Europa divergindo
O primeiro instituto a compilar os dados da Europa depois do
referendo que chocou o mercado financeiro, e do ataque terrorista na França, foram
publicados pelo Markit. Surpreendentemente mostrou resiliência apontando um PMI
global de 52,9, superior as previsões de 52,5. O PMI é um número entre 0 e 100,
e qualquer resultado acima de 50 indica crescimento.
As duas principais economias da Europa, Alemanha e França,
obtiveram resultados positivos, sendo que a Alemanha, como de costume, apresentou
melhora tanto em relação as expectativas, bem como ao dado publicado em junho 54.6. A França por sua vez ficou na linha do pênalti em 50.
Já o mesmo não pode ser dito da Inglaterra, cujo PMI veio
significativamente inferior ao resultado de junho e o pior desde a crise de
2008, ficando em 47,7. O colapso nesse indicador apresenta a primeira evidência
de que o Reino Unido está entrando em profunda mudança.
Nessas últimas semanas diversos analistas revelaram suas
projeções de quanto tempo demoraria para que a separação se concretize, bem
como os impactos que terão sobre a economia inglesa. A minha percepção sobre
esse assunto, considerando não ser um entendido a respeito, é que vai demorar
muito tempo e pode ser que nem aconteça o afastamento da maneira que está sendo
imaginada. Porém o pior de tudo, é que nesse meio tempo, os projetos de
investimento para aquele país deverão ficar estagnados.
Um resultado interessante sobre em que local os
refugiados foram abrigados, apontam que os países ricos acolheram somente 8,8%
desse total. Juntos a Alemanha, França, USA, China, Reino Unido e Japão detêm
56,6% do PIB mundial. Em contra partida, 50% dos refugiados foram para países
que representam apenas 2% do PIB conforme pode se ver, no gráfico abaixo.
A conclusão evidente é que os refugiados não
sem bem-vindos nos países ricos!
Uma outra informação importante para os países emergentes,
foi a mudança de humor por parte dos investidores nestas últimas semanas, o fluxo
de recursos atingiu cifras semelhantes aos melhores momentos de 2013. Veremos
se é um soluço ou uma recuperação mais consistente.
No post encruzilhada, fiz os seguintes comentários sobre
o ouro: ...” Eu imagino que o ouro poderá
entrar num movimento de correção intermediário, onde os preços tenderiam ao
intervalo de US$ 1.170 – US$ 1.280. Mais antes disso tenho uma dúvida, a
correção já está em curso, ou ainda teremos uma nova alta antes disso?”...
Acabou acontecendo a segunda hipótese, onde o metal teve
pequena alta – US$ 1.340, em seguida retornou aos mesmos níveis que estavam
quando da publicação do post acima.
Os argumentos acima continuam válidos, ou seja, não pretendo
comprar nesses níveis. Os pontos a serem observados para uma eventual posição
comprada seriam US$ 1.300/ 1.250, até lá não vejo nada de interessante a se
fazer.
O SP500 fechou a 2.175, com alta de 0,46% - recorde histórico!; o USDBRL a R$ 3,2563, com queda de 0,45%; o EURUSD a 1,0972, com queda de 0,46%; e o ouro a US$ 1.322, com queda de 0,65%.
Comentários
Postar um comentário