É uma miragem?
O
vasto mercado de títulos públicos dos EUA costuma ter uma alta correlação com
as perspectivas de crescimento, e especialmente com o que é conhecido como o
"reflation trade": a aposta de que a economia se recuperará
rapidamente. Crescimento mais rápido quase sempre significa inflação mais alta,
rendimentos mais altos e preços dos títulos mais baixos.
A perspectiva de que as vacinas normalizem nossa vida injetou uma louca esperança em muitos dos ativos menos populares. A gigante petrolífera Exxon subiu 23% até agora em novembro, apontando para seu melhor mês desde pelo menos 1972. O índice Russell 2000 de pequenas e médias ações, com alta de 21%, caminha para seu melhor mês desde pelo menos 1988.
As ações mais perdedoras na pandemia estão indo incrivelmente bem este mês, com nove ações do S&P 500 subindo mais de 50%. Boeing, Carnival e Royal Caribbean, várias companhias aéreas, proprietárias de shoppings, ações de hotéis e entretenimento, e Citigroup subiram mais de um terço da queda. O índice Vix de volatilidade implícita caiu de uma alta de 41 antes das eleições para próximo das baixas de verão, pouco acima de 20.
Mas
será que essa animação vai perdurar? Um primeiro teste pode ser observado no
Black Friday. Quem acompanha essa data há algum tempo pode lembrar-se das
imensas filas que se formavam, já na véspera da abertura das lojas.
Consumidores ávidos por produtos com desconto carregavam itens até pesados, como
TVs, máquinas de lavar e tudo que conseguiam transportar para suas casas. Como
se fossem de graça! Mas este ano, parece que o quadro foi bem diferente, como
cita o artigo da Bloomberg por Leslie Paton, e outros.
Muitos
americanos estão tendo a mesma sensação. Graças às compras online e grandes descontos
que começaram semanas atrás, o dia após o Dia de Ação de Graças provavelmente
deve ser rebatizado de Blasé Friday. Sim, as pessoas ainda compram em lojas
físicas neste dia, mas está longe do frenesi que já gerou manadas humanas,
ansiedade e atmosferas carnavalescas dentro de shopping centers.
"É
um Black Friday mais calmo", disse Oliver Chen, analista da Cowen &
Co. Os consumidores estão fazendo mais compras no início do mês, mas o dia
continua sendo "uma grande parte da psique americana", disse ele.
Analistas
relataram visitas mais fracas às lojas -- parcialmente prejudicadas pelo clima
de inverno nas regiões Centro-Oeste e Oeste dos EUA. A JLL, uma empresa
imobiliária comercial, disse que 40% das lojas tiveram menos visitas este ano.
Enquanto isso, o e-commerce produziu mais um ano de crescimento robusto. A
Salesforce, um provedor de
serviços digitais, projeta que os gastos com e-commerce atingirão US$ 7,4
bilhões nos EUA na Black Friday -- 16% mais do que um ano antes. Só saberemos a
imagem completa deste fim de semana quando as redes de varejo informarem seus
resultados trimestrais no ano que vem.
"Você
está vendo uma mudança geracional na abordagem da Black Friday", disse Jennifer
Bartashus, analista da Bloomberg Intelligence. Os consumidores entre vinte e
trinta e poucos anos são mais focados, usando o evento para comprar apenas
alguns itens que eles já pesquisaram online. Isso contrasta com a forma como as
gerações mais velhas tinham feito mais navegação e estocagem, disse ela.
"Se
você não tem que ir à loja, por que você iria à loja?". "Por que dirigir
por aí procurando uma vaga de estacionamento?"
A
Black Friday também continua mostrando a crescente divisão entre os varejistas tradicionais.
Com tanta concorrência como a Amazon.com Inc. e outras marcas digitais direto-ao-consumidor,
o crescimento econômico dos EUA e o aumento dos salários não estão beneficiando
a todos.
Vencedores,
Perdedores
O
consenso dos analistas indica sucesso maior para empresas que já estão indo bem
nesta triste fase do varejo: cadeias como Walmart, Traget, Best Buy e Lululemon
Athletica.
"A
mera existência de condições macroeconômicas muito positivas não garante, por
si só, que todas as empresas de cada categoria terão um desempenho acima da
média", disse Matthew Shay, presidente e diretor executivo da Federação
Nacional do Varejo, em entrevista por telefone. "Ainda há vencedores e
perdedores."
Alguns dados publicados sobre o Black Friday na Inglaterra mostram uma mudança radical na forma como as compras foram feitas esse ano. É verdade que, uma nova onda de restrições por conta da segunda onda de Covid-19, pode ter afetado.
Tudo isso se torna importante do ponto de vista de investimentos em ações, pois até o momento a alta dos setores de tecnologia é expressiva quando comparada a qualquer outro segmento. Com o anúncio da aprovação das diversas vacinas durante este mês, cresceu tanto o sentimento dos investidores como a alocação em ações em detrimento de outros ativos.
Durante os meses de julho e agosto, inúmeras publicações alertavam para a farra que os investidores de varejo fizeram durante a pandemia, por estarem em casa e resolverem fazer apostas no mercado de ações, consideradas arriscadas. Os dados, e as situações passadas com essa característica, pareciam apontar para uma queda iminente das bolsas. Pouco ocorreu nesse sentido, as ações mais mostraram uma consolidação que uma queda mais significativa.
Porém, um gráfico chamou minha atenção, comparando o resultado das ações favoritas dos clientes de varejo com a dos fundos Hedge. Vejam a seguir.
Tentei buscar algum motivo para tamanha distorção. Afinal, os gestores de Hedge Funds são em sua maioria os melhores profissionais e muito bem pagos para obter retorno a seus clientes. Alguns motivos parecem fazer sentido, como a cautela dos profissionais em função da situação incerta que vivemos. Mas isso por si seria não seria suficiente para justificar a diferença. Sorte? Optaram pelas empresas que mais iriam se beneficiar pela pandemia sem se preocupar com o valuation? Independentemente do motivo, essa situação vai colocar em teste, a tese que esse grupo sempre entra no final da festa.
No post sob-tensão, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” estabeleci um novo nível de stop loss apontado no gráfico acima a R$ 5,53” ... ... “Imaginando que esta onda 4 seja um triângulo, vou ter que ajustar os níveis de queda esperados, mas isso somente ocorreria depois que o dólar estivesse abaixo de R$ 5,22” ...
A configuração de um triangulo que imaginei se formar está dento do curso, embora sempre possa ser inviabilizado. Mesmo que isso ocorra não altera a ideia geral, desde que mantido os parâmetros traçados acima.
Como apontado no gráfico, acima de R$ 5,53 aciona o Stop loss”, abaixo de R$ 5,22 o movimento de baixa ganha tração, e nesse intervalo pode fazer qualquer outra coisa de útil!
O
SP500 fechou a 3.621, com queda de 0,46%; o USDBRL a R$ 5,3628, com alta de
0,36%; o EURUSD a € 1,1928, com queda de 0,29%; e o
ouro a U$ 1.775, com queda de 0,72%.
Fique
ligado!
É impossível a bolsa americana cair. Pode tomar risco a vontade. O FED, se preciso vai comprar ações, fora os trilhões que serão jogados no mercado. No Brasil, uma hora a casa cai.
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