autoinfligida, uma decisão que compromete cadeias de suprimento e a confiança global, conduzindo a economia a instabilidade. Os efeitos colaterais das tarifas se manifestam como uma terapia mal calibrada, cujos impactos se alastram pelo sistema econômico global. Imagine os Estados Unidos como um paciente submetido a uma intervenção arrisc...

Trumpvid-25: O Furacão de Uma Crise Financeira Fabricada #USDBRL

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  Em um mundo que ainda carrega as cicatrizes da Covid-19, surge um novo vírus econômico, mais insidioso e, paradoxalmente, de origem voluntária: o que chamo de “Trumpvid-25”. Não se enganem, leitores, essa não é uma metáfora leviana. Assim como a pandemia global de 2020 desestabilizou produtores e consumidores em escala planetária, as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump em abril de 2025 desencadeiam um efeito cascata de proporções análogas – mas, desta vez, sem a promessa de uma vacina como salvação. A cura, se houver, depende de um recuo que o próprio Trump parece relutar em considerar, enquanto empresários, analistas e até aliados de Wall Street imploram por racionalidade. O que temos diante de nós é um experimento econômico temerário, uma obra-prima de caos auto infligido que ameaça transformar um país em crescimento sólido em um epicentro de incerteza global. Minha tese é clara: há uma semelhança econômica estrutural entre os efeitos da Covid-19 e as tarifas de Tru...

Mudança estrutural: O Futuro em jogo #nasdaq100 #NVDA

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  O mundo está diante de uma mudança estrutural que transcende o óbvio. As tarifas anunciadas em 3 de abril de 2025 desencadearam um terremoto econômico cujas réplicas ainda estamos começando a sentir. Como apontei em "Uma mudança estrutural", o impacto nos preços é inegável e significativo, com a China já retaliando e os mercados reagindo em reflexo automático: bolsas em queda, dólar oscilante e juros em retração. A leitura inicial aponta para uma recessão nos EUA, com chances acima de 50%, mas o que realmente importa agora não é o passado ou a decisão em si — é o que vem pela frente. Estamos no limiar de um cenário imprevisível, e é nele que reside o verdadeiro desafio. Os mercados podem até apostar no colapso americano, mas eu vejo um tabuleiro mais amplo. Se os EUA desacelerarem, o contágio será global — China inclusa, onde o impacto será visceral dado seu momento econômico frágil. Essa não é uma disputa entre governos que se resolve em comunicados; ela sangra nas empre...