BCB: Fechado para balanço
Ontem o banco central brasileiro baixou a taxa SELIC em
0,50% situando-se agora a 7% a.a. Esse movimento era largamente esperado não
causando nenhum impacto maior. O que o mercado buscava nas minutas publicadas
após a reunião, era saber se ainda existem mais quedas a frente. O que se pode
inferir com certeza das minutas é que se houverem novas quedas serão menores
que 0,50%, o que sugere pelo menos mais um corte em fevereiro de 0,25%.
O gráfico acima não deixa dúvida sobre o que representa uma
política econômica desastrosa contra uma outra coerente. É impressionante a
inclinação da alta dos juros que ocorreu entre o final de 2012 até 2015.
Naturalmente, a queda observada no período que antecedeu a esse período foi
artificial, a Dilma mandou baixar os juros por que ela queria.
Mas agora se encontram sob comando de profissionais
competentes e um governo que mantem atitudes corretas do ponto de vista
econômico. O que acontecerá depois de 2018 pouco gente sabe, esse será o tema
do Mosca para 2018.
Um fator que permite uma certa tranquilidade ao banco
central e a elevada capacidade ociosa mediada pelo output gap – esse resultado indica que a economia poderá crescer
sem gerar pressão inflacionária.
A ilustração a seguir é bastante sugestiva, indica o grau de
endividamento das pessoas em diversos países. Nos quadros superiores encontra-se
na sua maioria países desenvolvidos, enquanto na parte inferior países em
desenvolvimento ou emergentes como são normalmente chamados. Esses últimos com
níveis de endividamento muito inferiores aos primeiros. Essa diferença é
causada por vários motivos onde se pode elencar o baixo grau de penetração do
sistema bancário, baixa renda e no caso brasileiro elevada taxa de juros.
Eu vislumbro um cenário, pelo menos até as eleições, com uma
inflação controlada e baixa entre 3% - 4% a.a. Acredito que estou sendo
conservador. Esse baixo nível de endividamento agregado a uma melhora nos
níveis de desemprego deverá impulsionar nossa economia sensivelmente daqui em
diante. Um novo boom de crédito poderá estar por acontecer em breve. Esse
efeito terá impacto sobre as eleições, mas esse é um assunto para próxima
semana.
Ontem foi publicado o dado de emprego pelo ADP, e numa das
únicas vezes que me recordo onde o previsto foi igual ao realizado. Isso não
indica nada, mas é estranho, pois sempre existe divergência. Foram criadas 195
mil vagas onde uma boa parte – 40 mil - foram no setor de manufatura, setor que
vem perdendo vagas há vários anos. Amanhã será publicado o resultado oficial
cuja projeção média é da criação de 190 mil vagas.
Depois de um bom tempo sem analisar ouro, parece que surgiu
uma oportunidade. No post deficit-hdl, fiz os seguintes comentários: ...” comentei sobre uma configuração
denominada de megafone, que aparece também no metal – veja a seguir em preto”
... ...” o ouro está no meio do megafone, ficando aberta qualquer direção.
Tenho uma leve preferência no sentido de queda, mas nada suficiente para sugerir
um trade” ...
...” até calculei que
poderia ter um trade de venda com um fechamento abaixo de U$ 1.265, onde o
stoploss ficaria em U$ 1.310, um risco de 3,5% para um ganho potencial de 4,5%,
não é mal. Mas acredito que o movimento não será numa linha reta e numa dessas
voltadas o stoploss pode ser acionado. Mas não achou mal, desde que, rompa o
nível de U$ 1.265” ... pois bem, na terça-feira esse nível foi rompido
depois de passar quase 30 dias num movimento errático.
Vou propor um trade de venda ao nível atual de U$ 1.255 com
stoploss a U$ 1.275. Como apontei na figura acima tenho dois objetivos o
primeiro a U$ 1.200 e o segundo a U$ 1.120.
Os compromissos da semana passada acabaram afetando minha
programação, onde dei mais atenção aos mercados em que possuímos posições. Mas
também não foi uma perda tão grande nesse caso, talvez tivesse sugerido o trade
de venda a U$ 1.265, vou ficar devendo esses U$ 10 aos leitores! Hahaha ....
O SP500 fechou a 2.636, com alta de 0,29%; o USDBRL a R$
3,2901, com alta de 1,68%; o EURUSD a € 1,1771, com queda de 0,19%; e o ouro a
U$ 1.246, com queda de 1,34%.
Fique ligado!
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