Devagar e de repente
Hoje
quero chamar a atenção de como as mudanças evoluem em nossas vidas. Essas
transformações ocorrem sem que haja uma percepção imediata, mas de repente você
percebe que não vive mais sem elas. Acredito que todos já passaram momentos em
que a energia cai. Há 50 anos, quando isso ocorria, provavelmente você sairia
par dar um passeio sem que houvesse a sensação de estar perdendo alguma coisa.
Hoje em dia é bem diferente existe uma percepção total de impotência como que
aqueles minutos não serão mais recuperados. Não consultar seus e-mails,
mercados, ou rede sociais a sensação é de isolamento do mundo.
Um
artigo publicado por Barry Ritholtz descreve e cita alguns exemplos como esse
fenômeno impacta a vida dos investidores
Mudanças
incrementais ocorrem em um ritmo muito determinado.
A
neve de inverno derrete, a água do escoamento segue a gravidade ladeira
abaixo, lava o solo, depois a argila, e eventualmente, corta a própria rocha. Inverno,
Primavera, neve, derretimento, ano após ano. Dificilmente visível ao longo de décadas ou mesmo ao longo de
séculos; depois de alguns milênios, apenas as menores mudanças são
perceptíveis. Mas dê-lhe 5 milhões de anos, você acaba com o Grand Canyon.
Escalas
de tempo geológicas são muito diferentes dos nossos quadros
habituais de referência. É diferente do ritmo que os humanos
experimentam.
Grandes
mudanças são óbvias, fáceis de detectar, mesmo inevitáveis. Fogo, a roda, a
impressora, eletricidade. Quando ocorre uma grande mudança, quase todo mundo nota.
Mas as mudanças intrigantes são menores, incrementais,
ocorrendo sem sua consciência, sob nosso aviso coletivo.
É assim que o mundo muda, lentamente, um pouco
de cada vez — mas faz sentido. Em " TheSun Also Rises", de Ernest
Hemingway, um personagem é perguntado como ele faliu: "Gradualmente, e de repente." Diga-me uma frase
melhor com 3 palavras que pode explicar quase tudo. O mais perto que consigo
pensar é em "Nobody knows anything"de Willam Goldman.
Recentemente,
eu discuti como o dinheiro se acumula
lentamente, como o mundo muitas vezes muda em um ritmo geológico. Nem sempre é
assim: às vezes, o mundo pode ser atordoado relativamente rapidamente. Caso em
questão: Netflix.
Eles
começaram
a vida fazendo aluguéis de DVD através do correio. O site permitia
que você criasse uma fila ordenada do que queria ver; cada vez que você enviava
de volta um DVD o próximo item da sua lista era remetido. Isso corrigiu o
"Porque
temos que dirigir até a loja (!) quando não sabemos o que alugar além
disso o filme que queremos não está disponível". Nem comentar sobre
as taxas atrasadas.
Nos
primeiros dias de banda larga, a Netflix lançou um programa ambicioso de
transmissão de conteúdo pela internet. Foi desajeitado e
imperfeito, mas gradualmente melhorou. Em 2010, eles ofereceram um plano
somente para streaming (sem mais DVDs por correio). A Netflix ainda é o streamer
de vídeo dominante, com mais assinantes do que Amazon Prime, Hulu, Disney+, HBO
Max, Apple+, Paramount+, todos combinados.
Mas
uma participação de 50% de mercado está abaixo do domínio quando inventaram o
setor há 12 anos. Alguém imagina que a Netflix será dominante em 50 anos? E
quanto a 20 anos? 5? Não sei, mas se a história é um guia, em um certo ponto,
essa vantagem de primeira mudança irá, em grande parte, corroer.
Não se trata de qual empresa é a maior ou mais quente no momento — os gostos mudam, os setores giram para dentro e para fora da preferência. Vantagem estratégica em uma era se torna uma âncora amarrando você ao passado na próxima. Um pivô — como DVD pelo correio para Streaming é menos comum do que você imagina.
Para ter uma noção de como o mundo muda, considere as 10 maiores empresas do SP500 de 1980 a 2020 (via John VanGavree). Durante esse período de 40 anos, as prioridades mudam, a economia muda, até mesmo o gosto dos investidores muda. Nos anos 80 e 90, a AT&T e a IBM eram os grandes da tecnologia; hoje, 6 dos 10 maiores são da área de tecnologia. A Exxon ou qualquer outra companhia petrolífera vai agraciar o top 10? GM, GE são histórias do passado.
A lista de empresas inovadoras que mudaram o mundo apenas para desaparecer em relativa obscuridade é infinita: Blockbuster, obviamente, mas também RCA, Lucent, Woolworth, Citi, Sears, US Steel, Eastman Kodak, Circuit City, etc.
Empresas
de sucesso vêm e vão; sucesso fantástico é difícil, flor delicada para
manter viva. A duração longa é incrivelmente rara.
O
mundo muda. As empresas mais importantes do mundo acordam um dia para descobrir
que seus produtos não são mais desejados e seus serviços não são mais necessários. "Boasorte em seus futuros
empreendimentos, obrigado por seus anos de serviço."
Quando
se trata de sobrevivência corporativa, o capitalismo é cruel, mas justo.
A Revolução Digital como costumo dizer deverá
transformar o mundo muito mais acentuadamente que em um processo natural de
mudança. Mais importante ainda é o fato de o celular ter permito a conexão
entre o “produtor” e o “consumidor” de forma simples, rápida e barata. Um cem
número de ideias novas irá surgir e na maioria das vezes ameaçando empresas
estabelecidas.
Um outro assunto relativo a mudança tem a ver com a
idade das pessoas. Cheguei na idade em que o fluxo financeiro é sustentado pelo
decréscimo do patrimônio, diferentemente de quem entra no mercado de trabalho
onde seu fluxo de poupança será positivo, enquanto de pessoas similares a mim,
e negativo. Hoje estamos vivendo mais e gastando mais com saúde, desta forma, é
necessário que seu patrimônio aguente até o final, embora ninguém saiba qual essa
data.
Eu já comentei anteriormente que suas despesas devem caber dentro da seguinte formula:
P = V/i
Onde:
V = Valor dos gastos anuais
P = Patrimônio
i = Taxa de juros
Faça sua simulação e veja se está gastando mais ou
menos do que deveria. Não precisa se preocupar com o prazo pois essa fórmula
vale para fluxos infinitos. Se está gastando mais, a queda do patrimônio será devagar
e de repente acaba!
No post pelo-menos-uma, fiz os seguintes
comentários sobre o SP500: ...” A violação do nível de 4.365, não permite
estabelecer um movimento de alta; o fato de ter ocorrido somente 3 ondas
destacadas no retângulo também. Nesse momento não posso descartar nenhuma das
hipóteses sobre a correção – Pequena ou Grande – “ ...
O SP500 acabou rompendo acima de 4.365. Isso poderia indicar que o mercado retornou o seu movimento de alta? Vamos por etapa: o que pode ser descartado é a Correção Grande, que para dizer a verdade era meu maior receio; sobre o movimento de alta estar em curso, parece bastante provável, embora só possamos estar livres se a bolsa ultrapassar 4.545, o que não está muito distante.
-
David, Hahaha .... perdeu o bonde!
Sem
tripudiar amigo, já te disse que nos mercados financeiros sempre existem
bondes, basta subir na hora certa!
Veja
a seguir meu plano:
O gráfico acima tem a janela de 1 hora, sendo assim, não se impressione pela magnitude dos movimentos. Se, esse mini movimento de alta terminasse agora, uma correção deve levar o SP500 para algum ponto destacado no retângulo. Como eu não sei se alta irá reverter agora, esses níveis podem se alterar. Sugiro que o leitor fique atento nos próximos dias para a sugestão de trade.
Devo
confessar que, nessa correção fui muito cauteloso, pois tinha receio da Correção
Grande. Além disso, foi bastante difícil classificar esse movimento, por ter se
formado uma correção complexa. Lógico que depois de terminado fica tudo mais
evidente. Acredito que esses dois motivos em conjunto me deixaram mais cauteloso.
Posso
garantir que no longo prazo a diferença será diminuta, mais importante é estar
seguro de sua análise e não entrar no mercado só porque está subindo, as vezes
é necessário pular na piscina logo, as vezes não, depende do estágio em que se
encontra o movimento.
O
SP500 fechou a 4.519, com alta de 0,74%; o USDBRL a R$ 5,5725, com alta de 1,11%;
o EURUSD a € 1,1632, com alta de 0,20%; e o ouro a U$ 1.768,
com alta de 0,23%.
Fique
ligado!
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