Efeito colateral
Mas
vamos supor que tudo funcione a contento e o mundo adquira uma forma eficiente
de combater a Covid-19 — e que fique por aí, sem Covid-20, 21 etc.
Para
se projetar as consequências nos diversos setores da economia, é fundamental
saber se nesse novo momento tudo voltará ao normal. Recentemente, iniciou-se uma
rotação das ações “prejudicadas” pela pandemia em detrimento das
“beneficiadas”. Esse primeiro movimento é até mais razoável supor, pois a
diferença entre ambas foi tão grande que parece lógico que aconteça.
Hoje vou comentar sobre um aspecto que chamou minha atenção ao me deparar com um artigo do Wall Street Journal elaborado por Peter Grant, relatando a volta dos americanos aos escritórios, e principalmente o gráfico apresentado a seguir.
Cerca de um quarto dos funcionários voltou ao trabalho a partir de 18 de novembro, de acordo com a Kastle Systems, uma empresa de segurança que monitora a passagem de crachás em mais de 2.500 edifícios de escritórios em 10 das maiores cidades dos EUA.
Essa
taxa está bem acima da mínima do mês de abril inferior a 15%, que consistia em
grande parte de funcionários de manutenção e tarefas essenciais. A taxa do
retorno aos escritórios subiu constantemente durante o verão e início do
outono, mas se achatou depois de atingir a máxima de 27% em meados de outubro,
disse Kastle. A taxa da semana passada caiu ainda mais acentuadamente do que
nas semanas anteriores, mas provavelmente refletiu o feriado do Dia de Ação de
Graças.
"Há
uma enorme oposição contra a pressão de executivos para que suas equipes de
funcionários voltem ao trabalho", disse Douglas Linde, presidente da Boston Properties inc,
proprietária de grandes escritórios.
Apesar
do sucesso de várias empresas com o trabalho em casa, muitos empregadores
gostariam de ver mais trabalhadores de volta ao escritório, onde eles podem
colaborar mais facilmente. Em vez disso, as empresas estão estendendo suas
políticas de trabalho em casa para o próximo ano, dados os novos patamares das
taxas de infecção.
O
baixo nível de funcionários em suas mesas está aumentando a dor das cidades
voltadas para a vida no escritório. As populações das cidades estão caindo à
medida que
as pessoas que trabalham em casa se mudam para os subúrbios ou outros
locais menos densos, onde podem encontrar mais espaço de vida por menos
dinheiro.
O gráfico a seguir dá uma dimensão da migração dos principais centros americanos para os subúrbios.
Os aluguéis de apartamentos no centro de São Francisco caíram 20% desde seu pico em março, de acordo com o CoStar Group Inc. Os sistemas de transporte público de metrô em cidades como Nova York, São Francisco, Boston e Washington, D.C., perderam bilhões de dólares em receita por causa dos meses de trabalho remoto dos funcionários
Mesmo
algumas das primeiras empresas a retornar ao local de trabalho estão agora com
dúvidas, revertendo para o trabalho remoto e chamadas zoom.
Cerca
de três quartos dos 25 funcionários da OhmniLabs Inc., uma empresa de robótica
de San José, Califórnia, voltaram ao trabalho neste outono. Mas à medida que as
taxas de infecção aumentaram, a OhmniLabs inverteu sua política para todos que
não estivessem diretamente envolvidos na fabricação dos robôs.
"Daqui
para frente, continuaremos a encorajar as pessoas a trabalhar
remotamente", disse Thuc Vu, executivo-chefe. "Vamos aceitar isso
como o novo normal."
As
participações em escritórios têm sido um investimento fundamental para grandes
fundos imobiliários para sua renda estável e confiável. Mas os valores estão
caindo acentuadamente à medida que um número crescente de inquilinos despejam
espaço de sublocação no mercado ou
exigem aluguéis mais baixos de seus proprietários quando seus contratos
expiram.
As
buscas por novos escritórios entraram em colapso em mercados outrora fortes. Em
São Francisco, essa atividade de busca em outubro ficou em apenas 13% do que
era em janeiro de 2018, de acordo com o Índice de Demanda de Escritório do VTS.
Essa diferença no mercado imobiliário pode ser vista nas novas construções de escritórios quando comparadas às de residência — está com uma demanda forte nesse período de pandemia.
Fiquei chocado com a quantidade de funcionários que voltaram aos escritórios depois que começou a abertura da economia americana, apenas 25%! Agora, com as novas restrições, esse número poderá recuar ainda mais. Por outro lado, as empresas estão vivenciando algo que não imaginaram ser possível, o trabalho a distância — e quanto mais passa o tempo, maior a propensão a manter dessa forma.
Parece
que uma boa parte deverá permanecer em trabalho remoto mesmo depois da vacina, dada
a quantidade de pessoas que já deixaram as grandes cidades, como aponta o
gráfico acima.
Parece
que o segmento de escritórios não é um bom investimento, e isso deve acontecer
também no mercado brasileiro.
No post teste-duplo, Fiz os seguintes comentários sobre o euro: ... “Faria um pequeno ajuste na sugestão, o nível de compra passa a ser € 1,1720 e o stop loss a € 1,1600. Reforço que não é um trade com muita convicção, mas merece uma aposta dado o risco x retorno” ...
Ontem o euro rompeu a máxima anterior ocorrida em outubro último de € 1,2010. Isso é suficiente para cancelarmos o trade proposto que acabou não ocorrendo por muito pouco, haja visto que, a mínima nesse período foi de € 1,1750. Com havia mencionado, não tinha muita convicção. É necessário frisar que, a hesitação foi em função da possibilidade dessa correção atingisse níveis inferiores ao proposto no stoploss, mas continuava acreditando na alta da moeda única depois do término desse movimento.
Agora, o objetivo final desse é ao redor de € 1,2500/1,2580, conforme apontado acima. Vou aguardar uma pequena retração para propor um novo trade de compra.
O
SP500 fechou a 3.669, com alta de 0,18%; o USDBRL a R$ 5,2263, com alta de
0,39%; o EURUSD a € 2,2103, com alta de 0,27%; e o ouro
a U$ 1.829, com alta de 0,81%.
Fique
ligado!
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