2020: O ano que não acaba
Os retornos, exceto poucas classes de ativos, foram
excepcionais, com destaque para as ações de empresas de tecnologia.
Para cada um de nós, além dos fatores negativos que a
Covid-19 trouxe — e não foram poucos —, houve ganhos. No caso do Mosca,
eu sublinharia a compreensão e a adoção do Nasdaq 100 como o índice de
bolsa de valores prioritário. Como já comentado em diversos posts durante o ano,
acredito estarmos no início da fase que denominei de Revolução Digital.
Antes de mencionar os retornos dos vários ativos que sigo,
valem dois comentários políticos: um internacional e outro local. Que bom que
Trump foi para casa! Um homem totalmente descontrolado, levado por intenções
pessoais e até às vezes infantis, criou mais problemas que soluções. Sua última
cartada foi querer segurar o pacote de ajuda do governo americano, com um argumento
esdrúxulo de que U$ 600 era muito pouco, quando seu próprio partido era contra
valores superiores. No domingo votou atrás e resolveu assinar. Tchau, já vai
tarde! O local se refere ao Presidente Bolsonaro, que se mostrou – embora
totalmente esperado pelo seu retrospecto — um homem levado pela emoção e pela raiva.
Suas últimas colocações sobre a vacina são pura inveja e receio do impacto
político que beneficiaria o Governador Doria. Mas esta é apenas uma de inúmeras
outras. Ainda restam 2 anos!
Em termos de retorno, podemos dividir o ano em 2 períodos muito distintos. Como um indivíduo bipolar: até 23 de março, quedas fortes das bolsas indistintamente do local; após essa data, um período de alta sem descanso. A tabela a seguir mostra esses dois períodos além do retorno considerando o ano inteiro.
Eu considero 2020 como o ano do stress test familiar.
Se sua família ultrapassou esses momentos sem que houvesse uma ruptura, estão
preparados para situações muito fora da normalidade — no jargão de mercado, 3
sigmas.
Tendo em vista o ano em que passamos, o resultado dos trades
propostos pelo Mosca atingiram níveis que considero espetaculares: nada
mais, nada menos que 55%. Acredito que a maior qualidade desses resultados se
deve à forma cuidadosa de nossas sugestões. Nos meses de maior volatilidade,
diminuímos as posições para manter o padrão das eventuais perdas acionadas pelo
stop loss.
Em termos de resultados, seguiu nosso padrão observado nos
últimos anos, com 6 perdas totalizando -6,74% e 18 ganhos totalizando 61,75%.
Um quociente de 1x4 nas perdas é invejável. Não vou conseguir repetir esses
resultados no futuro! Obtivemos os ganhos em praticamente todos os mercados,
com exceção do ouro. Eu até consigo identificar o motivo: apesar dos
indicadores, demorei muito para aceitar que o metal tinha uma tendência de alta.
O ano trouxe outra surpresa: depois de anos de desempenho inferior, os fundos de hedge administrados por humanos conseguiram uma performance muito superior à dos fundos quantitativos. O quadro a seguir apresenta o retorno entre os melhores e piores fundos dessa categoria até novembro. Resolvi incluir o Mosca na lista — afinal, ficaríamos no top 5!
No post final de 2019 __ 2019: o ano da supresa __ fiz os
seguintes comentários finais: ...” Neste momento,
não saberia dizer como será o post no final do próximo ano: se mais um ano
espetacular como 2019 - e existe chance de isso acontecer; ou uma frustração
com retornos negativos” ... Um ano espetacular em termo de retornos
e negativos em termos sociais.
Para 2021, os dados técnicos sugerem cautela e vou usar o
mesmo refrão anterior “deixa o mercado nos levar” ...
Feliz 2021, agora sim, o começo de uma nova década. Que daqui a um ano as angústias sofridas neste ano sejam só lembranças.
Fique ligado!
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