Mulher Maravilha 2.0 #nasdaq100
No
post a-mulher-maravilha, comentei sobre a trajetória meteórica de Cathie
Wood, que gere uma família de fundos ETF bem-sucedidos denominados de ARK que investe em vários setores, geografias e valores de mercado, buscando identificar
empresas que não foram percebidas por estratégias tradicionais baseadas em
setores.
Num momento onde todos investidores estão preocupados com
a inflação, Wood concedeu uma entrevista a Bloomberg com uma visão distinta
sobre esse assunto.
A
suposição subjacente lá fora é que estamos em um período inflacionário
turbinado por interrupções na cadeia de suprimentos. Eu vi muitos mercados e
comecei no negócio durante os anos 70. Estava na faculdade
quando a inflação estava em fúria. Então sei o que é isso. E eu realmente
acredito que não vamos voltar lá e que qualquer um que planeje isso provavelmente
vai estar cometendo alguns erros.
Em
vez disso, enxergamos três grandes forças deflacionárias se formando.
Do
lado da inovação, estamos em um período hoje como nunca
estivemos. Você tem que voltar para o telefone, eletricidade
e automóvel para ver três grandes fontes de inovação tecnologicamente
habilitadas evoluindo ao mesmo tempo. Hoje, temos cinco plataformas:
sequenciamento de DNA, robótica, armazenamento de energia, inteligência
artificial e tecnologia blockchain — todas elas deflacionárias.
Em
inteligência artificial, os custos de treinamento estão caindo 68% ao ano. O
que isso significa? Vamos ver um boom em muitos produtos que usam IA e,
portanto, são melhores, mais baratos, mais rápidos e mais criativos.
Há também custos de sequenciamento
de DNA. Para sequenciar todo o genoma humano, foram necessários 2,7 bilhões e 13 anos de poder
computacional. Isso foi em 2003. Dezoito anos depois, estamos com 500 dólares e
algumas horas de poder computacional. Para cada duplicação acumulada no número
de genomas humanos inteiros sequenciados, os custos caem 40%.
Isso
vai transformar os cuidados de saúde, ajudando-nos a discernir quais dólares de saúde estamos desperdiçando. E
achamos que mais da metade de todos os dólares da saúde são desperdiçados hoje.
Então temos veículos elétricos e tecnologia de
sistema de baterias. Para cada duplicação acumulada em veículos elétricos vendidos, esses
custos caíram 28% para a bateria, o que significa que os
custos de VE vão cair cerca de 15% cada vez que exista uma duplicação nas
vendas e estamos agora com vendas de veículos elétricos na infância. Outro são
robôs industriais. Esses custos também estão caindo mais de 20% para cada
duplicação acumulada.
A
boa notícia é que essa é uma boa deflação, o que causa um boom da atividade
econômica, pelo menos onde a inovação está ocorrendo.
O
corolário disso é a deflação ruim. Desde o colapso
tecnológico e de telecomunicações, e o colapso financeiro
de 2008-2009, houve um aumento significativo na aversão ao risco no mercado. E
muitos investidores e analistas investem muito próximo de seus benchmarks. Eles
não querem se desviar muito.
O
problema é que essa inovação vai ser muito disruptiva
para a ordem mundial tradicional. Assim, os benchmarks de hoje são construídos
com base nos sucessos passados das empresas. Mas se a inovação disruptiva está
evoluindo tão rapidamente, haverá desintermediação e disrupção. Empresas que aprenderam
a satisfazer acionistas de curto prazo - que querem seus lucros e os querem
agora - têm se alavancado para recomprar ações e pagar dividendos (exemplo
comentado no post de ontem __economistas --- sobre a Apple, pode ser um desses
casos?)
As
empresas não têm investido o suficiente em inovação, e vamos ver muita
carnificina lá fora cada vez mais durante os próximos cinco a dez anos. No
início dos índices S&P 500, a expectativa de vida média de uma empresa era
de 100 anos. Acreditamos que já faz pouco mais de 20 anos — mas vai desmoronar
daqui para frente.
Também
estamos vendo alguns sinais interessantes em cíclicos.
Os
preços da madeira subiram no ano passado por causa de toda a reforma e demanda
por novas casas nos subúrbios. Os preços chegaram a $1.700 e agora se encontra abaixo
de US $ 600. E muitas pessoas acham difícil de acreditar porque o setor imobiliário
ainda parece tão aquecida. Eu acho que é um indicador principal que os preços
provavelmente foram um pouco longe demais, muito rápido.
Os
consumidores sentem que seu poder aquisitivo está caindo. Os preços dos bens e serviços estão se movendo mais rápido do que a renda está
aumentando. Então há outra razão pela qual provavelmente vamos ver uma
desaceleração.
Mas
ainda mais importante é o que aconteceu com as cadeias de
suprimentos. Se você olhasse como as empresas estavam posicionadas
antes do coronavírus, elas estavam recuando no acúmulo de
estoques e gastos de capital por cerca de um ano a 18 meses. E a razão foi a
guerra comercial EUA-China, medo do conflito explodir de alguma forma. Quando o
coronavírus bateu, empresas que já tinham sido cautelosas pisaram nos freios. E
o que o consumidor fez? O consumidor começou — após um mês ou mais, com os
pagamentos do PPP — a estimular a economia. Eles começaram a gastar porque sua
taxa de poupança nos últimos meses havia subido.
As
empresas foram pegas de surpresa, e ainda estão desprevenidas, não foram
capazes de suprir a demanda. A liquidação de estoques no segundo trimestre foi
perto de níveis recordes. E então o que eu acredito que está acontecendo agora
é que as empresas, a fim de recuperar a demanda, têm efetuado duplas e triplas
encomendas. Foi o que aconteceu com os preços da madeira e por isso o declínio
tem sido tão acentuado desde meados de maio. E uma vez que eles veem os preços
caindo, vão retroceder sobre essas ordens. Portanto, eu acho que pode haver uma
grande queda nas commodities e outros preços, uma vez que o consumidor passou
de bens de consumo, que são apenas um terço do consumo para o consumo de
serviços, assim como as empresas estão lutando agressivamente.
O Mosca tem uma visão muito parecida com
Wood, acredita que a tecnologia vem para diminuir os preços dos produtos e
serviços ameaçando as grandes empresas estabelecidas, e nesse estágio o risco é
para as grandes. Mas o problema da inflação é mais a curto prazo e esses
argumentos não se tornarão efetivos nesse prazo.
Em relação ao descompasso entre a oferta e demanda
de bens que comentou, parece fazer sentido que houve uma certa demanda
reprimida causada pela pandemia, modelo que o Fed acredita também.
Os próximos meses serão interessantes para saber
quem está certo nesse tema, os IN ou DE conforme tema do Mosca para –
Estou pensando em estender para 22!
No post a-china-esta-com-macaca, fiz os
seguintes comentários sobre a nasdaq100: ...” A área destacada em vinho é importante
para definição no curto prazo: 1) se ultrapassar, significa que a
alta está em curso e o Mosca vai sugerir um trade de compra. 2) Caso
contrário, uma nova queda poderia levar essa bolsa para o nível de 14.600, e só
após estaria em curso uma nova alta” ...
Observe
o gráfico a seguir e vejam como as minhas observações ocorreram de forma até
milimétrica. A região destacada em vinho nem chegou a ser penetrada o que
elimina a opção 1). A queda apontada na opção 2) ocorreu e ao invés de 14.594
como sugere o nível mais provável, a mínima ocorreu hoje a 14.555, um desvio
mínimo de 0,2%.
- David, ao invés de ficar aí se deliciando com suas maracutaias técnicas – acha que nós entendemos tudo que escreve? – Por que não deu um call de compra? Vai perder o bonde!
Não seja tão crítico, e ao invés de ficar censurando veja o lado bom ao de ter níveis que permitem operar com mais segurança. Respondendo a sua pergunta é necessário que nesse movimento de alta que se iniciou hoje, preciso ver 5 ondas completas, pois existe a possibilidade da correção grande, lembra? Fique atento ao Mosca que no momento mais seguro vou sugerir um trade de compra.
O SP500 fechou a 4.357, com alta de 1,15%; o USDBRL a R$ 5,3634, com queda de 1,18%; o EURUSD a € 1,1594, com alta de 0,17%; e o ouro a U$ 1.760, com alta de 0,21%.
Fique
ligado!
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