Ibovespa: O show do milhão #Ibovespa
Como havia antecipado e os
leitores do Mosca já sabem, início hoje a semana de projeções de longo
prazo para os ativos que acompanho. O ativo hoje será o Ibovespa.
Efetuando uma retrospectiva de
2020, depois da queda que ocorreu em março, fiquei em dúvida se um novo
movimento de baixa poderia se suceder. Mas, felizmente, esse cenário não se
concretizou, fazendo com que prevalecesse a indicação de alta de mais longo
prazo.
Ao me deparar com as projeções
que serão apresentadas a seguir, confesso que fiquei receoso. Será que eu estaria
cometendo um erro? A razão é que a previsão para o longo prazo, algo daqui a
aproximadamente 10 anos, é que o índice brasileiro atinja a casa do milhão!
Será que o Brasil vai ficar tão bom assim? Parece difícil de enxergar.
Se há algo que se deve seguir à
risca em análise técnica, são as regras. E pelo que eu analisei, é isso mesmo.
Ibovespa: O show do milhão.
Para que isso seja possível,
algumas conquistas de curto prazo têm que ser realizadas, o que escrevo mais à
frente.
No gráfico a seguir, a bolsa brasileira está cursando a onda © em azul, e entrando na parte mais potente de qualquer movimento direcional, a magnifica onda 3. A personalidade dessa onda é assim descrita no livro Elliot Wave Principle, de Frost e Pretcher: “Terceiras ondas são maravilhas para se aproveitar. São fortes e amplas. E a tendência neste momento é inconfundível. Fundamentos cada vez mais favoráveis entram em cena à medida que a confiança retorna”.
Se você está achando que os
números ficaram muito elevados, não se preocupe, acredito até que em breve irão
tirar um ou dois zeros. Ninguém me deu a dica, mas é assim que funcionou no
passado.
Antes de você vender sua casa
para investir na bolsa brasileira, quero deixar claro que esse estudo é uma
simulação baseada em premissas que podem não se concretizar, afetando o resultado
final. O recado mais importante que queria deixar registrado é que, em
condições normais de temperatura e pressão, nossa bolsa pode tem um caminho positivo
a percorrer.
Mas que raios poderia fazer o
Brasil ter uma bolsa que vai subir tanto?
Não gosto de fazer essa
futurologia de eventos, para os preços uso Elliot Wave. Agora, não existe bolsa
em alta se a economia não vai bem, e nesse quesito há algo acontecendo que
poderá dar uma vantagem importante ao Brasil.
As commodities que passaram os últimos 12 anos em queda, podem estar entrando num ciclo de alta de mesma duração. Para poder apresentar esses dados encontra-se abaixo o gráfico do CRB – índice que compreende: alumínio, cacau, café, cobre, milho, algodão, petróleo, ouro, óleo, gado, gás natural, níquel, suco de laranja, gasolina, prata, soja, açúcar e trigo. É quase tudo que o Brasil produz, e em alguns deles o país está entre os líderes mundiais.
Outro fator que é bastante
sensível se refere à queda estrutural dos juros. Vivemos décadas com juros
muito elevados, onde para financiar uma dívida se pagava muito caro. Atualmente
a SELIC, taxa básica de juros, tem rendimento negativo, em parte influenciada
pela pandemia. Mesmo assim, depois da situação normalizada, não acredito que
teremos taxas superiores à inflação na SELIC.
As empresas de uma maneira geral aprenderam a trabalhar com baixo nível de endividamento, limitando seu poder de alavancagem. Nesse novo quadro, é possível que haja uma série de consolidações, o que permite prever maior eficiência e retorno das companhias.
Para finalizar, veja a seguir a
trajetória de crescimento que o Brasil estava trilhando até 2016, quando fomos
assolados por crescimento muito baixos por conta da recessão. Será que uma
recuperação de 1/3 como mostra a figura já não seria quase um boom?
A bolsa brasileira no último mês está com uma performance melhor que as bolsas internacionais. O gráfico a seguir aponta nessa direção não somente no Brasil, mas em grande parte dos países emergentes.
No gráfico a seguir, está em laranja a trajetória esperada para a bolsa, onde poderia ocorrer uma correção mais profunda no nível entre 128/130 mil. Nesse momento, prefiro não traçar essa trajetória, pois ainda teríamos tempo para observar com mais detalhes. Também sugiro a leitura dos próximos dias sobre as bolsas americanas, que guardam certa semelhança com a nossa.
Fique ligado!
Futurologia pura.Eu acho que AT serve para explicar o passado e identificar padrões probabilísticos. Prevê o futuro é complicado, ainda mais com alvos.
ResponderExcluirNão se conhece a fundo AT, eu também incialmente tinha a mesma impressão. Com o passar do tempo notei que é uma ferramenta melhor que o "achismo" ou a análise fundamentalista que raramente está correta.
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