A Pfizer vence as eleições
O calendário sugere que a vacina pode entrar em distribuição
este mês ou no próximo, embora os reguladores de saúde dos EUA tenham indicado
que levarão algum tempo para realizar sua revisão.
Os ganhos mais fortes no mercado foram entre as ações de small cap, que foram duramente atingidas pelos bloqueios. Os contratos futuros do Índice Russell 2000 de ações de small cap saltaram para uma alta de 7% enquanto os do S&P 500 subiram 4,2%, tudo isso antes da abertura dos mercados. Já o futuro do Índice Nasdaq 100 estavam com uma alta modesta de 0,5%.
O Biden nem assumiu e já levou de lambuja essa boa notícia. Na
vida é preciso sorte, e parece que o futuro presidente mostrou que tem. Mas
passada esta onda de otimismo, um artigo publicado pela Bloomberg por John
Authres, além de elencar os motivos de otimismo, elenca os principais problemas
à frente.
- Embora
Trump não tenha poder presidencial pelos próximos quatro anos, ele ainda
terá um poder político muito real, e pode-se esperar que o use. Será uma
pedra no sapato, e liderará uma grande e obstrutiva oposição.
- Biden,
dada sua idade, é visto como presidente de um só mandato. Politicagem para
substituí-lo já está em andamento.
- Os
republicanos têm uma grande chance de retomar o controle da Câmara em dois
anos. (Isso não é apenas porque os presidentes tendem a sofrer um grande
balanço de médio prazo contra eles; é também porque haverá formação de
novos distritos eleitorais após a conclusão do censo dos EUA.)
- O Senado
também provavelmente estará em disputa em 2022. Espere uma repetição dos
dramas da semana passada, já que senadores republicanos planejam se
aposentar na Carolina do Norte e Pensilvânia, enquanto o vencedor da
eleição especial da Geórgia de janeiro também terá que defender seu
mandato em 2022. Os assentos republicanos também concorrem à reeleição no
Wisconsin e na Flórida.
- Recriminações
entre democratas são prováveis. Mais alguns progressistas foram eleitos
para a Câmara, enquanto vários moderados foram expulsos.
- A
Suprema Corte poderia decidir a questão da saúde, sobre a qual há mínima
chance de compromisso entre a Presidência e o Senado, se o Obamacare for
considerado inconstitucional. Além de causar uma grande confusão política
e provável agitação social, uma eventual perda de cobertura médica também
pode gerar problemas econômicos.
Então, mais importante do que qualquer um dos fatores puramente
políticos, Biden será recebido pelo coronavírus, que não desapareceu. Se ele
sofrer mutações, ou ganhar ferocidade durante o inverno, o novo presidente não
será capaz de fazer muito para resolver os problemas de longo prazo da América.
Importante: as notícias de hoje sobre a vacina podem alterar esse
quadro (minhas observações)
Finalmente, há a sensação insistente de que um governo dividido pode dar certo, mas agora seria uma boa hora para se ter um plano claro para gastar algum dinheiro. A taxa de mudança é o que importa para os mercados, e a economia dos EUA ainda está melhorando. Mas como Torsten Slok, agora da Apollo Global Management, mostra neste gráfico, o emprego permanece muito abaixo do seu nível de um ano atrás, e a melhora está desacelerando:
A análise técnica sobre as bolsas apresentada na semana
passada já indicava um cenário altista, e posso garantir que o Mosca não
tinha nenhuma informação privilegiada. No final de semana, analisei a bolsa
brasileira e os parâmetros da correção traçados no post fomos-enganados, sugerem um nível menor que eu imaginava, induzindo que o mercado de alta pode
estar em curso. Amanhã farei os comentários sobre esse ativo.
No post a-disciplina-da-resultado, fiz os seguintes
comentários sobre o dólar, onde sugeri uma posição vendida. Como o post foi
extenso, vou transcrever os trechos que considero mais importantes: ... “Vamos observar qual o possível retorno, sob 2 hipóteses:
1) Folego
para subir – Nesse caso, o dólar deve recuar até R$ 5,165, para em seguida
voltar a subir, e ultrapassar a máxima de R$ 6,00.
2) Cair no vazio – Nesse caso, o dólar deve
recuar até R$ 4,67, para só depois voltar a subir” ...
...” O dólar está atingindo
níveis que justificam um eventual trade de venda. O motivo é de ordem técnica”
... ...” deixa eu assumir que somente
o Mosca e o Banco Central estão nessa posição, é verdade que nós pela
razão acima e o BC porque não tem alternativa” ...
O dólar caiu com violência na semana passada, estendendo
mais a queda, hoje pela manhã. Como já havia comentado acima, o Mosca não
tinha inside information de ninguém, nem do Biden nem da Pfizer, apenas se
guiou por elementos técnicos.
Se vocês notaram, fui muito cauteloso nesse trade, pois normalmente não gosto de atuar contra o mercado, pode machucar bem. Mas nesse caso, estabeleci 2 estratégias com stoploss diferentes, caso o dólar subisse. Felizmente isso não ocorreu. Por outro lado, nossa posição de ouro foi stopada hoje pela manhã.
Queria deixar reforçado que, caso o dólar continue o
movimento de queda, após o último limite mencionado acima – R$ 4,70, aumenta
consideravelmente a chance da alta de longo prazo do dólar ter terminado, meu
cenário B.
- David, Hahahaha ... só rindo mesmo! Você acredita em
Papai Noel?
Do mesmo jeito que parecia impossível o dólar cair na semana passada, as condições podem se alterar mais a frente. A recuperação no Brasil tem sido a melhor quando comparada aos dos países emergentes, veja o gráfico a seguir da produção Industrial (esquerda) e produção de veículos (direta).
Numa mare negativa, aponta-se o risco: “a dívida publica vai
atingir 100% do PIB” ... “esse nível é o estopim” ... e por aí vai;
Se uma onda positiva acontece, o discurso muda: “a dívida está
elevada, mas com o crescimento tende a diminuir” ... ... “Hoje em dia, não
existe país que não tenha uma dívida elevada” ...
Não estou querendo minimizar esse fato, mas, se as economias
no resto do mundo tendem a normalidade e o preço das commodities continuar nos
níveis elevados (ainda estão subindo), a situação do Brasil melhora
consideravelmente.
Conclusão: Quem não vai querer receber os juros que os
títulos brasileiros estão pagando?
Se essa divagação (sim porque não existe nada concreto) acima
ocorrer, e principalmente, se o dólar estiver caindo frente as outras moedas,
por que o real deveria continuar se desvalorizado? (Antes que meu amigo
manifeste sua opinião)
Bolsonaro! Contra esse fato não tenho nenhum argumento!
Hahahaha ...
O SP500 fechou a 3.550, com alta de 1,17%; o USDBRL a R$
5,3855, com alta de 0,40%; o EURUSD a € 1,1817, com queda de 0,45%; e o ouro
a U$ 1.865, com queda expressiva de 4,40%.
Fique ligado!
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