Como treinar 29 milhões de pessoas? #GOLD #OURO


 Essa foi a chamada do Wall Street Journal num artigo publicado por Chip Cutter. Só a título informativo, de um total de aproximadamente 200 países, somente 50 têm população superior a esse número — ou, considerando apenas a população economicamente ativa, talvez apenas 25 países. Mas que empresa pretende esse feito?

A Amazon anunciou nesta quinta-feira o objetivo de ajudar 29 milhões de pessoas a se retreinar em todo o mundo até 2025, dando-lhes novas habilidades para tarefas de computação na nuvem, num momento em que a pandemia acaba com muitas carreiras.

A gigante online investiu 700 milhões de dólares no ano passado para requalificar 100.000 de seus próprios funcionários nos EUA. O novo esforço se baseará em programas existentes e incluirá novos parcerias com organizações sem fins lucrativos, escolas e outros.

A mais recente iniciativa da Amazon é voltada para aqueles que ainda não estão empregados na empresa. A ideia, diz, é equipar as pessoas com a educação necessária para trabalhar em computação na nuvem para vários empregadores com vagas de alta tecnologia. Embora alguns participantes possam encontrar empregos na Amazon, é mais provável que eles sejam contratados em outras empresas, incluindo muitas que usam o Amazon Web Services, a divisão de nuvem da varejista online.

Teresa Carlson, vice-presidente da Amazon Web Services, diz que a empresa ouve quase diariamente de seus clientes que eles não conseguem encontrar as pessoas certas para preencher trabalhos técnicos, já que muitas organizações movem seus aplicativos e processos para a nuvem.

"Precisamos que nossos clientes tenham as habilidades certas nesta passagem por uma transformação digital", disse ela.

A Amazon não divulgou o custo de seus novos programas de treinamento, mas uma melhor educação do mercado beneficia a empresa de outras formas. Ela contratou 275.000 funcionários em tempo integral, e meio período, nos EUA desde o início do ano. Carlson diz que a Amazon acaba percebendo que deve retreinar alguns novos contratados ao descobrir, após a contratação, que suas capacidades técnicas são insuficientes.

Uma maior habilidade na nuvem pode ser crucial para os negócios da Amazon. A divisão de nuvem da empresa tornou-se um de seus mais importantes fatores de lucro. Ela registrou US$ 11,6 bilhões em vendas no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 29% em relação ao ano anterior.

A maioria dos cursos da Amazon pode ser feita remotamente, através da própria Amazon ou de parceiros focados em ajudar pessoas a encontrar novas carreiras. Essas organizações estão em lugares que vão de Newark, N.J., a Missoula, Mont., e internacionalmente da Nigéria à Austrália.

O conteúdo varia muito. Um programa de dois dias ensina os alunos a trabalhar como técnicos iniciantes na fusão de fibra óptica, uma área de alta procura que envolve testar e instalar os cabos delicados compostos por tubos de vidro minúsculos que alimentam data centers de nuvem. Outro curso, chamado Cloud Practitioner Essentials, abrange o básico da nuvem AWS, enquanto outros treinamentos se concentram em habilidades mais avançadas, como o machine learning.

O movimento poderia ajudar milhões de trabalhadores a adotar mudanças na carreira sem incorrer em dívidas maiores num momento em que muitos se encontram desempregados e sobrecarregados por empréstimos estudantis.

Os obstáculos para retreinar ou aprender uma nova habilidade podem ser grandes. Muitas pessoas em empregos de baixa remuneração ou desempregadas podem estar ocupadas com crianças ou não ter tempo para empreender um novo programa, sem falar na "fadiga da mudança" que alguns sentem ao tentar novas carreiras, disse Kelly Monahan, pesquisadora líder global de talentos da Accenture. Ainda assim, as habilidades digitais provavelmente serão um diferencial na carreira.

Jarred Gaines começou 2020 trabalhando como diretor de fitness e personal trainer em uma academia da área de Boston. O jogador de 35 anos planejava abrir sua própria academia no final do ano, mas a pandemia esmagou essas ambições. Em maio, ele iniciou um curso de 12 semanas para obter habilidades básicas na nuvem, através de um programa gratuito apoiado pela Amazon ministrado pela Per Scholas, uma escola técnica sem fins lucrativos. Ele começou um novo trabalho em outubro como analista de suporte ao cliente em uma divisão da Danaher Corp.

Ele espera assumir funções cada vez mais sofisticadas de nuvem e engenharia, e continua a fazer cursos universitários comunitários, mas reconhece que uma mudança de carreira requer esforço adicional. "Esteja pronto para ralar", disse ele.

(*) os destaques foram feitos por mim.

Fantástico! Menos de 24 horas da publicação do post os-sem-emprego onde comento minha preocupação com a desqualificação de algumas funções, vem a Amazon e lança um programa mais do que audacioso para treinar milhões de pessoas em novas funções. Lógico que não é uma atitude altruísta, pois saiu na frente dos concorrentes — Google e Microsoft— com o objetivo de “catequizar” essas pessoas a seus serviços. Mas não deixa de ser incrível.

Agora, não me pergunte como fazer para treinar 29 milhões de pessoas. Será que estariam pensando entrar no ramo da educação? Quem sabe, nesse novo mundo digital coisas incríveis acontecem!

No post so-o-comeco, fiz os seguintes comentários sobre o ouro: ...” parece que o comportamento do ouro esta semana eliminou a possibilidade de novas baixas  para tanto, o nível de U$ 1.764 passa a ser vital nesse sentido. Por outro lado, não se pode dizer ainda que o movimento de alta de prazo mais longo volta à tona” ... ...” para podermos ter uma postura mais construtiva para o ouro é necessário que ultrapasse a região destacada no gráfico entre U$ 1.876 a U$ 1.948” ...

O ouro foi exatamente no primeiro nível citado acima a U$ 1.876 e a partir daí iniciou um movimento de retração. Marquei com cor laranja o que é esperado para o ouro nos próximos dias: uma queda até o nível de U$ 1.800 para em seguida voltar a subir, com potencial de atingir U$ 1.915. Parece que surgiu um bom trade que defino logo a seguir.

Minha sugestão é comprar o ouro a U$ 1.800, com stop loss a U$ 1.760 e objetivo final de U$ 1.915 – todos esses níveis a serem confirmados a posteriori, exceto a compra.

Se o ouro cair abaixo de U$ 1.760, vou ter que acionar meu outro cenário que implica queda ao redor de U$ 1.600. Ao contrário, se ultrapassar U$ 1.915, é provável que o pior para o metal já tenha passado.

Como já mencionei anteriormente, além da mudança de cara, o Mosca conta com a valiosa colaboração de um colega que reencontrei recentemente, Alberto Dwek, que vem contribuindo diariamente na elaboração do post, principalmente no conteúdo econômico e financeiro. Só para dar um pequeno resumo, ele se formou pela FGV e fez o MBA em Harvard, atuando na área financeira desde 1977. Além disso, é outro fã de Finanças Comportamentais e escreve artigos sobre mercados e investimentos. Hoje edita o conteúdo do site investindocomvalor.com.br.

Dwek foi trazido a peso de ouro, mas está mais que compensando — já estamos pensando em fazer um IPO. Hahaha...

O SP500 fechou a 3.663, com queda de 0,13%; o USDBRL a R$ 5,0648, com alta de 0,76%; o EURUSD a € 1,2114, com queda de 0,19%; e o ouro a U$ 1.839, com alta de 0,20%.

Fique ligado!

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