Não sou o único #usdbrl
Um
relatório produzido pelo Bank of America corrobora a visão do Mosca sobre
a Revolução Digital em andamento no mundo. Embora seja natural que nos
identifiquemos com pessoas ou opiniões coincidentes com a nossa, neste caso
vale a pena saber o que pensa a que é considerada hoje uma das melhores equipes
de economistas.
Em
muitos campos e indústrias, a inovação tecnológica já está acontecendo em um ritmo
mais rápido do que em qualquer momento da história humana. Mas por mais profunda
a forma de que a tecnologia tenha mudado nossas vidas nas últimas duas décadas, os próximos 20 anos poderiam ver
uma ruptura ainda mais dramática
(destaque meu). Pense em estender o tempo de vida à imortalidade, desenvolver
novos processos que tiram o carbono da atmosfera e muito mais. Então pense nos
prováveis efeitos que inovações como essas podem ter em uma ampla faixa de
indústrias, na economia global e nas carteiras dos investidores.
Essas
tentativas de longo alcance de estender os limites da tecnologia são referidas como "moonshots"
[lançamentos para a Lua] por Haim Israel, Chefe de Pesquisa Global de
Investimentos Temáticos da BofA Global Research. Seu relatório
recentemente publicado, "To the Moon(shots)! —Future Tech Primer",
examina uma série de áreas em que tecnologias disruptivas poderiam galvanizar
os mercados. Também explica por que ser capaz de identificar os moonshots
que atingirão suas metas de crescimento, e investir estrategicamente neles,
poderia levar a retornos de mercado acima do normal.
Em busca de unicórnios
Há um benefício claro em identificar e
investir em tecnologias inovadoras, acredita Israel. Historicamente, os ganhos
do mercado de ações são predominantemente impulsionados pelo desempenho de um
pequeno número de empresas disruptivas. Por exemplo, entre 1990 e meados de
2020, o mercado global de ações gerou US$ 56,2 trilhões em riqueza líquida, mas toda essa criação de riqueza
foi gerada por apenas 947 empresas — ou 1,5% do número total. E essa tendência para retornos
concentrados parece estar se acelerando. Entre 2016 e 2019, cinco empresas
responderam por 22% da concentração líquida de patrimônio.
Outra visão que leva em conta as decisões de investimento: a adoção de muitas tecnologias — smartphones e energia renovável, para citar dois — acabou superando as previsões dos especialistas em décadas. Isso porque as pessoas tendem a pensar linearmente, mas o progresso ocorre exponencialmente.
Na
opinião de Israel, as tecnologias disruptivas mais
propensas a ter sucesso são as que têm um mercado alvo total (TAM) grande o
suficiente, um lugar favorável no ciclo de hype tecnológico, ou em seu
crescimento e evolução esperados ao longo do tempo, e a capacidade de alcançar
uma adoção generalizada. Seu relatório compara riscos, tamanhos de mercado,
taxas de crescimento, catalisadores potenciais e muito mais para fornecer uma
visão geral abrangente e avaliação de quais tecnologias poderiam tomar conta a
seguir.
O
relatório completo destaca 14 áreas potenciais de ruptura, que atualmente
representam US$ 330 bilhões em tamanho de mercado, mas poderiam crescer até US $ 6,4 trilhões até a década de 2030. Aqui estão cinco dos esforços que poderiam ter um
impacto especialmente poderoso nas indústrias, na economia global e na
sociedade.
Moonshot
1: Baterias Nextgen
Baterias
"Nextgen" com maior capacidade de armazenar energia e recarregar de
forma mais rápida e barata são fundamentais para uma
revolução da cleantech. A maior demanda por veículos elétricos de passageiros
representou mais da metade da demanda global de baterias de íons de lítio em
2020, apesar dos veículos elétricos representarem apenas 4% das vendas de
automóveis de passageiros. À medida que a tecnologia melhorou e a
capacidade de fabricação aumentou, o preço médio das baterias de íons de lítio caiu
significativamente. Mas, para atender ao crescimento esperado da demanda — e
continuar a reduzir os custos — será necessário um avanço tecnológico. Uma
resposta potencial atualmente em exploração é substituir o eletrólito líquido
por uma alternativa sólida, aumentando assim a densidade energética. Se essas
soluções se mostrarem viáveis, a BofA Global Research estima que o mercado pode
atingir US$ 354 bilhões até 2030 — em comparação com US$ 21 bilhões em 2020.
Moonshot
2: Captura e Armazenamento de Carbono
A
indústria
de combustíveis fósseis está procurando descarbonizar e permanecer
relevante à medida que o mundo muda para tecnologias de
carbono mais baixas. É por isso que a captura e o armazenamento de
carbono estão se tornando cada vez mais importantes. Esta
tecnologia pode remover o dióxido de carbono (CO²) da atmosfera deslizando e
extraindo-o em um fluxo concentrado, que pode então ser comprimido,
transportado e armazenado. Para essa tecnologia, Haim vê um potencial de US$ 1
trilhão em investimentos acumulados até 2040-2050.
Moonshot 3: Imortalidade
Tradicionalmente,
o envelhecimento não tem sido visto como uma doença tratável, mas isso está mudando. Pesquisadores em
biogerontologia — um subcampo da gerontologia que estuda os
processos biológicos do envelhecimento — acreditam que avanços no
rejuvenescimento tecidual, células-tronco, medicina regenerativa, reparação
molecular, terapia genética, fármacos e substituição de órgãos eventualmente
permitirão que os humanos tenham vida útil indefinida. Inovações radicais na
tecnologia médica podem resultar em um aumento inimaginável na longevidade
humana — na medida em que poderíamos começar a ver o potencial de imortalidade
já em 2029.
Eliminar 50% das condições medicamente evitáveis (ou seja, câncer e
hipertensão) pode ampliar a expectativa de vida de uma pessoa média para
mais de 150 anos (destaque meu). Quando 90% dos problemas de saúde são prevenidos, a expectativa
de vida pode crescer para mais de 500 anos. O mercado de terapias médicas e tecnologias
projetadas para prevenir o envelhecimento é pequeno agora, mas pode crescer
para US$ 20 bilhões até 2025.
Moonshot 4: Hologramas
Até agora, conhecemos
principalmente hologramas humanos como uma tecnologia que traz artistas
falecidos "de volta à vida". Mas várias aplicações intrigantes estão
sendo exploradas em vários setores. Um dos mais interessantes é o uso de
hologramas para conferência e colaboração no ciberespaço em um ambiente de
trabalho pós-pandemia que minimiza o contato pessoal. Um dia, os funcionários
podem ser capazes de simplesmente chamar colegas, parceiros de negócios e
clientes para se reunir usando imagens 3D em um espaço holográfico
compartilhado. Com uma série de outras extensões naturais dessa inovação — os
médicos estão agora examinando órgãos vitais em 3D sem ter que cortar em um
corpo vivo — o mercado pode chegar a US$ 11,65 bilhões até 2030.
Moonshot 5: 6G
A
frequência 6G será a sucessora da tecnologia
móvel
5G na transmissão de dados móveis. O cronograma para a
tecnologia móvel é de cerca de 10 anos, mas a quantidade e
a complexidade dos dados continuam a explodir exponencialmente —
o que significa que o 5G atingirá seus limites superiores antes do final da
década e precisará ser substituído pela próxima geração. Enquanto o 6G pode
oferecer velocidades entre 10 e 50 vezes mais rápidas que o 5G, a velocidade
por si só não pinta o quadro completo. Criticamente, o 6G pode ter a capacidade
de todos os dados que estamos criando, permitindo que os aplicativos
"conversem" entre si — incluindo a vinculação de todos os dados
necessários para, como exemplo, a condução autônoma — e a adoção de algoritmos
de aprendizado de máquina incorporados à IA que podem canalizar dados e
maximizar o tráfego da rede.
Israel
observa que "todos esses moonshots vêm com riscos, incluindo
atrasos no desenvolvimento, custos que podem vir a ser insuperáveis e novos obstáculos regulatórios".
Ainda assim, diz ele, "algumas dessas tecnologias são obrigadas a atingir
suas metas de crescimento, e as que têm o potencial de transformar e
interromper várias indústrias".
O
relatório surpreende pelas perspectivas inimagináveis, viver 150 anos — sem
considerar a hipótese explicitada a seguir de 500 anos! — é algo impensável. Se
realizado, terá várias implicações sociais e financeiras. Isso permite
vislumbrar vida mais longa para o Mosca! Hahaha ...
O
quesito “mundo mais limpo” acredito ser inevitável. Alguns anos atrás, muito
poucas pessoas se preocupavam com esse assunto, mas hoje em dia é um tema
mundial. Pessoas e principalmente para as empresas estão se adaptando nessa
nova direção. Os investimentos serão enormes na próxima década em função disso.
Em
termos de investimentos, sugiro que se tenha uma postura muito aberta, sem
achar que vai prevalecer uma empresa que hoje pareça insubstituível. Tudo
indica que os candidatos a sofrerem essa concorrência são companhias com altas
margens e elevada penetração de consumo.
O
gráfico apresentado acima já é uma avant première do que se pode esperar
para o futuro. No post devagar-e-de-repente, publiquei uma ilustração com
as 10 maiores empresas dos últimos 50 anos. Acredito que essa rotação vai
continuar desafiando a recomendação dos anos 80 de “comprar ações da IBM para
deixar aos netos”— não foi uma boa decisão!
No
post prateleiras-vazias, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” O Banco Central atuou mais forte na semana passada através
de contratos de swap, isso ocasionou uma pequena retração nas cotações durante
a semana mas não alterou o cenário técnico que traçamos —
ao contrário, deu mais sustentação à configuração ending diagonal”...
Com a quantidade de más notícias da semana passada, o dólar acabou atingindo a máxima de R$ 5,75, só recuando depois da aparição de Guedes e Bolsonaro para reafirmar seus compromissos de manter inalterado o comando do Ministério da Economia. Do ponto de vista gráfico, não existem mudanças do cenário inicialmente traçado.
Meu amigo fez uma provocação no post acima que me fez revelar um cenário alternativo: ...” posso revelar um nível que passa a ser vital nesse outro panorama. Esse intervalo seria entre R$ 5,65/ R$ 5.72. Se cenário pretende passar para primeira linha, o movimento de alta deveria no máximo estancar nesses níveis, para em seguida cair” ... Essa situação foi satisfeita na última sexta-feira. Embora não seja meu panorama principal vale um acompanhamento, e dados os últimos acontecimentos, só poderia ser viável segundo 2 hipóteses: Bolsonaro se tornar um ortodoxo ou uma terceira via se mostrar muito plausível de ganhar as eleições. Como não acredito na primeira e a segunda ainda é muito cedo, continuamos como cenário base. Mas, em análise gráfica o que importa é o movimento.
O
SP500 fechou a 4.566, com alta de 0,47%; o USDBRL a R$ 5,5588, com queda de
1,56%; o EURUSD a € 1,1609, com queda de 0,32%; o ouro
a U$ 1.806, com alta de 0,78%.
Fique
ligado!
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