Bitcoin sob fogo cruzado
As moedas digitais não tiveram um começo de ano auspicioso,
enquanto as bolsas de valores continuam em sua trajetória de alta, as
cryptocurrencies estão levando bordoadas de todos os lados. A Coreia do Sul
implementou uma série de restrições em sua negociação, vale lembrar que os
sul-coreanos adoram especular com esse instrumento, O secretário do tesouro
americano, Steven Mnuchin disse estar preocupado ...” We want to be sure that bad people cannot use
theses currencies to do bad things” .... Mas no meu entender, a informação mais
preocupante para quem gosta de “apostar” nessa moeda, é que apenas 4% de
códigos detém mais de 80% do estoque.
O Mosca publicou
diversos posts sobre esse assunto sempre se posicionando que esse movimento se
trata de uma bolha, e em bolhas nunca se sabe quando e a que preço vão
estourar. O gráfico a seguir apresenta a evolução do bitcoin nos últimos 12
meses. Depois de ter encostado na marca de U$ 20 mil, hoje se encontra próximo
de U$ 12 mil, uma queda nada desprezível de 40%.
Uma análise técnica feita sobre os bitcoins e apresentada a
seguir, aponta o risco de a moeda atingir U$ 6 mil, caso o nível de U$ 10 mil
não se sustente. E caso isso aconteça, as chances dessa bolha desinflar
aumentam substancialmente conforme comentei no post 2017-o-ano-do-bitcoin: ...” mesmo que essa bolha especulativa desinfle
e os preços atinjam patamares entre U$ 2.000/ U$ 4.000, o assunto não deverá
sair dos noticiários” ... Só que neste caso será pelo
mal motivo. Mas não se pode cantar vitória, é necessário um rompimento sólido
do nível de U$ 10 mil.
Está tudo muito bem, tudo muito bom, mas 2018 terá uma situação
muito diferente dos últimos anos. Desde de 2009, os bancos centrais no mundo
usaram e abusaram dos helicópteros para injetar quantidades incríveis de
liquidez. Na ilustração a seguir se pode observar os movimentos dos principais
BCs.
Mas a partir de agora além de não injetarem começam a
retirar, como o caso do FED, ou diminuir, como o caso do ECB e BOJ. A
ilustração a seguir mostra que a somatória total do fluxo se tornará negativo.
Por mais que os analistas considerem que esse processo será
“numa boa” eu não estou tão convencido assim. Os ativos subiram de forma
expressiva durante esses últimos anos e provavelmente o excesso de liquidez
tenha sido uma das razões dessa alta. Se esse for o caso, o mercado vai sentir
um primeiro soco no estomago, pois é esperado mais retiradas nos próximos anos,
quando o ECB e até mesmo o BOJ sigam o mesmo caminho do FED.
Os analistas também tentam acalmar os investidores dizendo
que se os mercados começarem a ratear, eles mudam de direção e voltam a injetar
novamente. Concordo, desde de que, a inflação fique comportada, pois caso
contrário eles falarão I´m sorry but...” .
Neste quesito, por enquanto, nada a temer. Na semana passada
foi publicado o CPI americano, o índice cheio terminou o ano em 2,1%, na pinta!
Já o que exclui gasolina e alimentos, o CPI core terminou em 1,8% a.a., pouco abaixo
do objetivo do FED. Notem também a estabilidade desse indicador, desde 2011
ficou entre 1,7% - 2,4%.
Por enquanto, nada a se preocupar, mas certamente esse é um
indicador que iremos acompanhar com atenção.
No post real-sob-tensão, fiz os seguintes comentários sobre
o dólar: ... “existe uma possibilidade de
a queda para R$ 2,90 não acontecer e já estarmos vivendo o cenário de alta do
dólar. Isso ficara mais evidente caso ultrapasse o nível de R$ 3,50” ...
Passado um mês, o dólar tentou caminhar para cima por duas
ocasiões apontadas no gráfico abaixo, atingindo a cotação de R$ 3,35, mas não
conseguiu evoluir, voltando a permanecer dentro do triangulo.
A chance de queda citada acima volta à cena, porém os
movimentos até agora não aconselham a opção por um trade. Tudo continua em
aberto enquanto estiver dentro do triângulo.
Na próxima semana existe um momento de muita importância
para o Brasil, o julgamento de Lula pelo TRF-4. Como o quadro abaixo indica,
somente uma vitória por 3 X 0 esse psicopata estaria fora do jogo. Nas outras
hipóteses a decisão será empurrada mais para frente.
O SP500 fechou a 2.776, com queda de 0,35%; o USDBRL a R$
3,2242, com alta de 0,25%; o EURUSD a € 1,2259, sem variação; e o ouro a U$
1.338, sem variação.
Fique ligado!
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