Ibovespa: O show do milhão #Ibovespa

 


Como havia antecipado e os leitores do Mosca já sabem, início hoje a semana de projeções de longo prazo para os ativos que acompanho. O ativo hoje será o Ibovespa.

Efetuando uma retrospectiva de 2020, depois da queda que ocorreu em março, fiquei em dúvida se um novo movimento de baixa poderia se suceder. Mas, felizmente, esse cenário não se concretizou, fazendo com que prevalecesse a indicação de alta de mais longo prazo.

Ao me deparar com as projeções que serão apresentadas a seguir, confesso que fiquei receoso. Será que eu estaria cometendo um erro? A razão é que a previsão para o longo prazo, algo daqui a aproximadamente 10 anos, é que o índice brasileiro atinja a casa do milhão! Será que o Brasil vai ficar tão bom assim? Parece difícil de enxergar.

Se há algo que se deve seguir à risca em análise técnica, são as regras. E pelo que eu analisei, é isso mesmo. Ibovespa: O show do milhão.

Para que isso seja possível, algumas conquistas de curto prazo têm que ser realizadas, o que escrevo mais à frente.

No gráfico a seguir, a bolsa brasileira está cursando a onda © em azul, e entrando na parte mais potente de qualquer movimento direcional, a magnifica onda 3. A personalidade dessa onda é assim descrita no livro Elliot Wave Principle, de Frost e Pretcher: “Terceiras ondas são maravilhas para se aproveitar. São fortes e amplas. E a tendência neste momento é inconfundível. Fundamentos cada vez mais favoráveis entram em cena à medida que a confiança retorna”.


Esse movimento deveria durar alguns anos — num período entre 4 e 5 anos, o Ibovespa atingiria 410 mil, representando uma alta de 350.000 pontos desde seu mínimo deste ano. Depois disso, um movimento de correção o faria devolver 60% dessa alta, derrubando o índice para 200.000, para em seguida atingir entre 1.000/ 1.300 mil.

Se você está achando que os números ficaram muito elevados, não se preocupe, acredito até que em breve irão tirar um ou dois zeros. Ninguém me deu a dica, mas é assim que funcionou no passado.

Antes de você vender sua casa para investir na bolsa brasileira, quero deixar claro que esse estudo é uma simulação baseada em premissas que podem não se concretizar, afetando o resultado final. O recado mais importante que queria deixar registrado é que, em condições normais de temperatura e pressão, nossa bolsa pode tem um caminho positivo a percorrer.

Mas que raios poderia fazer o Brasil ter uma bolsa que vai subir tanto?

Não gosto de fazer essa futurologia de eventos, para os preços uso Elliot Wave. Agora, não existe bolsa em alta se a economia não vai bem, e nesse quesito há algo acontecendo que poderá dar uma vantagem importante ao Brasil.

As commodities que passaram os últimos 12 anos em queda, podem estar entrando num ciclo de alta de mesma duração. Para poder apresentar esses dados encontra-se abaixo o gráfico do CRB – índice que compreende: alumínio, cacau, café, cobre, milho, algodão, petróleo, ouro, óleo, gado, gás natural, níquel, suco de laranja, gasolina, prata, soja, açúcar e trigo. É quase tudo que o Brasil produz, e em alguns deles o país está entre os líderes mundiais.


Caso se confirme um ciclo de alta de preço das commodities, é provável que o Brasil de beneficie dessa situação.

Outro fator que é bastante sensível se refere à queda estrutural dos juros. Vivemos décadas com juros muito elevados, onde para financiar uma dívida se pagava muito caro. Atualmente a SELIC, taxa básica de juros, tem rendimento negativo, em parte influenciada pela pandemia. Mesmo assim, depois da situação normalizada, não acredito que teremos taxas superiores à inflação na SELIC.

As empresas de uma maneira geral aprenderam a trabalhar com baixo nível de endividamento, limitando seu poder de alavancagem. Nesse novo quadro, é possível que haja uma série de consolidações, o que permite prever maior eficiência e retorno das companhias.

- David, muito interessante, mas quem será o Presidente num cenário tão bonito? 
Não sei responder, mas parece difícil encaixar Bolsonaro em algo tão arrojado.

Para finalizar, veja a seguir a trajetória de crescimento que o Brasil estava trilhando até 2016, quando fomos assolados por crescimento muito baixos por conta da recessão. Será que uma recuperação de 1/3 como mostra a figura já não seria quase um boom?

 Muito bem. Depois dessa divagação, vamos nos ater ao curto prazo. No post inoude-bola-da-vez, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ...” A bolsa brasileira caminha em direção aos objetivos demarcados no gráfico acima, o primeiro a 120 mil que, se ultrapassado, seguiria para o nível de 125 mil” ...


A bolsa brasileira no último mês está com uma performance melhor que as bolsas internacionais. O gráfico a seguir aponta nessa direção não somente no Brasil, mas em grande parte dos países emergentes.


O Ibovespa vem caminhando de forma segura e está a menos de 3% do máximo atingido em fevereiro último, quando a pandemia pegou em cheio os mercados acionários mundiais. Em meu cenário traçado acima, é fundamental que esse nível seja ultrapassado. Acredito que assim que ocorrer, a alta deveria se acelerar, como nos bons tempos! Hahaha ...

No gráfico a seguir, está em laranja a trajetória esperada para a bolsa, onde poderia ocorrer uma correção mais profunda no nível entre 128/130 mil. Nesse momento, prefiro não traçar essa trajetória, pois ainda teríamos tempo para observar com mais detalhes. Também sugiro a leitura dos próximos dias sobre as bolsas americanas, que guardam certa semelhança com a nossa.


O SP500 fechou a 3.694, com alta de 1,29%; o USDBRL a R$ 5,0824, com queda de 0,69%; o EURUSD a 1,2154, sem variação; e o ouro a U$ 1.852, com alta de 1,31%.

Fique ligado!

Comentários

  1. Futurologia pura.Eu acho que AT serve para explicar o passado e identificar padrões probabilísticos. Prevê o futuro é complicado, ainda mais com alvos.

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    1. Não se conhece a fundo AT, eu também incialmente tinha a mesma impressão. Com o passar do tempo notei que é uma ferramenta melhor que o "achismo" ou a análise fundamentalista que raramente está correta.

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