Com a faca e o queijo na mão #nasdaq100 #NVDA
No xadrez geopolítico e econômico
atual, poucos momentos expõem de forma tão clara a assimetria de forças como o
que estamos vivendo entre Estados Unidos e China. Quem está com a faca e o
queijo na mão são os americanos. Venho alertando, em diversos posts no Mosca,
sobre a fragilidade crescente da economia chinesa — e os dados recentes não
deixam dúvidas.
O setor imobiliário, motor histórico do crescimento chinês, permanece em queda livre. Em julho, os preços de novas residências em 70 cidades recuaram 0,31%, a maior queda em nove meses. Nem pacotes de estímulo recentes conseguiram interromper a trajetória. Analistas da Fitch projetam piora na segunda metade do ano, mantendo a pressão sobre o PIB e a confiança do consumidor.
No comércio exterior, Pequim amplia frentes de conflito. A disputa com o Canadá escalou: a China acionou a OMC contra tarifas e cotas sobre o aço, dias após impor novas tarifas à canola canadense. Embora sirvam para mostrar firmeza ao público doméstico, esses gestos reforçam o isolamento comercial e aumentam a volatilidade nos fluxos de capitais.
Do outro lado do tabuleiro, os Estados Unidos jogam com peças mais fortes. Sua economia segue resiliente, amparada pelo consumo interno, pela liderança em tecnologia e energia, e pela atratividade global do dólar, mesmo em meio a debates sobre política monetária. Washington aproveita cada fraqueza chinesa para reforçar alianças estratégicas, tanto no Indo-Pacífico quanto no eixo transatlântico.
O jogo mudou. A narrativa de ascensão chinesa e declínio americano perdeu força. A China enfrenta desaquecimento estrutural, desafios demográficos, dívida corporativa elevada e tensões externas. Os EUA, por sua vez, operam com maior liberdade e poder de pressão.
Para o Brasil, o impacto é direto. Uma China mais fraca significa menor demanda por nossas commodities, especialmente minério de ferro e soja. Isso pressiona preços, margens e o PIB. O Mosca vê risco adicional de desvalorização do real acima de outras moedas emergentes, e possibilidade de cortes nas projeções de crescimento. O agronegócio pode ter um segundo semestre mais fraco, com queda no volume exportado e margens comprimidas.
No campo fiscal, a arrecadação tende a desacelerar, enquanto as despesas obrigatórias aumentam. Isso pode levar o Banco Central a reduzir o ritmo ou até interromper cortes na Selic antes do previsto. O cenário é de câmbio volátil, inflação pressionada e juros elevados por mais tempo. Num ambiente assim, os EUA detêm a vantagem — e nós teremos de jogar na defensiva.
A Nasdaq100 superou a máxima histórica nesta semana e apenas um *false break* poderia invalidar essa visão. Nesta hipótese, reorganizei as ondas para compatibilizar com o cenário. Ressalto que a distância percorrida pela onda (3) vermelha é muito baixa, o que pode indicar que ela ainda não terminou, abrindo espaço para altas muito superiores. Se a contagem estiver correta, o objetivo seria próximo de 26 mil pontos (+11%).
Em relação à Nvidia, destaquei: “Observando um gráfico de mais longo prazo, o cenário altista (muito altista!) não parece tão improvável. Vou esperar melhor definição do ‘pai dos índices’, a Nasdaq100, para refazer meus objetivos – será que a Super Star vai puxar a bolsa para cima? Afinal, já é a empresa mais valiosa do planeta!”
Realoquei as ondas da NVDA para ficarem alinhadas com a Nasdaq100. A onda 3 laranja é curta, sugerindo espaço para níveis bem mais altos. O objetivo nesta leitura é US$ 227 (+25%).
Os hedge funds estão com posições vendidas em patamar semelhante a 2022, quando se previa recessão. Tecnicamente, considero arriscado, pois os fundamentos atuais não sustentam esse pessimismo. Contudo, reconheço que eles têm argumento: lucros das mid caps estão estagnados há anos
Minha experiência mostra que, em mercados de alta, tudo sobe — uns mais, outros menos, mas todos sobem. A questão é capturar o movimento certo no momento certo
O S&P 500 fechou a 6.449, com queda de 0,29%, ajustei o stop loss para 6.407; o USDBRL a R$ 5,3982, com queda de 0,33%; o EURUSD a € 1,1701, com alta de 0,46%; e o ouro a U$ 3.338, sem variação. Fique ligado!
A produção industrial subiu apenas 5,7% em julho, abaixo das expectativas,
enquanto as vendas no varejo desaceleraram para 3,7%. O investimento em ativos
fixos também decepcionou, reforçando a percepção de que as engrenagens da
segunda maior economia do mundo estão girando com folga demais.
No mercado corporativo, gigantes como JD.com e Geely reportaram quedas expressivas nos lucros, sufocados por uma guerra de preços que corrói margens e alimenta a chamada “involução” — competição interna excessiva que destrói valor em vez de criá-lo. Esse movimento não é pontual: ele reflete um ambiente de negócios cada vez mais hostil, sem perspectiva de alívio no curto prazo.
O setor imobiliário, motor histórico do crescimento chinês, permanece em queda livre. Em julho, os preços de novas residências em 70 cidades recuaram 0,31%, a maior queda em nove meses. Nem pacotes de estímulo recentes conseguiram interromper a trajetória. Analistas da Fitch projetam piora na segunda metade do ano, mantendo a pressão sobre o PIB e a confiança do consumidor.
No comércio exterior, Pequim amplia frentes de conflito. A disputa com o Canadá escalou: a China acionou a OMC contra tarifas e cotas sobre o aço, dias após impor novas tarifas à canola canadense. Embora sirvam para mostrar firmeza ao público doméstico, esses gestos reforçam o isolamento comercial e aumentam a volatilidade nos fluxos de capitais.
Do outro lado do tabuleiro, os Estados Unidos jogam com peças mais fortes. Sua economia segue resiliente, amparada pelo consumo interno, pela liderança em tecnologia e energia, e pela atratividade global do dólar, mesmo em meio a debates sobre política monetária. Washington aproveita cada fraqueza chinesa para reforçar alianças estratégicas, tanto no Indo-Pacífico quanto no eixo transatlântico.
O jogo mudou. A narrativa de ascensão chinesa e declínio americano perdeu força. A China enfrenta desaquecimento estrutural, desafios demográficos, dívida corporativa elevada e tensões externas. Os EUA, por sua vez, operam com maior liberdade e poder de pressão.
Para o Brasil, o impacto é direto. Uma China mais fraca significa menor demanda por nossas commodities, especialmente minério de ferro e soja. Isso pressiona preços, margens e o PIB. O Mosca vê risco adicional de desvalorização do real acima de outras moedas emergentes, e possibilidade de cortes nas projeções de crescimento. O agronegócio pode ter um segundo semestre mais fraco, com queda no volume exportado e margens comprimidas.
No campo fiscal, a arrecadação tende a desacelerar, enquanto as despesas obrigatórias aumentam. Isso pode levar o Banco Central a reduzir o ritmo ou até interromper cortes na Selic antes do previsto. O cenário é de câmbio volátil, inflação pressionada e juros elevados por mais tempo. Num ambiente assim, os EUA detêm a vantagem — e nós teremos de jogar na defensiva.
Análise Técnica
No post “conturbando a economia!”, comentei sobre a Nasdaq100: “Toda minha
cautela até agora se mostrou desnecessária; como podem verificar no gráfico
abaixo, a opção jogo continua está próxima de se confirmar e, dependendo do
‘shape’ desse rompimento, teria que decidir se o cenário mais altista está em
andamento”.
A Nasdaq100 superou a máxima histórica nesta semana e apenas um *false break* poderia invalidar essa visão. Nesta hipótese, reorganizei as ondas para compatibilizar com o cenário. Ressalto que a distância percorrida pela onda (3) vermelha é muito baixa, o que pode indicar que ela ainda não terminou, abrindo espaço para altas muito superiores. Se a contagem estiver correta, o objetivo seria próximo de 26 mil pontos (+11%).
Em relação à Nvidia, destaquei: “Observando um gráfico de mais longo prazo, o cenário altista (muito altista!) não parece tão improvável. Vou esperar melhor definição do ‘pai dos índices’, a Nasdaq100, para refazer meus objetivos – será que a Super Star vai puxar a bolsa para cima? Afinal, já é a empresa mais valiosa do planeta!”
Realoquei as ondas da NVDA para ficarem alinhadas com a Nasdaq100. A onda 3 laranja é curta, sugerindo espaço para níveis bem mais altos. O objetivo nesta leitura é US$ 227 (+25%).
Os hedge funds estão com posições vendidas em patamar semelhante a 2022, quando se previa recessão. Tecnicamente, considero arriscado, pois os fundamentos atuais não sustentam esse pessimismo. Contudo, reconheço que eles têm argumento: lucros das mid caps estão estagnados há anos
Minha experiência mostra que, em mercados de alta, tudo sobe — uns mais, outros menos, mas todos sobem. A questão é capturar o movimento certo no momento certo
O S&P 500 fechou a 6.449, com queda de 0,29%, ajustei o stop loss para 6.407; o USDBRL a R$ 5,3982, com queda de 0,33%; o EURUSD a € 1,1701, com alta de 0,46%; e o ouro a U$ 3.338, sem variação. Fique ligado!
Se a China vai mal, o resto do mundo pior. Tem muito mais países com problemas demográficos que a China e essa política do Trump de taxar todo mundo vai gerar inflação interna sem controle e assim por diante. EUA agridem e intimidam, a China faz negócios com todo mundo.
ResponderExcluirO problema é o momento onde a China acaba não tendo onde desovar seus estoques. No médio prazo, se não entrar numa deflação profunda, vai se recuperar
ResponderExcluir