Medo de perder o bonde #bitcoin #nasdaq100
Uma
reação que os investidores sentem ao observar a alta de um determinado ativo é
o medo de perder o bonde, ou em inglês, FOMO — fear of missing out. Essa
sensação é tão mais forte quanto mais expressivo é o movimento.
Com
as altas recentes do bitcoin, algumas explicações surgem para esse movimento.
Para tratar desse assunto, fiz uma coleta de diversas fontes. Lionel Laurent relata
num artigo da Bloomberg que acredita que a alta recente foi motivada pelo FOMO
ao invés do receio de inflação.
Um
" momento de
validação" para o Bitcoin —
é
assim que alguns descreveram sua nova máxima histórica, alimentada pelo bem-sucedido
lançamento do primeiro fundo de negociação de bolsa (ETF) para a criptomoeda nos
EUA. O fundo acumulou ativos de mais de US $ 1 bilhão em dois dias e levantou
esperanças de mais lançamentos abaixo da linha. Ele também impulsionou
narrativas anteriores pró Bitcoin, como sendo um hedge contra a inflação, apesar da história sugerir o contrário.
Mas
validação não é a mesma coisa que normalização.
Este é um mercado cuja recuperação recente vem após uma queda de 53% no início deste ano, com volatilidade muito superior à do ouro ou ações. O Bitcoin ainda não foi testado por uma prolongada crise econômica (ou mesmo uma inflação mais alta), mesmo que a ideia de uma reserva de valor dissociada dos mercados regulares esteja seduzindo mais investidores. A necessidade de mais proteção ao consumidor cresce à medida que os reguladores abrem as portas para mais produtos.
Existem algumas forças que explicam a última retomada do Bitcoin.
A
primeira gira em torno da cooptação. Washington D.C. e o setor financeiro
buscam cooptar ativos digitais para seus próprios fins, em vez de afastá-los totalmente.
A aprovação dos EUA de um ETF de Bitcoin — mesmo que baseado apenas em futuros
— envolve a volatilidade da criptomoeda em algo que os traders podem entender.
Também contrasta com o tom mais forte contra lançamentos de produtos cripto não
regulamentados ou ataques de ransomware alimentados pelo Bitcoin. E está
longe da recente proibição de cripto da China, que enviou a indústria de mineração
de Bitcoin à procura de novas instalações em estados como o Texas.
A
segunda, a capitulação, é o oposto do que aconteceu durante a venda no
início
deste ano, quando os investidores despejaram suas participações em meio a um pânico mais amplo de que os níveis de preços haviam se tornado muito
exuberantes. A euforia de hoje em torno da demanda de Bitcoin significa que más
notícias — incluindo dúvidas sobre quais ativos estão apoiando a popular
stablecoin Tether — não “pegam” e isso só pressiona para preços mais altos. Falar de
cobertura contra a inflação ignora os ganhos semelhantes às ações que atraíram
os fundos de
hedge em primeiro lugar.
A terceira força é a concorrência. Isso tem a ver com o FOMO — o desespero daqueles que mergulham na esfera cripto para uma chance de acompanhar ou derrotar seus pares. Uma pesquisa da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido publicada na quarta-feira descobriu que 76% dos jovens que investem em produtos de alto risco sentiam um senso de competitividade com amigos, familiares e outros conhecidos. Uma falsa sensação de segurança também está contribuindo — 69% acreditavam erroneamente que criptomoedas fossem um ativo regulamentado.
"Como
resultado, era improvável que eles entendessem a falta de proteção dos investidores e o
risco para seu dinheiro", escreveu o regulador, que não aprovou produtos cripto
negociados em bolsa. O Bitcoin ainda se parece mais com uma máquina para operações do
tipo “Só Se Vive Uma Vez”.
Agora
considere que as opções no ETF permitirão que os investidores
dobrem as apostas a favor ou contra o fundo. " Os operadores mais
arriscados poderão negociar opções de compra do Bitcoin pela
primeira vez em mercados financeiros regulamentados", diz Eric Balchunas,
da Bloomberg Intelligence. Isso pode ficar caro para quem se queimar. As
narrativas compartilhadas nas redes sociais, onde as crenças são reforçadas e
refletidas, contribuem para a tomada de risco; é aí que a cripto se mistura com
ações como a GameStop Corp., onde a um certo ponto cerca de 900.000 contas de
varejo estavam fazendo negócios como uma multidão.
A
defesa do consumidor deve ser uma prioridade para as autoridades, na corrida
para acompanhar a expansão dos ativos digitais. A proliferação de
criptomoedas na economia pós-confinamento elevou o comprometimento dos
que tentam espalhar o evangelho Bitcoin do Holding On For Dear Life
(HODL – Agarra e Não Larga). Mais americanos estão dedicando uma maior parte de
seu poder de compra à criptomoeda do que em quase todos os outros países, de
acordo com Chainalysis, que descobriu que mais de US $ 750 bilhões em cripto
foi enviado para a América do Norte entre junho de 2020 e julho deste ano.
O
que o público de criptomoedas precisa é de discernimento. Em vez de tentar
encontrar novos superlativos para descrever a máxima histórica do Bitcoin, pode
valer a pena prestar atenção para as palavras de Scott Minerd, da Guggenheim,
que saiu de sua posição de Bitcoin durante uma venda forte no início deste ano:
"A disciplina me diz agora que eu não entendo isso direito." Ele não
está sozinho.
Sobre
esse mesmo tema, um relatório produzido pelo JP Morgan chega a uma conclusão exatamente
inversa, apontando que os investidores optaram pelo bitcoin em detrimento do
ouro para se proteger da inflação.
Embora aceitemos que o ímpeto do bitcoin tenha mudado drasticamente para cima desde o final de setembro, não estamos convencidos de que a antecipação do lançamento do BITO — o recém-lançado ETF de bitcoin — foi o principal motivo. Como explicamos antes, acreditamos que o aumento das preocupações com a inflação entre os investidores renovou o interesse nas proteções de inflação em geral, incluindo o uso de bitcoin como tal. O fascínio do Bitcoin como um hedge de inflação foi fortalecido pelo fracasso do ouro em responder nas últimas semanas às crescentes preocupações sobre a inflação, comportando-se mais como um proxy da taxa real do que como um hedge de inflação. De fato, uma atualização da Figura abaixo sugere que a mudança de ETFs de ouro para fundos de bitcoin, que foi muito intensa durante a maior parte do quarto trimestre de 2020 e o início de 2021, acelerou nas últimas semanas.
Suponha que você tivesse bitcoin e por precaução, e conselho do Mosca, colocou um stop loss em sua posição. Para executar a ordem usou a bolsa Binance e foi dormir. Veja o que ocorreu nessa bolsa nas ultimas 24 horas segundo relato de Nick Baker da Bloomberg.
O
preço
do Bitcoin caiu rapidamente cerca de 87% na bolsa americana da Binance na
quinta-feira de manhã, desmoronando para US $ 8.200 de cerca de US $ 65.000. O
preço não fez nada disso em outros locais, e na Binance o nível quase
imediatamente voltou para onde tinha saído.
"Um
de nossos traders institucionais nos indicou que eles tinham um bug em seu
algoritmo de negociação, o que parece ter causado a venda", disse Binance
em um comunicado enviado por e-mail. "Continuamos a olhar para o evento,
mas entendemos pelo trader que eles já corrigiram seu bug e que o problema
parece ter sido resolvido."
Naturalmente sua ordem foi executada sem que o preço no mercado amplo tivesse atingido esse nível. E agora, com quem vai reclamar? Esse evento me faz concluir que o preço do bitcoin oscila dependendo da bolsa, isso tudo bem, mercado novo ainda tem uma certa arbitragem, mas a fragilidade desse exemplo questiona o real valor das criptomoedas.
No
post o-mercado-e-soberanofiz os seguintes comentários sobre a nasdaq100:
...” As 5 ondas que estava esperando acabaram ocorrendo de uma forma
denominada de leading diagonal — são
formações menos comuns, porém que acontecem com uma certa frequência. Como
mostrado no gráfico a seguir, o movimento estaria próximo de se completar,
esperando em seguida uma correção, onde eu estaria propenso a sugerir um trade
de compra” ...
Temos agora um bom exemplo do cuidado quando se trabalha com gráficos de janela curtas, como acima que é de 1 hora ...” o gráfico acima postado é com janela de 1 hora, e sempre que se observa em intervalos menores, é necessário cautela” ... Não que houvesse uma grande mudança nas conclusões, porém se modificou um pouco o término das 5 ondas esperadas.
Talvez
eu devesse me fixar mais em movimentos maiores e deixar o curto prazo para meu
acompanhamento. Na verdade, no intuito de esclarecer minhas ideias técnicas,
acabo atrapalhando os leitores.
O
gráfico a seguir mostra o objetivo de curto prazo para a bolsa entre
16.700/16.900, o que o mercado está chamando de “o rali do Papai Noel”.
Não quero colocar muita esperança nos leitores nem deixá-los excitados, mas se eu estiver certo do meu cenário, ainda existe muita gasolina para ser queimada.
-
Oh David, abre o jogo aí. É mais que o dobro?
É um bom chute! Hahaha ...
O SP500 fechou a 4.544, com queda de 0,11%; o USDBRL a R$ 6,6524, sem variação; o EURUSD a € 1,1640, com alta de 0,16%; e o ouro a U$ 1.792, com alta de 0,56%.
Fique
ligado!
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