Não existe aposentar-se da vida #IBOVESPA

 


"Não existe se aposentar da vida." Essa frase, dita por minha saudosa terapeuta, ressoa como um convite à ação, um lembrete de que a existência demanda propósito, movimento e reinvenção, independentemente da idade. No Mosca, com a ajuda da inteligência artificial, como o Grok, meu trabalho ganhou agilidade, misturando minhas ideias com artigos relevantes, como os da Bloomberg e do Federal Reserve de Atlanta que trago hoje. Essa eficiência, porém, trouxe um desafio inesperado: o tempo ocioso. Como preencher esse vazio sem perder o equilíbrio? Essa questão não é só minha. Muitos leitores, especialmente aqueles que ultrapassam os 70 anos, compartilham o desejo de permanecer ativos, impulsionados por avanços médicos, mudanças de hábitos e uma nova visão sobre a longevidade. Mas como garantir que esses anos a mais sejam saudáveis e produtivos?

A elevação da idade de aposentadoria, como a recente decisão da Dinamarca de fixá-la em 70 anos para nascidos após 1970, reflete uma realidade global: vivemos mais, e os sistemas previdenciários precisam se adaptar. Segundo a Bloomberg, quando Otto von Bismarck instituiu a seguridade social em 1889, a expectativa de vida na Alemanha era de 45 anos, e a aposentadoria, aos 70, era um privilégio de poucos. Hoje, com a expectativa de vida em 78 anos para homens e 83 para mulheres, os alemães recebem pensões por quase duas décadas – um salto de 60% desde 1980. Esse cenário, porém, traz um desafio maior: não basta viver mais; é preciso viver bem. O conceito de healthspan – o período de vida saudável – ganha centralidade. Dados da Eurostat (2022) mostram que mulheres suecas aos 65 anos lideram em anos saudáveis, mas desigualdades persistem. No Reino Unido, por exemplo, mulheres de 60 anos das áreas mais pobres têm a mesma morbidade que as de 76 anos das mais ricas, enquanto homens menos favorecidos morrem cerca de uma década antes dos mais abastados.




Essa disparidade exige repensar a aposentadoria. Indexar a idade de aposentadoria à expectativa de vida, como faz a Dinamarca, é uma solução parcial. O modelo dinamarquês, que adiciona um ano de trabalho para cada ano de vida extra, garante 14,5 anos de aposentadoria, mas é mais rígido que o de Portugal ou Finlândia, onde dois terços do ganho em longevidade se traduzem em trabalho. Andrew J. Scott, do Ellison Institute, propõe uma abordagem mais ousada: vincular a aposentadoria ao healthspan, não apenas ao lifespan. Isso exige políticas públicas focadas em prevenção – campanhas para melhorar dietas, como as de Robert F. Kennedy Jr. contra alimentos ultra processados, ou iniciativas como as de Singapura, que subsidia academias para promover força muscular e saúde óssea.




A heterogeneidade das profissões complica o cenário. Um trabalhador da construção civil enfrenta desafios físicos muito maiores aos 70 anos do que um executivo de escritório. Benefícios por incapacidade e programas de requalificação são essenciais para tornar a aposentadoria tardia equitativa. Além disso, o avanço das doenças crônicas, como diabetes, e o aumento do hiato entre lifespan e healthspan – que chegou a 9,6 anos globalmente, segundo a JAMA Network Open – reforçam a urgência de investimentos em saúde preventiva. Nos EUA e no Reino Unido, esse hiato é ainda maior, alcançando 12,4 e 11,3 anos, respectivamente. Apenas 1% a 6% dos gastos em saúde nos países da OCDE são destinados à prevenção, um erro que precisa ser corrigido para que a longevidade não se torne um peso.

Em meio a esses desafios, há sinais de esperança no horizonte econômico, um tema recorrente no Mosca. O GDPNow, modelo do Federal Reserve de Atlanta, oferece uma boa notícia: o gráfico mais recente, atualizado em 2025, projeta um crescimento sólido do PIB real dos EUA, sugerindo resiliência econômica apesar das incertezas. Complementando isso, Daniel Moss, na Bloomberg, destaca que a inflação nos EUA está próxima da meta de 2% do Federal Reserve, e Christopher Waller, governador do Fed, sinaliza possíveis cortes nas taxas de juros em 2025, desde que o emprego se mantenha estável. Contudo, as tarifas impostas por Trump, que atingem 30% sobre importações chinesas e enfrentam retaliações de 10% de Pequim, criam um ambiente de insegurança. Na Coreia do Sul, exportadora-chave, o PIB encolheu no primeiro trimestre, e a produção industrial caiu em abril. O FMI prevê um crescimento global de apenas 2,8% em 2025, o pior desde a crise de 2009. Apesar disso, o GDPNow reforça que, nos EUA, há espaço para otimismo cauteloso, um contraponto às turbulências globais.




A longevidade nos desafia a repensar saúde, trabalho e equidade, enquanto a economia global exige resiliência frente a políticas imprevisíveis. O GDPNow sinaliza um alento, mas as tarifas e a desaceleração global lembram que o cenário permanece volátil. Não há aposentadoria da vida, nem da busca por compreender o mundo. O Mosca está próximo de 1 milhão de visualizações, um marco que nunca imaginei alcançar. Agradeço aos leitores que, com suas interações, mantêm minha sanidade e me motivam a continuar. Após o milhão, seguirei aqui, propondo reflexões para um futuro que exige mais do que sobreviver – exige viver plenamente.

 

Análise Técnica

No post “contabilizando-vento” fiz os seguintes comentários sobre a IBOVESPA: “Meu receio era uma onda 4 azul que pudesse retrair 5% – o que, convenhamos, não é pouco! Então, o que me levou a sair?” ... “Inicialmente, nunca se sabe a verdadeira extensão de uma queda. Além disso, como destaquei no retângulo, o término da onda 4 azul deveria se estender até junho”.




Acredito que minha prudência fez sentido, pelo menos parcialmente. Por quê? A queda máxima foi de aproximadamente 4%. Mas como interpretar o momento dessa onda 4 azul? Existe uma configuração em Elliott Wave que se encaixa perfeitamente quando o mercado está indeciso: um triângulo, que pode estar se formando dentro do retângulo destacado abaixo. Por outro lado, a onda 5 azul pode estar começando. Por precaução, decidi aguardar para sugerir uma compra.




O S&P500 fechou a 5.970, sem alteração; o USDBRL a R$5,6433, sem alteração; o EURUSD a € 1,1414, com alta de 0,39%; e o ouro a U$ 3.373, com alta de 0,64%.

Fique ligado!

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