Quando sair da festa #USDBRL
Quem opera comigo já sabe: quando entro numa posição, mesmo
que o mercado vá no meu sentido, estão proibidos de me dar parabéns até que a
posição seja liquidada.
Se você usa análise técnica, esse efeito é de certa forma
mitigado por 2 razões: ou você sai de sua posição quando atinge um nível
calculado, ou ajustes constantes do stop loss permitem continuar na posição
por mais tempo.
Está semana comentarei sobre os riscos que as bolsas caiam, o
que pode ocorrer dentro em breve, já que volta à cena meu cenário antigo de eventual
correção maior.
O articulista Michael Batnick, comenta algumas passagens de
sua vida neste aspecto.
As
pessoas não são muito boas para acertar o timing do mercado de ações. Isso é
especialmente verdade na hora de sair. Acredite, eu sei por experiência
própria.
Quando
eu estava negociando ativamente ações individuais, eu realmente comprava na
hora certa, de um modo geral. Eu preferia comprar ações quando elas estavam rompendo
um patamar. Meu problema era que eu vendia quando eles começavam a voltar,
efetivamente saindo no ponto onde tinha entrado.
As
pessoas passam muito tempo falando sobre quais ações comprar e quando as
comprar, mas muitas vezes ignoram a segunda parte da transação, o que tem no
mínimo tanta importância quanto a primeira parte.
Vender
é mais difícil do que comprar por algumas razões. Você está pensando claramente
antes de comprar algo. Uma vez que você puxa o gatilho, é seu. Não é mais a Amazon,
é a minha Amazon. Você está agora ancorado ao seu preço de
compra, e seu lucro ou perda influencia suas decisões.
Há
duas maneiras amplas de pensar em vender uma posição. Uma tenta maximizar o
retorno, a outra tenta minimizar o risco. Nenhuma está certa ou errada, nem garante
fracasso ou sucesso.
Se
você está tentando maximizar o retorno, então tem que estar disposto a engolir
perdas decentes. Sinto muito, mas esse é o caminho. A realidade é que todas as
ações vencedoras afundam de vez em quando. Se você quer todo o ganho potencial,
precisa aceitar todas as possíveis perdas. Claro, o desafio com isso é que você
não sabe se tem na posição uma ação super ganhadora ou uma ação que vai cair
muito. Essa é uma conversa totalmente diferente.
Se
você está tentando minimizar o risco de uma grande perda, pode administrar um stop-loss,
uma média móvel, ou algo assim. É uma boa maneira de ter certeza que você não está
se agarrando ao próximo grande fracasso. O outro lado da moeda é que isso também
garante que você não vai manter na carteira a próxima Tesla. Se você não
consegue suportar uma queda de 20%, por exemplo, então seu stop loss será
executado várias vezes ao longo do caminho.
Tesla teve sua mais profunda retração este ano, caindo 60% da máxima para a mínima. Incrivelmente, também, subiu 640% este ano. Se você estivesse usando qualquer estratégia de gerenciamento de risco, teria vendido em seu stop loss. Sei que é um exemplo extremo, mas é bom.
O exemplo da Tesla é oriundo dos tempos que vivemos atualmente, onde o enorme volume de liquidez provoca reações desenfreadas em algumas ações. Ao se observar o gráfico acima, poderíamos ter uma postura mais leniente — afinal, depois dessas quedas, os preços sempre fizeram novas máximas. Mas não acredito que nossa atitude teria sido a mesma se estivéssemos vivenciando esses momentos. É bem provável que tivéssemos vendido perto das mínimas de cada ciclo.
Mas,
não fique desapontado pelas experiências de sua vida, afinal você não é um
profissional dessa área. Na semana passada publiquei um post ate-o-infinito, que comprova a ineficiência dos gestores de fundos em sair de suas
posições.
Não
existe modelo correto a ser usado, um funciona melhor numa situação e o diverso
em outra — o que só se sabe a posteriori. O que o Mosca sugere é
gerenciar seus recursos sem colocar em risco sua solvência, mesmo que sua
decisão de sair seja errada, quando constatada no futuro. Isso não vai fazer a
menor diferença no longo prazo, ao passo que ficar sem recursos vai tirar você do
jogo.
Sendo
assim, saia da festa mesmo achando que poderia ficar mais um pouco!
No post a-bolsa-esta-cara-ou-barata, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ... “Conforme destaquei no gráfico abaixo, ao redor de R$ 4,88 parece um bom target para o término deste movimento. Mas não posso descartar uma queda um pouco mais profunda, até o nível de R$ 4,67” ...
Em continuidade com os
movimentos, parece que o objetivo ao redor de R$ 4,66/4,67 se consolida como o
mais provável.
Estamos entrando no período em que a liquidez começa a ficar mais restrita, uma vez que uma boa parte dos traders zera suas posições próximo ao final do ano.
Fique ligado!
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