Concorrência sem limites
Acredito que os leitores estão acompanhando a migração que
acontecesse nos últimos anos, entre fundos ativos para fundos passivos,
principalmente nos EUA, os chamados ETF.
Um artigo da Bloomberg sobre esse assunto, mostra algo
inusitado que chamou minha atenção
A corrida ao zero em Wall Street é tão competitiva que
alguns dos maiores gestores de ativos, estão criando imitações mais baratas de
seus fundos mais populares negociados em bolsa.
A Invesco foi a mais recente empresa a lançar um clone se
seus próprios ETF, criando uma imitação de seu maior ETF focado em tecnologia,
o Invesco QQQ. No início deste mês, lançou o Invesco Nasdaq 100,
uma cópia quase carbono, o Invesco QQQ Trust, mais conhecido como o Qs de seu símbolo no ticker
QQQ. Ambos os fundos acompanham um índice das 100 maiores ações da Nasdaq, uma
estrela do mercado de ações, que tem superado maciçamente nos últimos anos.
Mas há uma diferença gritante entre os ETFs: as taxas.
A QQQ cobra dos investidores 0,2%, o que significa que para
cada US$ 1.000 que os investidores colocam no ETF eles pagam US$ 2 em taxas
anuais. O imitador, que atende pelo símbolo QQQM, cobra 0,15%, e as ações valem
a metade do valor. Assim um QQQ equivale a 2 QQQM, embora tenham a mesma
rentabilidade excluindo a diferença de custo.
A mudança teria sido impensável há uma década. Os gestores de ativos correm o risco de canibalizar seus produtos mais populares redirecionando ativos para outros fundos, disseram analistas. Mas a Invesco e outros executivos da indústria de fundos dizem que os ETFs imitadores são necessários para competir com rivais que estão todos chamando a atenção — e captação — de investidores individuais conscientes de custos.
A QQQM segue a tendência dos gestores de ativos, ou seja,
State Street, lançando versões mais baratas de seus fundos populares em um
esforço para cortejar uma base mais ampla de investidores, disse Todd
Rosenbluth, chefe de ETF e pesquisa de fundos mútuos da CFRA. É uma resposta
aos investidores que mostram uma clara preferência por ETFs menos caros, e as
novas versões, essencialmente clones, dão aos gestores de ativos uma maneira de
contornar as limitações dos produtos criados como fundos de investimento
unitário, como o QQQ.
State Street criou versões menos caras do SPDR S&P 500
Trust, o maior ETF do mundo, e das ações de ouro nos últimos anos.
Metade dos ETFs que mais crescem em 2019 apresentaram taxas de despesa de 0,05%
ou menos, de acordo com a FactSet.
"Tornou-se mais comum oferecer uma alternativa mais
barata a um ETF popular na esperança de atrair uma base de investidores
diferente e ainda não perder receitas atreladas ao produto
entrincheirado", disse Rosenbluth.
O maior fundo negociado em bolsa do mundo está perdendo recursos
em um ritmo mais rápido do que qualquer um de seus pares, à medida que os
investidores buscam taxas mais baixas em meio a uma onda de corte de custos.
Os traders retiraram US$ 33 bilhões da SPDR S&P 500 ETF Trust, até agora este ano, o maior do setor, segundo dados compilados pela Bloomberg. Enquanto o êxodo estava concentrado em fevereiro e março, quando a pandemia coronavírus abalou os mercados globais, colocou o fundo de US$ 294 bilhões, acompanhando o benchmark de ações dos EUA, em desacordo com o universo de ETF de ações mais amplo -- que atraiu US$ 119 bilhões em 2020.
Nitidamente se observa uma competição intensa entre os
vários gestores de fundos a busca de aumentar o volume de recursos em cada um
de seus fundos, pois somente com tamanhos enormes, podem gerar alguma receita
que compense seus custos e riscos.
A gestão dessas carteiras, que tem uma composição estática
por um determinado período, pode ser muito bem realizada por robôs, sendo
assim, uma carteira de U$ 100,0 bilhões, para um fundo que cobra 0,05% é de U$
50 milhões, uma quantia considerável para ser confrontada com um gestor que não
tem bônus e seu custo é de depreciação.
OK, consigo entender a estratégia dos fundos, mas que
diferença faz ao investidor. Uma carteira de U$ 100.000,00, gera uma economia
de U$ 50 dólares por ano, oriundo de uma queda de 0,05%, me parece não justiçar
uma migração de um para o outro somente por esse motivo. Estão querendo tirar
leite de pedra!
No post nao-reclamo-das-coisas-caras, fiz os seguintes comentários sobre o Nasdaq100: ...” Na minha opção mais provável, trabalho com uma correção que deveria ser contida no intervalo anotado dentro do círculo a seguir, sendo o mais provável 11.230. Em seguida, o movimento de alta deveria ganhar tração” ...
O mercado se encontra exatamente nesse nível, e tudo vai depender da evolução daqui em diante. Caso a bolsa continue caindo, o cenário de alta deve conter a queda até o nível de 10.980, abaixo disso o cenário de correção grande, explicitado no post mudanca-comportamental, poderá estar em curso.
Quando se compra contra o movimento é como pegar uma faca em
queda, pode cortar bem a mão. Se a decisão é de operar nessas condições é
fundamental que se estabeleça um stoploss rígido.
Muito bem, como seria:
Compra – 11.200
Stoploss – 10.670
Perda percentual – 5%
O retorno pode ser expressivo, haja visto que, poderá subir
bastante
Mas o que está por traz desta estratégia, é a busca do menor
preço. Eu particularmente não gosto muito, prefiro pagar mais caro com uma
evidência melhor, mas não tenho objeções sobre o método, fica a critério do
freguês. A única coisa que tem que ser bem estabelecida é o stoploss, em
contrapartida, o tamanho da posição.
O SP500 fechou a 3.271, com queda de 3,53%; o USDBRL a R$
5,7603, com alta de 0,96%; o EURUSD a € 1,1749, com queda de 0,39%; e o ouro
a U$ 1.876, com queda de 1,58%.
Fique ligado!
Comentários
Postar um comentário