Dólar ou real? #usdbrl
Para quem tem receio de tomar uma
posição vendida a descoberto, o mercado de câmbio é ideal. Não que seja mais
fácil ou seguro, pois sempre se compra uma moeda para vender outra. É por essa
razão que escolhi o título de hoje.
Na semana passada, publiquei
minha previsão para o euro o-dolar-vai-virar-po. Nela, minha estimativa é
de queda para a moeda americana em relação à moeda única. A expectativa é a mesma
para as outras moedas do G7. Mas será que vale o mesmo raciocínio em relação ao
real, ou a situação política, negativa, vai prevalecer?
Se fizermos uma repartição das moedas emergentes entre as asiáticas e latinas, o movimento foi totalmente inverso este ano. No início do ano, quando os mercados reagiram de forma expressiva buscando refúgio, ambas caíram, embora as últimas de forma mais profunda. Logo após, as asiáticas iniciaram um movimento de recuperação enquanto as latinas continuaram caindo. Mesmo assim, como se nota no gráfico a seguir, esse distanciamento entre elas já vinha acontecendo nos últimos anos. Com a expectativa de queda do dólar existe um bom caminho de recuperação.
O pacote fiscal adotado pelo
governo brasileiro foi um dos maiores entre todos os países. Não sei se erraram
na conta ou se o objetivo foi sustentar a economia a qualquer custo. Acontece
que essa atitude criou um mal-estar entre os estrangeiros, que preveem para o curto
prazo um déficit fiscal na casa dos 100% do PIB — um número mágico que indica
descontrole!
O mercado aguarda uma atitude do governo mostrando intenção de controlar a dívida através da implementação de cortes nos gastos públicos. Como mostra a figura a seguir, espera-se que o montante disponibilizado ao estímulo econômico seja revertido em 2021.
Como a história que você conta,
sobre os dois sócios cariocas, vai logo dizendo se é para comprar ou para
vender?
Tem razão, vamos aos gráficos!
Uma visão de mais longo prazo aponta tendência de alta do dólar entre R$ 6,18 e R$ 6,50. Em seguida, um movimento de queda mais profundo, com um primeiro objetivo entre R$4,90 e R$4,10.
Uma outra possibilidade seria a
continuidade de alta acima dos níveis estabelecidos – R$ 6,50. Essa seria uma
situação mais delicada onde o movimento direcional estaria em andamento. Como
esse não é o cenário básico, deixo o assunto mais à frente caso ocorra.
No post quando-sair-da-festa, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ... “O dólar tentou por 2 vezes romper a barreira psicológica de R$ 5,00 sem sucesso. Isso não significa que os objetivos estão comprometidos, mas que ainda tem um tempo de maturação” ... ...” Em continuidade com os movimentos, parece que o objetivo ao redor de R$ 4,66/4,67 se consolida como o mais provável” ...
A previsão de queda do dólar permanece a mesma, ao redor de R$ 4,66, podendo se estender ao nível de R$ 4,53. Abaixo desse nível, e principalmente debaixo de R$ 4,37, vou ficar desconfiado de que a queda mais profunda está em curso.
- David, pelo amor de Deus,
para cima para baixo e sei lá mais o que! Só faltou para o lado...
Imagino que você esteja meio
confuso com minhas colocações, mas todas essas possibilidades estão abertas.
Não sei se notou, mas estamos numa “macro” correção e, como você já deveria
saber, correções são menos previsíveis. Te aconselho a continuar seguindo o Mosca.
O SP500 fechou a 3.687, com queda
de 0,21%; o USDBRL a R$ 5,1561, com alta de 0,67%; o EURUSD a €
1,2164, com queda de 0,65%; e o ouro a U$ 1.860, com queda de 0,84%.
Fique ligado!
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