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Brexitttttttttttt....

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Quando vocês estiverem lendo o Mosca, já se saberá se a Inglaterra fica ou não no euro. Os mercados desde ontem à tarde estão com uma liquidez bastante baixa, uma vez que, a grande maioria dos bancos tem orientado seus clientes a não tomarem posições até que o resultado seja anunciado. O banco Barclay´s publicou o que os 6 principais bancos centrais farão, caso o Brexit ganhar o referendo. Para não encher mais sobre esse assunto veja as suas principais ações: Bank of England – Irá cortar a taxa de juros para 0%. BOE – Implementa uma linha de emergência de liquidez. FED – Posterga a elevação dos juros. Bank of Japan – Intervenções esporádicas no yen. Swiss National Bank – Venda agressiva de francos suíços. Swedish Central Bank – Mais medidas de afrouxamento monetário. E eu, pretensiosamente, incluo mais um banco central. Banco Central do Brasil – Reza! Hahaha.... A maneira em que os mercados reagiram nada disso será preciso, mas como comentei o

Ação despercebida

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No meio de toda essa confusão sobre a saída, ou não, da Inglaterra do euro - sem dúvida um elemento de risco importante, do outro lado do mundo a China, de forma discreta, vem desvalorizando sua moeda. Nos últimos meses tem se visto um enorme esforço por parte do governo Chinês, em manter sua economia crescendo a níveis expressivos, se comparados aos padrões atuais nos outros países. Porém não está sendo fácil, se é que estão conseguindo. Com um modelo voltado exclusivamente às exportações, mudar o rumo para o consumo interno não se faz do dia para a noite. Se a “obrigação” de crescer não fosse tão elevada, talvez pudesse ser atingida com mais eficiência. Figurativamente, é como trocar de piloto com o carro a 150 km/h. O resultado na China não tem sido muito animador, o governo está tentando através do aumento de crédito incentivar sua economia, e o que se está colhendo são empresas com sérios problemas de solvência. Esta pode ser a razão para desvalorizar sua moeda.

Saia justa

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A operação lava jato está criando constrangimento numa instituição financeira de renome internacional. A agência Zero Hedge, publicou um artigo questionando como um funcionário do Credit Suisse poderia ter recebido um bônus maior que o do CEO. A situação veio à tona em função da delação de Sergio Machado e seus filhos, um deles o executivo em questão. O Sergio Machado filho, reportou um ganho de US$ 14,0 milhões em 2015, num ano em que a receita referente aos negócios de renda fixa caiu 42%. Adicionalmente aos dados locais, o banco sofreu seu primeiro ano de prejuízo depois da crise de 2008. O ganho obtido por Sergio Machado, foi muito superior que a maior remuneração paga em todo a organização ao seu membro do conselho, Rob Shafir, que ganhou US$ 8,2 milhões. Mesmo considerando que o primeiro compreendia bônus diferidos de anos anteriores, o valor é muito elevado. Uma operação que pode ter contribuido para esse ganho, foi um empréstimo de US$ 1,27 bilhão feito a

Last Kiss

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O mercado financeiro acordou mais aliviado nesta segunda-feira, com as últimas pesquisas a respeito do referendum sobre a permanência ou saída da Inglaterra do mercado europeu. O Brexit, como é conhecido, aponta para uma continuação. Vários estudos foram disponibilizados nesses últimos dias sobre as consequências de uma separação, todos eles apresentam certa dose de subjetividade, uma vez que, ninguém pode saber ao certo como seria. O processo, em sua totalidade, demoraria por volta de sete anos. Mas todos eles apontam para um resultado bastante negativo, além de consequências secundárias sobre o possível abandono de outros países. O gráfico acima assinala a probabilidade de saída da Grã-Bretanha, comparada ao movimento da libra. Notem que, a chance foi extraída de um site de apostas, que em minha opinião, tem mais validade que a pesquisa feita diretamente com a população. O motivo? A primeira envolve ganhos e perdas, e a segunda pode não espelhar com tanta veracidade o

A inflação é um problema?

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Antes de mais nada deixe-me esclarecer que o assunto de hoje é sobre a inflação nos USA, se fosse aqui nem teria dúvida. Ontem foi publicado o CPI do mês de maio, que ficou em 1,02%, excluindo alimentos e gasolina 2,24%. No gráfico abaixo pode-se ter uma ideia de como esses indicadores evoluíram nos últimos anos. O FED usa um outro índice como parâmetro de decisão para estabelecer a política monetária, o PCE. A diferença básica entre ambos é o peso sobre os custos de habitação, que têm estado mais pressionados. Essa é a principal razão da diferença a menor do PCE em relação ao CPI. Voltando novamente ao gráfico acima, notem que a inflação “core” - que exclui alimentos e gasolina, tem-se mantido relativamente estável, ao redor de 2% desde 2012, que é o objetivo explicitado pelo FED. Sabe-se também que, para estabelecer os juros considera-se o indicie pleno, onde movimentos para cima e para baixo são mais frequentes, em decorrência da volatilidade das commodities. Em resum

Marcha Lenta

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O PMDB lançou o programa Ponte para o Futuro quando Dilma ainda era Presidente da República. Naquele instante essa ação gerou um frisson entre os partidos e ficou claro que o PMDB estava desembarcando do governo. Esse plano explicitava as ações necessárias para colocar nossa economia no rumo. Desde que Dilma foi temporariamente desempossada de seu cargo, Michel Temer tem se deparado com vários problemas, principalmente em relação a seus Ministros, onde alguns tiveram que renunciar aos seus cargos. Mas na montagem de sua equipe econômica não existe nenhum analista que não a elogie, com exceção do pessoal da “Nova Matriz econômica”, cujo melhor local para suas ideias seria um capítulo no livro texto de economia, do que não se deve fazer! Henrique Meireles, Ilan Goldfjan e todos os outros colaboradores, sabem muito bem que é essencial a diminuição do déficit público, na verdade é necessário um superávit para no mínimo estancar o crescimento da dívida pública. Outras medidas sã

Desconfiança

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Não existe nada pior que a perda de confiança no mercado financeiro. Negócios de trilhões são fechados verbalmente com a premissa que nenhuma das partes vai abrir o negócio. Durante minha vida profissional vivi raríssimos casos de quebra dessa regra, não se pode esquecer que, naquela época não era praxe nem gravação das conversas telefônicas. Muito mais grave é quando a credibilidade de um banco central é colocada em cheque. Existe na história vários casos no qual o mercado aposta contra e se sai vencedor – Soros contra o BOE em 1991. Atualmente, como o dólar é a moeda de referência mundial, somente o FED pode “peitar” o mercado sem limites, os outros BC’s dependem de sua própria moeda para se defender. Naturalmente existe uma hierarquia, o euro, yen, libra esterlina, estão logo a seguir nessa escala. Agora mesmo se o FED enfrentar o mercado com uma política que o mercado avalia como errada, em algum momento a desvalorização do dólar pode ser incontrolável. Parece que