Todos os colegas apanharam #eurusd
Ontem
à noite aconteceu um jantar entre o Presidente e empresários brasileiros.
Relata-se que os empresários saíram satisfeitos com as promessas feitas por
Bolsonaro de acelerar as vacinações, promover reformas estruturais e garantir a
disciplina fiscal. Quem participou ficou mais tranquilo com os compromissos do
presidente, mas será que isso será suficiente para acalmar os mercados? Acho
difícil, pois Bolsonaro não tem cumprido muito sua palavra e acaba se
arrependendo quando um outro grupo deseja algo diferente da combinação anterior.
Mas será que só nos estamos passando por esse vendaval — principalmente nos títulos de renda fixa longos? Nossos companheiros de “classe”, os países emergentes, também estão sofrendo como mostra a reportagem de Anna Hirtenstein no Wall Street Journal.
A pressão está aumentando em alguns mercados emergentes, à medida que as perspectivas de crescimento dos EUA levam os investidores a retirar capital de economias que parecem menos robustas.
O
rendimento do título de 10 anos, em moeda local do Brasil, saltou para 9,65%
a.a. na quarta-feira, subindo de 6,96% a.a. no final de 2020. Esse é o maior
patamar desde o pico do mercado em março de 2020, segundo a FactSet. Os
rendimentos dos títulos russos e mexicanos também atingiram recentemente seus
níveis mais altos em um ano. Quando os preços dos títulos caem, os juros sobem.
Fevereiro
e março tiveram as maiores saídas líquidas de títulos de mercados emergentes
desde que a pandemia surgiu na primavera passada, com investidores retirando
cerca de US$ 3 bilhões em cada mês, de acordo com dados do Instituto de
Finanças Internacionais. A venda foi mais pesada para a dívida emitida pela
África do Sul, Indonésia e Índia. Os gestores de fundos também retiraram um
total de US$ 670 milhões de ações de países em desenvolvimento ao longo desses
dois meses.
Os investidores dizem que os mercados emergentes foram abalados pela melhora das perspectivas de crescimento dos EUA, que está fortalecendo o dólar, elevando os rendimentos do Tesouro americano à medida que os gestores apostam que o Federal Reserve aumentará as taxas de juros nos próximos anos, para manter a inflação sob controle.
O otimismo sobre os EUA está tirando capital dos mercados emergentes e forçando alguns países em desenvolvimento a elevar as taxas de juros, apesar da fraqueza econômica.
"O
ciclo global de liquidez está começando a mudar", disse Paul O'Connor,
chefe de mercado emergente da Janus Henderson. "Se você olhar para a renda
fixa do mercado emergente hoje, ela tem muitos obstáculos pela frente."
Um
dos principais desafios enfrentados pelas nações em desenvolvimento é o aumento
dos juros reais dos EUA. Medidos pelo rendimento dos títulos protegidos pela
inflação do Tesouro de 10 anos, os juros reais subiram até - 0,573% em meados
de março, de -1,089% em 31 de dezembro. Taxas reais mais baixas tendem a estar
associadas a um desempenho mais forte em classes de ativos mais arriscadas,
como as de mercados emergentes.
"Os mercados sabem que passamos do ponto do pico de generosidade. Provavelmente observaremos as mínimas nos juros reais ainda por muito tempo", disse O'Connor.
O maior rendimento real está levando os investidores a reconsiderar se o risco extra que assumem sobre a dívida de mercados emergentes vale a pena.
"Os
mercados emergentes foram um vencedor na era do coronavírus: eles foram vitoriosos
quando as economias eram frágeis, e os rendimentos reais estavam em
colapso", disse O'Connor. Com os rendimentos reais se recuperando,
"parece natural que os mercados e os investidores procurem outro
lugar".
O
outro desafio é o fortalecimentodo dólar : o Índice WSJ
dólar, que mede a moeda americana contra uma cesta de moedas, subiu 2,3% este
ano.
Um
dólar mais forte torna mais caro para os países em desenvolvimento fazer
pagamentos sobre sua dívida em moeda estrangeira, e pode pesar sobre os preços
das commodities, reduzindo a receita de exportação para os produtores e aumentando
a perspectiva de inflação mais alta.
"É
um círculo vicioso", disse Shaniel Ramjee, gerente de fundos multiativos
da Pictet Asset Management. Ramjee disse que recentemente cortou ações da China
e do Brasil, e, em vez disso, comprou ações dos EUA.
Ações
e títulos de países em desenvolvimento com níveis mais altos de risco político,
como a Turquia, e economias mais fracas como a África do Sul, parecem menos
atraentes, dizem os investidores. Alguns países como Brasil e Índia também
ainda estão lidando com o
aumento das taxas de infecção por coronavírus e novas variantes, o que pode prejudicar
sua recuperação.
As saídas de capital deste ano de ações e títulos de mercados emergentes enfraqueceram uma série de moedas. O real brasileiro, por exemplo, perdeu 8% em relação ao dólar este ano.
Para combater a depreciação das moedas e o aumento da inflação, e recuperar investidores estrangeiros, os bancos centrais do Brasil, Rússia e Turquia aumentaram as taxas de juros no mês passado. Os investidores dizem que custos mais altos de empréstimos poderiam reduzir o ritmo de recuperação econômica de alguns desses países. O banco central do México também provavelmente aumentará sua taxa, de acordo com Zsolt Papp, especialista em dívida de mercados emergentes da J.P. Morgan Asset Management.
"Os
bancos centrais de mercados emergentes estão mais expostos aos fluxos globais
de capital: eles não podem se dar ao luxo de ignorar o que está acontecendo
nessa frente", disse Papp. Ele recentemente vendeu títulos mais antigos da
América Latina que são mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros.
Estamos
apanhando junto com nossos colegas, e é verdade que levamos uma surra maior.
Mas preço não leva desaforo por muito tempo, e se o Fed seguir o que está
prometendo, daqui a pouco esses recursos voltam. Nossos títulos estão pagando
juros reais positivos, enquanto os títulos americanos, com toda a alta ocorrida,
apenas pagam um juro real menos negativo!
No post o-enigma-dos-gênios, fiz os seguintes comentários sobre o euro: ... “ para quem ainda acredita na alta, surge um nível apontado no retângulo, aonde acima de € 1,1740 deveria ocorrer a tão esperada reversão. Se isso acabar ocorrendo, vai existir um ótimo ponto de entrada com um bom potencial” ...
A moeda única atingiu a mínima de € 1,1701 revertendo o movimento, como havíamos imaginado. A configuração despois disso é bastante animadora quando observado numa janela de 1 hora, estando prestes a completar 5 ondas. Assim que isso ocorrer, um pequeno movimento de retração deve ocorrer e é onde pretendemos sugerir um trade de compra., conforme destacado no gráfico a seguir.
Esse ponto de compra deverá ser mais bem calculado caso o euro siga o que está demarcado na figura acima.
-
David, por que você não comprou no ponto que indicou?
Não
estou aqui para fazer adivinhações! Como eu poderia saber de antemão que a
reversão iria ocorrer?
-
Então esses pontos que você sugere não servem para nada! Só para dizer aos seus
leitores que acertou na Mosca?
Acho
que você precisa prestar mais atenção nos meus comentários. Em todo caso, vou
fazer um resumo. A análise técnica trabalha com probabilidades. Sendo assim, às
vezes ocorre o mais provável e as vezes o menos provável; sigo a teoria de
Elliot Wave, e os movimentos direcionais, segundo ela, são em 5 ondas e os de
correção em 3 ondas. Essa teoria é fractal, portanto busco observações em
várias janelas, e a melhor combinação para encaixar no movimento. Quase sempre
podem ter mais que uma interpretação, e somente o movimento seguinte vai dar
mais indicações se você está correto; às vezes segue o livro texto, e nesses
casos é mais seguro. Por último, a forma e a extensão das correções são tentativas,
tornando mais difícil definir o ponto de entrada.
O
caso do euro em questão se encaixa na última observação. A correção que estava em andamento foi muito maior
do que seria esperado — tanto é verdade que estabeleci um nível para mudar
minha hipótese, e chegou muito perto, a € 1,1597.
Portanto, se tivesse seguido seu conselho, teria arriscado entrar no mercado
num cenário considerado incerto, embora seja verdade que o stop loss teria
sido pequeno.
Entendeu?
O
SP500 fechou a 4.097, com alta de 0,42%; o USDBRL a R$ 5,5785, com queda de
0,61%; o EURUSD a € 1,1913, com alta de 0,36%; e o ouro
a U$ 1.756, com alta de 1,09%.
Fique
ligado!
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