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La GarantIA soy Yo #OURO #GOLD

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  Hoje o post foi escrito por meu parceiro Alberto Dwek É um exemplo bastante citado, mas vale a pena contar de novo. Em 1770, um inventor húngaro chamado Wolfgang von Kempelen apresentou às cortes europeias o “Turco Mecânico”, uma máquina de jogar xadrez composta de uma caixa com mecanismos internos encimada por um manequim trajado à turca. Este verdadeiro computador de xadrez derrotava seus oponentes e resolvia problemas avançados do xadrez. Demorou mais de 80 anos até que se confirmasse que o tal Turco era operado por jogadores humanos de dentro da caixa. Como dizem os franceses: Plus ça change, plus c’est la même chose — quanto mais a coisa muda, mais ela fica igual. Pensei na história do Turco quando li vários artigos sobre uma prática cada vez mais comum, o AI washing , que poderíamos traduzir por “Banhado a IA” ou, para usar uma tradicional, porém incorreta comparação feita no Brasil, “IA paraguaia”, lembrando a antiga entrada para contrabando de baixa qualidade que me desc

Powell: sorte ou competência #IBOVESPA

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  Alguns anos atrás, conheci o professor e estrategista do Morgan Stanley, Michael Mauboussin, assistindo a uma palestra TED sobre seu livro "The Success Equation". O assunto era como medir se um resultado foi conseguido por sorte ou competência. Uma regra simples que ele citou para avaliar o resultado em uma competição esportiva é: se repetir o evento, qual será o resultado esperado? Para simplificar, se você disputar uma corrida com o Bolt nos 100 metros e ganhar — provavelmente ele deve estar muito doente, não tente repetir, pois vai perder com certeza, chegando a concluir que foi pura sorte A partir desse dia, tento avaliar minhas posições verificando se o resultado foi por sorte (ou azar) ou por competência. Como uso a análise técnica, esse trabalho é mais simples: basta observar a probabilidade de ocorrer desde que minha estratégia não contenha erros de avaliação. E você, já pensou nesse assunto? Se não, recomendo que o faça e seja o mais honesto possível, pois se t

Cuidado com a carona #S&P500

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  Como ocorre todos os anos, fui convidado a fazer uma exposição para os alunos de mestrado da FEA. Esses encontros têm se tornado interessantes, pois, além do tema principal, faço algumas projeções usando minha ferramenta principal: a análise técnica, que tem gerado grande interesse. Neste ano, o tema que escolhi foi: As Sete Magníficas, explorando a concentração dessas ações, suas implicações no mercado e questionando a existência de uma possível bolha em andamento. Nos gráficos, inovei ao apontar o que eu havia previsto e o que realmente ocorreu. Na apresentação, comento sobre o conceito da “carteirinha”, com o qual os leitores do Mosca estão familiarizados. Com o passar do tempo, essa ideia tem se mostrado apropriada, como confirma James Mackintosh em matéria publicada no Wall Street Journal. Veja o título: Como perder dinheiro no tema mundial mais popular. Existem muitas maneiras embaraçosas de perder dinheiro, mas é particularmente frustrante quando você identifica corretamen

100% de acerto #USDBRL

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  Hoje é feriado nos EUA, o que significa que os mercados estão em banho-maria. No começo de cada mês, é mandatório discutir dois tipos de conteúdo: uma tabela com a performance do mês passado e, de lambuja, o acumulado no ano; além das previsões para o mês seguinte. Hoje, no início de setembro, com 2/3 do ano já passados, me deparei com uma matéria da Bloomberg alertando que setembro é um mês ruim para a bolsa – americana, é claro. No passado, se estivesse posicionado, ficaria preocupado. Investir é a profissão mais simples que existe; afinal, você tem apenas três opções: comprar, vender ou não fazer nada – esta última é a mais difícil. E, ao ler a matéria mencionada acima, o que você deve fazer? Vamos fazer uma pequena simulação: 1. Vende toda a carteira: Se a bolsa cair, você ficará feliz da vida e “acreditará” que essa estatística faz sentido. Para entrar novamente, esperará o mês “bom” da bolsa. Caso contrário, se subir, ficará p&to e sem rumo dali em diante – ainda pior s

O ticket de balada que micou #nasdaq100 #NVDA

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  Nas mudanças que ocorre de geração em geração a compra de ingressos para balada – na minha época era bailinho, chamou minha atenção. Cercado por três filhos e três enteadas, e com a experiencia de trader, posso dizer que tinha esse mercado em minhas mãos! Hahaha... Acontece da seguinte forma: uma balada marcada para uma data X começa a vender ingressos pelo preço nominal com volume limitado. Conforme os dias passam e a procura aumenta, o preço também sobe – uma lição prematura aos jovens sobre a Lei da Oferta e da Procura. Quando o evento se aproxima, já presenciei ágios de 200% a 300%, e você sabe, quanto mais difícil de conseguir, maior a vontade de ir. Quem se aventura a especular pode se dar bem ou mal, pois não são raros os casos em que houve deságio, afinal, depois de algumas horas o ingresso vai valer pó. Acredito que com a Nvidia ocorreu algo semelhante. Como comentei no post --- A Nvidia não fabrica leite ---, seus resultados foram divulgados na última quarta-feira. De i

A China desafia até a matemática #EURUSD

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  Não é novidade para ninguém o modelo adotado pela China para crescer. Resumidamente: aprender a produzir (e a copiar!), implantar fábricas, buscar qualidade nos produtos e exportar, gerando superávit comercial, a base de suas reservas internacionais. Com esse modelo, saiu de uma economia que estava fora das 10 maiores em 1970 para a segunda maior já em 2010. Seu PIB passou de U$ 92 bilhões em 1970 para U$ 175 trilhões em 2023 — um crescimento estilo Nvidia (maiores comentários amanhã). Para conseguir tal feito, foram necessários investimentos não só em fábricas, mas também em infraestrutura, além de mover milhões de pessoas do campo para trabalhar nas novas indústrias. Estava tudo indo bem até que Donald Trump resolveu dar um basta em 2018, impondo novas tarifas. Biden, por sua vez, mais preocupado com segurança, impôs outras restrições sem remover as de Trump. Essa queda marginal nas vendas poderia ser absorvida internamente para solucionar o excedente, mas, como os leitores do