A Mulher Maravilha #nasdaq100

 


O mundo de ETF cresce de forma expressiva, hoje existem 7.706 fundos diferentes no mundo, sendo 2.204 nos EUA. Você pode se perguntar: e no Brasil? Apenas 17! Esta poderia ser uma notícia ruim, mas é ótima — significa que esse número ainda vai crescer muito.

O motivo do sucesso de tais fundos é a facilidade de negociação, mas principalmente o custo.

O investidor não é muito propenso a mudanças. Demora, mas quando ele começa a mudar, algo que era um sucesso pode virar um fracasso. É sabido que o americano adora ações, não porque tenha alguma razão afetiva, mas por ser uma classe de ativo que obteve retorno consistente em períodos longos. Até pouco tempo atrás, o veículo usado eram os fundos mútuos.

Em 2020, 60% dos fundos de grande capitalização dos EUA ficaram atrás do benchmark S&P 500, de acordo com novos dados do Índice S&P Dow Jones.

Mas o fracasso da maioria dos fundos de ações em bater índices de referência não foi novidade: 2020 foi o 11º ano consecutivo em que a maioria dos fundos de grande capitalização administrados ativamente nos EUA teve um desempenho inferior ao S&P 500. Outra observação importante sobre essa estatística é que todos os anos mais de 50% foram piores que o benchmark, com exceção de 2009 com 49%! Diante disso, a chance contra o investidor é elevada, fora o efeito da perda acumulada num período mais longo.

O que me intriga é que essas estatísticas não são feitas no mercado brasileiro. Porém, não se preocupe, deve ser muito semelhante.

Hoje vou comentar sobre ETFs do mercado americano que vêm gerando muita polemica em função de seu objetivo de investimento: os fundos da ARK, que se apresenta como Inovação Disruptiva.

A sua descrição no site é “Tem como objetivo proporcionar ampla exposição à inovação disruptiva. A ARK acredita que as inovações, centradas em inteligência artificial, robótica, armazenamento de energia, sequenciamento de DNA e tecnologia blockchain, mudarão a maneira como o mundo funciona e proporcionarão crescimento superdimensionado à medida que as indústrias se transformem”.

Um artigo publicado pelo Wall Street Journal por Micahel Wursthorn relata parte da história recente da ARK e de sua comandante Cathie Wood, que o Mosca denominou de “Mulher Maravilha”.

Das 165 ações incluídas nos ETFs ativamente gerenciados pela ARK, 85 geraram perdas líquidas em seus últimos anos fiscais, de acordo com uma análise da Dow Jones Market Data. Isso tornou os fundos particularmente vulneráveis a dramáticas oscilações, quando os investidores viraram as costas para as ações de Growth em favor de ações que brilham quando a economia prospera.

Apesar da recuperação desta semana das ações de tecnologia, todos os cinco ETFs da ARK permanecem em baixa de pelo menos 14% em relação às altas de meados de fevereiro, ficando atrás do Nasdaq Composite, que está 5% abaixo do seu recorde de 12 de fevereiro.

A dor tem sido mais aguda entre as ações das empresas não rentáveis dos fundos da ARK. Essas ações caíram em média 18% no último mês, de acordo com uma análise da DJMD, enquanto as participações lucrativas caíram 8% no mesmo período.

"Essas ações são inerentemente mais arriscadas do que o mercado em geral", disse Ben Johnson, diretor de pesquisa global de ETF da Morningstar.

Um porta-voz da ARK se recusou a comentar. Wood, porém, foi à televisão e ao YouTube para deixar seus investidores à vontade, enfatizando que a empresa continua comprometida com sua estratégia.

"Estamos tão animados como sempre sobre tudo o que estamos fazendo. As últimas semanas não fizeram nada além de aumentar os retornos que esperamos de cada uma de nossas ações mesmo com essa queda", disse Wood em um vídeo publicado no YouTube na semana passada que já acumulou mais de 700.000 visualizações.

Das 56 ações do principal fundo de inovação, 36 não geraram ganhos durante seus últimos exercícios fiscais, de acordo com uma análise das participações da empresa.

Os investidores há muito se baseiam em medidas de avaliação como taxas de preço-lucro para medir as perspectivas de uma ação. Mas tais medidas são irrelevantes para empresas que não geram lucros. A ARK, em vez disso, conta com uma mistura de imaginação e modelos de fluxo de caixa descontados a taxas de juros vizinhas de zero para justificar as elevadas avaliações de ações que têm um grande potencial para crescer e conquistar suas respectivas indústrias, como a líder de pesquisas Alphabet Inc. e o domínio da Facebook Inc. nas mídias sociais.

Muitas das ações "disruptivas" da ARK foram estupendas em 2020 durante a pandemia Covid-19. O ETF de inovação saltou mais de 150% só no ano passado, ajudando-o a triplicar em relação à sua estreia em 2014. Uma enxurrada de investidores se seguiu, permitindo que a ARK fizesse apostas ainda maiores na próxima onda de empresas revolucionárias.

Outra preocupação potencial entre os investidores da ARK é a forte concentração dos fundos. A empresa, por exemplo, possui com dois de seus fundos uma participação de 15%na empresa de produtos biomédicos Cerus Corp, no valor de US$ 156 milhões. A empresa não é lucrativa há mais de uma década, tendo recentemente relatado uma perda anual de quase US$ 60 milhões.

Quanto mais um investidor possui de uma determinada ação, mais difícil é adicionar ou vender ações sem mexer nos preços. A Morningstar analisou os números e descobriu que a ARK levaria mais de 52 dias de negociação se quisesse liquidar sua posição na Cerus sem baixar demais os preços das ações e prejudicar seus próprios investidores.

As ações da Cerus caíram 13% no último mês. De acordo com Cathiesark.com., um site que acompanha as operações da ARK, resgates parecem ter levado os fundos da ARK a vender mais de dois milhões de ações entre 22 de fevereiro e quarta-feira, o que potencialmente exacerbou a queda da Cerus.

"Essa é a preocupação número 1 na gestão de carteiras", disse Saumen Chattopadhyay, diretor de investimentos da empresa de gestão de riqueza Carson Group, referindo-se à concentração. "Quando a bolha estoura, fundos assim podem ser pegos."

A ARK não está mudando sua abordagem. Executivos, incluindo a Sra. Wood, disseram que a volatilidade que atinge o mercado e seus fundos terá vida curta. Nas últimas semanas, a empresa vendeu ações mais líquidas para comprar ações de empresas nas quais diz ter uma maior convicção, incluindo ações menores, mais difíceis de negociar e, em vários casos, ações não rentáveis. Essas compras incluem a Roku e a 908 Devices Inc., uma empresa de análise química que vale US$ 1,4 bilhão.

Wood, em seu vídeo na semana passada, disse que os fundos não tiveram nenhum problema de negociação ou liquidez.

"Não estamos em uma bolha", acrescentou.

É inegável a visão que Cathie Wood teve ao lançar seus fundos. Naturalmente, a pandemia caiu como uma luva em suas teses, razão de sua expressiva performance no ano passado. Percalços em fundos tão inovadores são plenamente justificáveis, e seu sucesso vai depender da capacidade de encontrar empresas que irão fazer a diferença, e de escapar das que não terão sucesso.

Por enquanto, seu título de Mulher Maravilha é justo. O quesito não é beleza é claro!

No post concorrencia-vista, fiz os seguintes comentários sobre o Nasdaq100: ...” Essa é a opção que considero mais provável e levaria o Nasdaq 100 dentro de um intervalo de 12.600/12.000. Notem que devemos estar terminando a primeira queda a amarelo, para em seguida uma recuperação parcial b amarelo, em seguida a queda final c amarelo” ...



No post httptech-perde-lideranca, apontei a rotação que os investidores estão fazendo vendendo as ações Tech e comprando as ações de Value. Por este motivo, a queda do Nasdaq nesta correção foi mais extensa e a recuperação está sendo mais lenta. Olhando sob esse índice é necessário ter mais cautela, podendo o Nasdaq sofrer mais que o SP500. Mas o retorno final irá recompensar.

A mínima atingida de 12.200 ficou dentro da previsão apontada acima, o que não ocorreu com o SP500 (a correção foi menor). A projeção inicial para a alta do Nasdaq100 é ao redor de 39.000, naturalmente não será amanhã!

No curto prazo daremos uma sugestão de compra no intervalo apontado a seguir, provavelmente mais próximo de 12.600.



Estou trabalhando com o cenário de que a queda oriunda da correção terminou — somente uma possibilidade mais remota poderia comprometer essa afirmação, o que não parece ser o caso. Caso eu esteja correto, estaríamos entrando no desejo de todos que usam Elliot Wave, a tão esperada onda 3,3,3 – não é uma trinca de 3! Peço aos leitores que acompanhem mais de perto o Mosca para o momento de entrada. Mesmo para quem não se interessa pelas bolsas americanas, continuem acompanhando de perto! Hahaha ...



O SP500 fechou a 3.943, com alta de 0,10%; o USDBRL a R$ 5,5586, com alta de 0,41%; o EURUSD a 1,1958, com queda de 0,22%; e o ouro a U$ 1.723, com alta de 0,14%.

Fique ligado!

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