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O termômetro estava quebrado

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O frio foi maior que o imaginado? A dúvida surge pela atualização do PIB americano do 1º trimestre, que ao invés de uma alta de 0,2%, indicam uma queda de 0,7%. Mas tudo bem, afinal dados passados não são garantia de dados futuros, esse lembrete muito usado na indústria de fundos, se aplica aqui também. O mais interessante foi a repórter da Bloomberg ter anunciado como uma boa notícia, pois o esperado pelo mercado era menor ainda. A reação do mercado foi praticamente nula, uma vez que as explicações de exceção para um número tão ruim se elevaram. Além do frio, acrescentou-se o elevado déficit comercial, os estoques que cresceram pouco e uma greve nos portos da Califórnia. Não vou me surpreender se daqui a pouco um "economático", mistura de economista com matemático, elabore um modelo que preveja o PIB em função da temperatura. A proliferação de modelos ultimamente é impressionante, parece que se quer desenvolver um modelo infalível. Pena que por aqui não faz tanto fri

Mundo solitário

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Não é novidade para ninguém a quantidade de horas cada vez maior que, no mundo inteiro, as pessoas passam entretidas com seu celulares ou computadores. Ao sair para jantar, é raro observar alguma mesa aonde as pessoas não estejam no seu Whatsapp, Facebook e outros aplicativos sociais. Em mesas grandes, até entre si trocam-se mensagens. Não digo que não sofro desse mal, eu também me vejo várias vezes nessa situação. Agora, mais marcante é quando alguém está à espera de outra pessoas, é 100% de certeza que estará entretido com sua máquina, e confesso nem percebe-se que o outro está atrasado. Eu não sou sociólogo, mas minha intuição diz que tudo isso não é bom. Me faço explicar, o Whatsapp é fantástico, uma forma inteligente de comunicação, onde respeita-se o horário da outra pessoa, que responde quando está disponível, além de eventuais emergências e consultas, que são resolvidas com muita rapidez. Porém o exagero leva ao isolamento, é mais fácil discutir por esse meio que pessoalm

O FED pode nos complicar?

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O assunto mais discutido nos últimos tempos, é quando o FED vai iniciar o ciclo de normalização de suas taxas de juros. Este prazo tem se estendido em função da frustração pela fraqueza dos dados publicados nos últimos meses. Mas parece que em algum momento, esta angústia vai terminar. Fico pensando se a atividade econômica, daqui em diante, não suportar esta ação para subir os juros, como o mercado reagiria. Acredito que muito mal, afinal os juros não estariam subindo pelo que eu denomino de mal motivo. E se é assim, todo o estímulo feito nestes últimos anos não foram suficientes, ou melhor, não funcionaram. Vamos deixar isso de lado por enquanto, chega de ideias ruins pela manhã. Partindo do pressuposto que nos próximos 6 a 9 meses, o FED dará esse passo inicial, o que isto poderia nos afetar? Ontem foram publicados os dados cambiais brasileiros, e, lembro a vocês, que sua publicação sofreu mudanças, conforme expus no post  new-look . A série histórica disponibilizada pelo BC

Ações a preço de banana

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A história diz que em 1929, um pouco antes do Crash da bolsa americana, um executivo da área financeira foi engraxar os seus sapatos. Em conversa com o engraxate, o mesmo lhe disse que tinha comprado várias ações. Depois disso, ao caminhar a seu escritório, pensou que seria hora de vender suas ações, afinal se até o engraxate que nada entendia de empresas estava comprando, esse processo não iria terminar bem. Este foi um dos casos das pessoas que conseguiram sair na hora certa. A bolsa de valores na China vem chamando a atenção em 2015, agora é oficial, sua alta supera os 100%. No post  camelô-de-mercado , mostrei coisas inéditas que vem acontecendo naquele país, como um camelô dando aulas de como investir na bolsa. Agora, a foto a seguir nos faz associar ao caso do engraxate relatado acima, mas de uma forma mais moderna. Naquele época, nem as informações das cotações e muito menos das execuções, eram tão fáceis como hoje em dia. Com certeza, deve estar dando mais lucro comp

Tic,Tac,Tic,Tac ....

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Hoje é feriado nos USA onde comemora-se o Memorial day, uma data importante para os americanos. Eles enfatizam a importância das lutas contra os inimigos externos para proteger o seu país, e a sua liberdade contra os inimigos. Muitas homenagens são prestadas aos veteranos que defenderam os USA, e várias manifestações de agradecimento são esperadas no dia de hoje. Isto é cidadania! Tenho certeza que eventos como a morte do médico Jaime Gold, que foi covardemente esfaqueado por um menor ao andar de bicicleta no Rio de Janeiro, teria outras repercussões por lá. Neste final de semana, aqui houve uma manifestação com aproximadamente 500 ciclistas, que pediam controle da violência, mas que de nada vai adiantar, nada! Enquanto a população não se unir e tomar uma atitude de constranger esses pivetes, eles continuarão a tirar vidas de cidadãos comuns, sem pena. Para quem frequenta os locais onde atuam, sabem exatamente que eles são, porém tem medo de enfrenta-los, afinal, o pensamento é:

O Ministro não está para brincadeira

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O Ministro das Finanças, Joaquim Levy vem tentando há 2 meses, convencer os políticos que é absolutamente necessária a aprovação de seu pacote fiscal. Ele sabe muito bem que, se fizer corpo mole, a situação de crédito brasileira vai rumar ladeira abaixo, e para um país que necessita de muito crédito externo, isso não é nada bom. Tanto Renan Calheiros, Presidente do Senado bem como Eduardo Cunha, Presidente da Câmera dos deputados, ambos citados na operação lava-jato, resolveram enfrentar a Presidente Dilma. Sabemos que o PMDB não é um partido com boa reputação, tido como oportunista. Sentindo a fraqueza do atual governo, resolveram colocar a faca no pescoço da atual mandante, e tem dificultado em muito qualquer ação do governo que dependa de aprovação das duas casas. Acontece, que  existe um pequeno detalhe que os políticos se esqueceram, o Ministro Levy tem a chave do cofre, e assim, anunciará um corte expressivo de R$ 70 bilhões, atingindo todos os ministérios, além das emendas

Ilusão Financeira

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Quando nos deparamos com um gráfico que mostra a rentabilidade elevada de algum ativo, naturalmente sentimos uma certa culpa, misturada com inveja. Como não tivemos a ideia de investir? Imediatamente, um pensamento vem a mente, não seria a hora de entrar rapidamente antes que mais pessoas tenham acesso a esta informação, e seja o que Deus quiser? Estes relâmpagos de emoção podem ter consequências no futuro e valem uma reflexão. Para citar um exemplo, vou usar alguns gráficos onde o autor calcula a taxa de retorno anual, em horizontes fixos de tempo (5 anos, 10 anos, ...), para um investidor que comprasse uma carteira de ações idêntica ao SP500. Vamos começar pelo mais curto, a de 5 anos. A leitura a ser feita nesse gráfico é a seguinte: A linha em vermelho é o retorno anual obtido nos 5 últimos anos, para cada ano. Por exemplo, quem investiu nos últimos 5 anos na bolsa, obteve um retorno anual de 12,15% a.a., assim, para cada US$ 1.000 investidos, este valor hoje seria U$