Petrobrás: "Shame on you"


O Governo da Presidenta Dilma tem primado pela ingerência em vários ramos de atividades, das alíquotas de importação no setor automobilístico, mudança das regras na área de distribuição e geração de energia, IOF´s colocados e retirados para desincentivar ou incentivar os investidores estrangeiros, administração da taxa de câmbio, queda da taxas de juros sem um claro sinal vindo da inflação, aumento da participação dos bancos estatais na área de empréstimos sem a contra partida de capital próprio, e por último a gestão da Petrobrás, que vou comentar hoje.

Os investidores detestam quando qualquer Governo que resolve entrar na administração de uma empresa, o principal motivo é que as decisões passam a ter um peso político que superam os motivos econômicos, além de outros fatores como competência e a possibilidade de corrupção. Quando esta companhia tem ações na bolsa é pior ainda, normalmente eles abandonam o barco.

Esta situação já tem custado ao Brasil, no ano passado houveram somente 3 operações de IPO e depois de 9 meses sem nenhum negócio, no dia 06 de fevereiro a fabricante de software Linx fez uma oferta de US$ 268,0 milhões. Já nosso Índice Bovespa caiu 23% em dólares contra uma alta de 1% no MSCI Emerging Market, no ano passado. Um gestor de um grande banco estrangeiro, que administra US$ 2,5 bilhões em termos globais, fez a seguinte declaração a Bloomberg ...”O Governo do Brasil tem sido muito intervencionista em vários setores, o que feriu o sentimento”...

Hoje resolvi atualizar um gráfico que postei há um tempo atrás, e vejam vocês mesmos o resultado.


É a evolução comparativa dos preços da Exxon com a Petrobrás, nem preciso dizer quem é quem. Até setembro de 2010 elas andavam mais ou menos iguais, exceção ao descolamento durante a crise, mas depois “divorciaram-se”, parece que não tem nenhuma relação entre elas, e não foi por coincidência, pois foi quando houveram os investimentos para o pré-sal com dinheiro do contribuinte quer-ganhar-35% sem-risco.

Desde de criança nós somos avaliados, na escola através das notas, nos empregos das promoções e nas empresas pela evolução dos negócios e lucros. Para uma companhia com ações negociadas na bolsa, os preços das ações é um parâmetro muito importante, lógico que é uma avaliação relativa, você verifica seus pares. Será que alguém está vendo estes números para avaliar, ou os interesses de segurar a inflação, ou outros estão prevalecendo?

Somos um país com muitas reservas do tão valioso petróleo, e a nossa empresa responsável pela exploração e distribuição vem "capengando" Se eu fosse o CEO, e dado as condições impostas por forças superiores, já teria pedido demissão há muito tempo!

O SP500 fechou a 1.530, com alta de 0,75%; o real a R$ 1,9535, com baixa de 0,45%; o euro a 1,3389, com alta de 0,28% e o ouro a US$ 1.604, com baixa de 0,31%.
Fique ligado!

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