Estar no lugar certo #nasdaq100 #NVDA
Hoje é um dia muito importante de vendas no cômputo geral.
Não me recordo bem qual é a proporção em relação ao total do ano, mas com
certeza é mais de 20%. Se as condições financeiras dos americanos forem um
indicador, podemos esperar números animadores. As bolsas irão funcionar de
forma parcial (meio-dia) e com volume reduzido. Boas compras aos leitores no
Black Friday!
Ninguém duvida da capacidade de Warren Buffett; seu track
record é invejável, embora, como mostrei em alguns posts, seu retorno mais
recente não difere muito do S&P 500. Sua estratégia pode ser resumida em
uma frase: comprar barato. Mas será só isso? Lógico que não. Teria que
acrescentar: comprar de empresas boas e promissoras e num mercado que cresce. A
primeira colocação é mais ou menos óbvia, mas por que a segunda? Para que seu
patrimônio cresça, é fundamental que o market cap da bolsa também cresça, o que
indica a geração de riqueza. Se não crescer, torna-se um jogo de "rouba
monte". Observe o gráfico abaixo e, segundo esse critério, não poderia
existir outro lugar no mundo que não o USA para ele.
Pela manhã, fiquei pensando no que aconteceria com Warren Buffett se ele tivesse nascido no Brasil. O principal quesito de comprar barato seria quase totalmente atendido durante sua vida; não me lembro de muitos momentos em que a bolsa brasileira estivesse cara. Já encontrar empresas boas e promissoras seria uma tarefa mais difícil, mas encontraria alguns nomes no caminho. Porém, dois elementos raramente estariam satisfeitos: crescimento do market cap e valorização pelo mercado de suas ações acima do seu objetivo para poder vender suas posições. Por exemplo, mais recentemente, esse investidor vendeu suas ações da Apple, não porque a empresa tenha algum problema, mas sim porque, segundo seu critério, estaria cara.
Mas Warren Buffett não se destaca apenas pela sua capacidade
de gestão, mas também por suas ações filantrópicas. Nesta semana, ele fez uma
doação de U$ 1 bilhão para quatro fundações e publicou um memorando que também
é uma lição. Beth Kowitt comenta na Bloomberg:
Os conselhos de Buffett sobre a vida podem ser mais
valiosos do que seu portfólio
Na segunda-feira, Warren Buffett anunciou a doação de mais
de US$ 1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway Inc. para quatro fundações
familiares — uma continuação de seu compromisso de doar a maior parte de sua
riqueza para a caridade, em vez de transferi-la para sua família.
Com o anúncio, Buffett publicou um memorando que tratava
menos sobre os detalhes da doação e mais sobre a importância de organizar seus
assuntos ao final da vida. Os leitores atentos de Buffett sabem que este é o
seu estilo. Sob a superfície, suas reflexões frequentemente estão repletas de
conselhos sobre liderança e gestão.
Aos 94 anos, Buffett claramente está pensando sobre sua
mortalidade e reconhece que "o tempo sempre vence." Mais do que
nunca, ele parece determinado a transmitir lições não apenas sobre o que faz um
bom investimento, mas também sobre o que faz uma boa vida. Aqui estão os meus
destaques:
Não crie dinastias (filhos nepo).
Buffett menciona mais de uma vez em seu memorando que não acredita em riqueza
dinástica. "Os pais devem deixar para seus filhos o suficiente para que
possam fazer qualquer coisa, mas não o suficiente para que não façam
nada," escreve ele. Dois de seus três filhos estão no conselho da
Berkshire, mas nenhum está na gestão — e nenhum deles jamais será CEO.
Isso contrasta com o momento de "filhos nepo" que
estamos vendo em outras partes do mundo dos negócios, com uma mudança
geracional de poder em empresas familiares. (Para quem não entende o jargão da
internet, "filho nepo" é alguém cuja carreira se beneficia da riqueza
ou conexões de pais bem-sucedidos.) O resultado frequentemente é conflitos
internos, como no caso da Estée Lauder Cos. e da News Corp., ou a tendência de
colocar a pessoa errada no comando (veja: Tyson Foods Inc.). Confiar aos seus
filhos a tarefa de doar grandes somas de riqueza da família, em vez de acumular
mais, parece uma maneira mais saudável de viver.
Reconheça sua boa sorte.
Buffett tende à autoefacement, frequentemente atribuindo seu sucesso à sua boa
sorte em vez de seu gênio. Ele escreve que sua sorte "começou em 1930, com
meu nascimento nos Estados Unidos como um homem branco," acrescentando
que, "favorecido por meu status masculino, muito cedo tive confiança de
que ficaria rico."
Essa mentalidade — de que sua condição de vida teve um
impacto desproporcional em sua prosperidade — é o que o motivou a passar sua
riqueza "para outros que receberam uma condição de vida muito difícil ao
nascer." Isso provavelmente também evitou muita arrogância e os erros não
forçados que podem vir com ela.
Seja transparente sobre seus planos para o futuro.
Buffett diz que todos os pais devem fazer seus filhos lerem seu testamento,
explicarem por que tomaram certas decisões e adotarem o feedback quando faz
sentido. "Vi muitas famílias se desentenderem após as instruções póstumas
do testamento deixarem os beneficiários confusos e, às vezes, zangados,"
escreve ele. "Também presenciei alguns casos em que o testamento de um pai
rico, plenamente discutido antes da morte, ajudou a família a se
aproximar."
Buffett adotou a mesma abordagem ao planejar a sucessão na
Berkshire, onde sua transparência evitou muitos dramas. Como já escrevi antes,
a transição de um CEO deve ser sem mistérios e o mais entediante possível. O
mesmo vale para um testamento.
Viva abaixo de suas possibilidades.
Buffett há muito exalta a magia dos juros compostos, descrevendo-os como uma
bola de neve rolando morro abaixo, ganhando velocidade e massa. Em seu
memorando, ele escreve que o verdadeiro retorno vem nos últimos 20 anos da
vida. O famoso frugal Buffett — que mora na mesma casa em Omaha que comprou em
1958 — acumulou uma enorme quantidade de economias, ou como ele chama,
"unidades de consumo diferido." Isso permitiu que a bola de neve
crescesse ainda mais, acumulando mais dinheiro para ele doar.
Diga aos seus filhos que você tem orgulho deles.
É o que Buffett faz no final de sua carta. Sem ressalvas.
Eu tomei algumas medidas que farão efeito após minha morte.
Não dei transparência a todos os meus filhos, pois considero que um deles tem
maior preparo para gerir os recursos. Quando tomei essa decisão, sabia que essa
condição poderia mudar com o tempo, claro, enquanto eu estiver por aqui. Acho
que Buffett tem toda razão; vou explicar para todos o motivo de minha decisão e
que posso mudá-la em vida.
Gostei de todas as suas declarações, inclusive uma delas que
destaquei: “Os pais devem deixar para seus filhos o suficiente para que possam
fazer qualquer coisa, mas não o suficiente para que não façam nada.” Perfeito!
Se for para não fazer nada, nós, como pais, estaríamos condenando nossos filhos
a uma vida sem vida!
Análise Técnica
No post resultado-ilusorio, fiz os seguintes
comentários sobre a Nasdaq 100: “Fiz uma pequena modificação nas ondas de
menor grau sem comprometer a visão mais ampla. Segundo minha opinião,
estaríamos na onda iii laranja, e o objetivo final seria 23.362. O que
não pode acontecer: queda abaixo de 19.880; o que desejamos que aconteça:
superar 21.182 e, principalmente, 21.707.”
Passados poucos dias, em função do feriado de Black Friday, não posso afirmar que a onda ii laranja terminou, nem que a Nasdaq 100 já se dirige para o objetivo de 23.362. Por enquanto, mantenha os parâmetros acima.
Sobre a Nvidia, meus comentários foram: “A Nvidia, como não poderia deixar de ser dado seu alto peso no índice da Nasdaq 100, tem uma configuração semelhante. O objetivo final, caso seja vencida a barreira anotada como ‘abre a janela’ em U$152,89, seria entre U$233 e U$248, conforme apontado no gráfico abaixo. O que não pode acontecer: queda abaixo de U$132.”
O mercado ou não gostou muito dos resultados da “Queridinha” ou estava comprado até as tampas, como se diz na linguagem do mercado. No meu entendimento, os resultados não tinham nada de errado; pelo contrário, foram bons tanto o atual quanto o projetado. Sendo assim, desconfio da segunda hipótese. Se for isso, enquanto não limpar esse excesso, ela deverá sofrer. Sugiro a leitura do post “extra-para-o-fim-de-semana”, onde uma situação de excesso ocorreu na minha vida profissional. Essa situação foi engraçada e, na Planibanc, ganhamos muito.
A Nvidia chegou perto de U$ 132, mas depois disso houve uma pequena recuperação. Mas nada disso é conforto para quem está comprado; precisa passar os U$152,89. Quando ameaçou romper, e foi só um “beijinho.”
Olhe o fluxo de recursos para as bolsas neste ano. Não é à toa que os índices apresentaram alta após alta. Os investidores estão canalizando seus recursos para a bolsa americana, pois é lá que há mais chance de crescimento e de encontrar as empresas que vão ganhar a “carteirinha”.
Estou pensando no Tema para 2025 e acho que vou adotar algo
no sentido da IA. Já o Tema de 2024: "Ticaremos o soft landing".
Podemos considerar que sim!
O S&P500 fechou a 6.032, com alta de 0,56%; o USDBRL a R$ 5,9783, com queda de 0,57%; o EURUSD a € 1,0579, com alta de 0,25%; e o ouro a U$ 2.653, com alta de 0,48%.
Fique ligado!
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