Palavra de especialista #ibovespa
Parece bastante animadora a evolução dos casos de covid-19 nos países avançados na vacinação. A velocidade tem sido especialmente rápida em Israel, nos EUA e no Reino Unido. Os dados observados nos EUA são impressionantes, como se pode verificar no gráfico a seguir, com a queda no número de incidências para cada 100 mil habitantes. A eficácia também se nota no declínio observado em todas as regiões.
Ainda existe dúvida sobre a eficácia da vacina contra as novas mutações ocorridas no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil. Segundo os especialistas, a vacina atual no mínimo vai evitar as infecções graves, além de estarem sendo pesquisadas alterações nas próximas vacinas.
Parece
que a vida nesses locais deveria voltar à normalidade num período de 6 meses.
Todos esperamos!
Com
esse quadro, é justo se questionar se os auxílios engatilhados seriam
necessários, pois poderiam ter um efeito de superaquecimento da economia.
Os
leitores mais antigos devem lembrar que o Mosca usava bastante uma
informação publicada pelo Fed de Atlanta denominada de GDPNow. Com a pandemia e
as distorções por ela ocasionadas, acabei não consultando esse dado.
Agora que as coisas começam a caminhar para a normalidade, resolvi dar uma olhada. Veja o número que eles esperam para este trimestre: enquanto a pesquisa de economistas está em torno de 2%, a do Fed está próxima de 10%! Não é à toa que colocaram o disclaimer ao lado.
Eu
considero o Banco Goldman Sachs entre as 3 melhores instituições financeiras
existentes em termos de pesquisa econômica. Um trabalho publicado por sua
equipe de economistas argumenta contra esse risco.
Apesar das preocupações recentes de que a adição de um
estímulo fiscal substancial a uma economia já em recuperação poderia empurrar a
demanda acima do PIB potencial e levar a um aumento acentuado da inflação,
estamos menos preocupados com esse risco por várias razões.
Em primeiro lugar, embora esperemos que a aprovação de um
pacote fiscal da Fase 5 de US $ 1,5 trilhão, bem como uma conta de
infraestrutura no final deste ano, empurre o PIB para perto do potencial,
pensamos que o risco de superaquecimento com essas medidas é limitado porque
grande parte dos gastos ocorre apenas uma vez, e alguns dos itens como
benefícios de desemprego (SD) encolherão se a economia se recuperar mais
rapidamente do que o esperado. De fato, como mostra o gráfico, acreditamos que
o impacto do estímulo fiscal sobre o crescimento terá seu pico no 2T21 e, em
seguida, diminuirá nos trimestres subsequentes.
Em segundo lugar, estimamos que apenas cerca de 20% do
aumento acentuado na poupança familiar "excedente", acumulada durante
a pandemia, será gasto no primeiro ano após a reabertura, dada a sua composição
e distribuição, com famílias de baixa renda mais propensas a reduzir suas
poupanças do que as famílias de maior renda.
E, terceiro, acreditamos que as estimativas atuais da capacidade ociosa em muitas das principais economias desenvolvidas estão subestimadas, indicando menos risco de superaquecimento devido a políticas expansionistas contínuas. Em particular, achamos que as lacunas de produção são 3-4 % maiores do que as estimativas oficiais médias nos EUA e no Reino Unido, e até 5-6 % maiores na França, Itália e Espanha.
Movimentos mais forte dos juros, riscos maiores
A
melhoria contínua na situação do vírus de curto prazo e a maior probabilidade
de um pacote de estímulo fiscal mais amplo levaram os rendimentos reais dos títulos
americanos a subirem novamente, e continuamos esperando um aumento bastante
modesto nos rendimentos reais de 10 anos ao longo de 2021, quando a recuperação
ganhar tração. No entanto, acreditamos que um movimento mais acentuado do que o
esperado nos rendimentos reais é um risco plausível, que pode ter implicações
negativas para os mercados de ativos, dependendo da fonte do movimento dessas
taxas e do cenário macro mais amplo.
Para
as ações, um aumento acentuado nas taxas reais impulsionado por um aumento nas
expectativas de crescimento — o risco mais consistente com nossas previsões — tem
mais probabilidade de nivelar o retorno geral das ações do que levar a uma
correção sustentada, embora provavelmente levaria à uma pressão sobre o
complexo Nasdaq / tecnologia.
Mas
o aumento das taxas reais impulsionadas por preocupações com uma política
monetária mais agressiva — menos provável em nossa opinião, mas possível devido
à falta de comunicação — provavelmente pressionaria as ações e spreads de
crédito dos EUA. Também esperamos que as ações dos mercados emergentes apresentem
um desempenho inferior nesse cenário, embora esse desempenho inferior
provavelmente só seja substancial no caso em que as expectativas de crescimento
da China também diminuam.
Esta semana, o Mosca se concentrou no assunto que
está deixando os investidores apreensivos, pois por um lado os bancos centrais
se comprometem a deixar os juros baixos por um longo tempo, por outro os dados
apontam para pressões inflacionárias e elevação na demanda.
Acredito que os argumentos da GS são válidos, pois não se
pode esquecer que parte da economia ainda está em frangalhos, e difícil saber
se voltarão ao mesmo nível que se encontravam antes da pandemia.
Ninguém pode afirmar com certeza qual será o desfecho. Nessa
situação, o recomendável é não ter nenhuma opinião formada e observar como a
economia irá caminhar. É certo que, no curto prazo, vai parecer que a corda
tenderá para mais inflação e crescimento exagerado, mas, como diz a GS, é
temporário.
No post http://acertaropiniao-valida-por-24-horas, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: …” seria bastante positivo se o Ibovespa ultrapassasse 121.100, a máxima atingida na semana passada. Tudo indica que nesta semana, a bolsa está num mini movimento de correção. É importante também que não rompa a reta inferior onde está contido o movimento – indicado com a flecha em vermelho, ao redor de 117,2 mil” ...
A bolsa brasileira não teve muita evolução na semana, ficando contida dentro dos limites apontados acima. Agora, além de enfrentar as intenções dos políticos, presidente incluído, de gastarem o que não têm para ganhar votos, como se pode encarar a declaração do Bolsonaro, que disse, após isentar os combustíveis de impostos, que as coisas iriam mudaram muito na Petrobras — leia-se demitir seu presidente, Roberto Castello Branco?
Nós
tínhamos a esperança no início do mandato que o presidente iria mudar ao escolher
Paulo Guedes para Ministro, um liberal devoto. Mas as raízes estatizantes e
populistas estão falando mais forte, e seus atos não deixam dúvidas nesse
sentido.
Podemos
esperar medidas muito ruins para a economia — espero que a situação não piore.
Por enquanto mantenho a mesma ideia traçada acima, acrescentado a posição comprada hoje a 117. 900, com um stoploss a 115.000, um ponto bom de entrada em relação ao risco x retorno. Vamos esperar — ou melhor rezar que o presidente fique quieto, o que é quase uma missão impossível...
O SP500 fechou a 3.906, com queda de 0,19%; o USDBRL a R$ 5,3823, com queda de 0,82%; o EURUSD a € 1,2116, com alta de 0,23%; e o ouro a U$ 1.7891, com alta de 0,36%
Fique
ligado!
Eu acho que Paulo Guedes e Campos Netos são dois fanfarrões. Eles não possuem nada de excepcional.
ResponderExcluirMas o mercado acredita neles
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