Ex-post sempre dá certo #usdbrl
Hoje se comemora o Dia do Trabalho nos EUA. Como vocês
sabem, em feriados americanos os mercados permanecem em banho-maria.
A sensação de segurança ao se analisar dados do passado
criam uma falsa expectativa desegurança. É muito comum estudos e gráficos que
apontam evolução positiva de um investimento SE fosse possível retroagir
no tempo. Esse apelo mexe com qualquer um, afinal investir é uma alternativa de
risco e como tal é confortável ganhar – e ganhar bem sem risco.
Essa percepção mais pragmática que enfatizo só vem com o
tempo. Durante a existência do Mosca presenciamos momentos impensáveis
até então, alguns marcantes como o período de juros negativos, ou que ocorreu
com os contratos futuros de petróleo cujo valor de liquidação foi negativo –
você recebia dinheiro para ficar com o óleo!
Essas situações reforçaram ainda mais minha percepção que
não existe nada sem risco, exceção: o falecimento um dia ou pagar impostos –
principalmente nesse governo que jurou não aumentar os impostos... Ahmmm ....
Eu gosto bastante do Ben Carlson, compartilhei diversas
vezes seu conteúdo, postado no site A Weath Of Commom Sense, mas o recentemente
publicado tenho algumas críticas que comento ao final. Título: Fazer preço
médio em um mercado de baixa vence novamente.
Adoro estudar história do mercado financeiro.
Você não pode prever o futuro aprendendo sobre o passado,
mas isso pode ajudá-lo a entender melhor a relação entre risco, recompensa e
natureza humana.
Se você olhar para gráficos do passado e ler livros sobre a
história do mercado, será invariavelmente atraído pelos altos e baixos.
E olhar para as altas e baixas faz você olhar para certas
datas e eventos atípicos.
O topo em setembro de 1929. O Dow não foi a lugar nenhum de
1966 a 1982. O início do mercado altista de ações e títulos no início dos anos
1980. O acidente da Black Monday em outubro de 1987. O topo em março de 2000. O
fundo em março de 2009.
O problema de olhar para os mercados do ponto de vista de
pontos de início e fim estáticos é que simplesmente não é realista para a
grande maioria dos investidores.
Quantos investidores colocam seu dinheiro em um determinado
momento e simplesmente esquecem? E quantos investidores o fazem no topo ou na
base do mercado?
Ninguém realmente investe dessa forma.
Você faz aportes periódicas de seus contracheques ao longo
do tempo. Ou, se você terminou sua poupança, está fazendo saques. Ou reinvestir
rendimentos e dividendos. Rebalanceamento de sua carteira. Alterando sua
alocação de ativos.
Investir parece estático através das lentes de gráficos e
retornos históricos. No mundo real, as carteiras dos investidores estão
constantemente em um estado de dinâmico e não controladas por uma única compra
ou venda que pode ocorrer em um momento oportuno ou inoportuno.
Quando você pensa sobre os mercados da perspectiva da
experiência vivida para a maioria dos investidores, isso pode mudar como se
sente dependendo de mercados em alta ou baixa.
Por exemplo, o ano passado foi o 7º pior retorno do S&P
500 desde 1928. É difícil para os investidores considerarem um dos piores anos da história como positivo.
Mas o péssimo desempenho do ano passado foi ótimo para quem
estava colocando dinheiro no mercado periodicamente. Os mercados em baixa são
ótimos para o método de custo médio.
Meu colega Nick Maggiulli criou uma adorável calculadora
DCA na Of Dollars
and Data que permite que você veja os resultados de investimentos mensais
usando 150 anos ou mais de dados históricos publicados por Robert Shiller.
O mercado de ações atingiu o pico em 3 de janeiro de 2022,
então usei a ferramenta do Nick para ver como foram os resultados para alguém
investindo US $ 500 / mês a partir de janeiro de 2022 até julho deste ano:
Estes são os resultados:
Do início de 2022 até julho de 2023, o S&P 500 caiu 1,2% no total.
Mas aa compras efetuadas cada mês segundo o critério acima
lhe daria uma taxa interna de retorno de mais de 13%. Mesmo depois de
contabilizada a inflação, que foi elevada, a TIR foi de quase 9%.
Investir regularmente seu dinheiro durante um mercado em
baixa faz maravilhas para seus retornos futuros.
Obviamente, é fácil olhar para trás depois que o mercado
voltou a subir.
Mas os mercados em baixa são um momento maravilhoso para
obter alta de longo prazo.
E a melhor parte de investir em um intervalo definido –
trimestral, mensal, semanal etc. – é que você diversifica seus pontos de
entrada.
Você não precisa se preocupar tanto com topos e fundos.
Alguns pontos de compra serão melhores do que outros, mas assim vai.
O custo médio está longe de ser a estratégia de investimento
perfeita. A boa notícia é que você não precisa ser perfeito para encontrar o
sucesso do investimento.1º
Você só tem que ser consistente.
Essa consistência é mais importante durante os mercados em
baixa.
Vamos separar alguns dos conceitos que Carlson enfatiza.
Investir de forma dispersa no tempo acho prudente, pois como ninguém sabe o
momento certo para investir, uma alocação temporal equivale a jogar uma moeda
no ar – pode ter sorte ou azar.
Meu amigo pode me atazanar dizendo que o Mosca sabe
esse momento e antes que ele se manifeste vou enfatizar – novamente, que
análise técnica é probabilística, tem boa chance de dar certo, mas pode não dar
justamente desta vez.
Agora, enfatizar que a estratégia que destaca ser ótima e
por isso “mercados de baixa são um momento maravilhoso de alta de longo prazo”
não posso concordar. A frase é verdadeira, porém, não se pode afirmar que
durante o movimento existia essa garantia – que é como ele coloca!
Fui buscar no passado uma situação em que o mercado caiu e
depois se recuperou num espaço de tempo admirável. O momento escolhido foi a
queda de 1929 que durou aproximadamente 3 anos com uma retração dos preços de
85%. O SP500 só retornou as máximas depois de 25 anos.
Será que usando esse evento suas conclusões seriam as mesmas? Certamente não.
- David, você está virando manipulador! Foi logo escolher
o Crash de 29.
Bem, os dados estão certos e ocorreram, não são Fakedata –
Nova categoria! Hahaha ... E quando você quer provar uma tese se utiliza de
dados para tanto, da mesma forma que ele usou a queda da pandemia para sua
tese.
Não dá para dizer ex-ante se você está comprando num mercado
de baixa ‑ imagina ter comprado a partir de 1929, mês a mês, até que a última
compra fosse 85% menor que a primeira. Também não calculei quanto tempo demorou
para zerar as perdas. Visualmente, poderia ser em 1937 nesse primeiro topo destacado,
mas em seguida uma nova queda que durou até 1943.
Sempre que encontrarem algum estudo mostrando como teria
sido bom comprar um ativo, ou investir num fundo num determinado momento, façam
como eu. Achem Legal! E se perguntem: e daqui em diante? Posso adiantar
qualquer que seja a conclusão que tem risco.
A publicação de um gráfico elaborado pelo Banco Central Brasileiro aponta a arrecadação necessária para atingir o compromisso assumido pelo governo. Pelas medidas adicionais se pode entender a voracidade para encontra novas fontes de tributação e caso não seja possível o déficit não será zerado. Façam suas apostas.
Passados uma semana ainda não existe definição se o dólar está num movimento de alta ou existem novas quedas a frente. No gráfico abaixo, caso ocorra a primeira hipótese poderemos visionar um primeiro objetivo ao redor de R$ 5,26 e como destaquei abaixo precisa “segurar as pontas” no intervalo acima de a alta estiver em curso.
O USDBRL terminou a R$ 4,9322, com queda de 0,28%; o EURUSD a € 1,0793, com alta de 0,18%; o ouro a U$ 1.938, sem variação.
Fique ligado!
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