A 4ª Revolução Industrial
As três primeiras revoluções industriais foram impulsionadas:
pelo carvão e vapor; depois pela eletricidade e o automóvel; e por último a
computação. Agora podemos estar testemunhando a ascensão da quarta: uma
economia movida pela internet móvel, automação e inteligência artificial.
Essa foi a avaliação de Klaus Schwab, fundador do Fórum
Econômico Mundial, que fez da quarta revolução industrial o tema de seu
encontro anual em 2016.
Cada uma dessas revoluções anteriores é fácil de medir em
retrospectiva - toneladas de aço produzidas, número de automóveis na estrada, a
proporção de casas com um PC. Como estamos apenas no início desta última
transformação, só podemos tentar encontrar pistas para o futuro observando as
tendências da última década, com o surgimento do smartphone, a Internet de
Coisas e a computação em nuvem.
Nos dois anos que se seguiram à palestra do Prof. Schwab,
essas tendências entraram em colapso. O aumento súbito de tecnologias que vão
desde componentes de telefone a redes sem fio e data centers aponta para um
novo tipo de automação, mais difundida e mais inteligente do que nunca. Ela
afeta todos os setores, não apenas a indústria, a logística ou o transporte, e
é única no grau em que afeta os trabalhadores de “colarinho branco” e de “colarinho
azul”.
Estamos testemunhando o fim do trabalho como conhecemos ou
"meramente" uma profunda transformação dos trabalhos que os humanos
fazem. De qualquer forma, as ramificações econômicas e políticas tendem a ser
parecidas com o impacto dos últimos 50 anos de terceirização e globalização.
A explosão dos smartphones criou a necessidade de
desenvolvimento de novos softwares (de aplicativos a inteligência artificial),
novas plataformas (como cloud computing e blockchain), novas redes (primeiro 4G
e logo sucessor 5G), e não menos importante, uma matriz de componentes que
antes eram proibitivamente caros (todos os tipos de sensores e câmeras).
O crescimento da economia de smartphones e nuvem trouxe a
automação para um setor tradicionalmente protegido de seus efeitos: o trabalho
do conhecimento. Aqui, porém, é menos sobre a substituição de trabalhadores do
que melhorar suas habilidades automatizando tarefas como analisar grandes
quantidades de dados e dando-lhes acesso a ferramentas como análise preditiva,
além de inventar novos trabalhos como cientista de dados e operador de drone.
À medida que pensamos em quais trabalhos devemos preparar
nossos filhos, não podemos esquecer que os setores de empregos que mais crescem
e as maiores lacunas de habilidades estão atualmente na tecnologia, e que isso
provavelmente continuará sendo o caso no futuro previsível.
A nova economia não exige apenas humanos - ela também requer
uma grande infraestrutura, mesmo que tenda a ser invisível em nossas vidas
cotidianas. Nos EUA, isso significa milhares de quilômetros de cabos de fibra
ótica e centenas de milhares de torres de celular. Globalmente, isso significa
uma explosão de tráfego na Internet.
Combinando o smartphone, as nuvens, e a automação do
comercio, e você obterá uma transformação em como se distribui bens, tanto para
consumo como uso industrial. O resultado de tal transformação é o seu efeito na
venda ao varejo e a consequente transferência desses empregos para os armazéns.
Enquanto os armazéns estão vendo um aumento no emprego, os
empregos nas fábricas continuam a apresentar um declínio devido à automação.
Embora grande parte da produção no mundo desenvolvido tenha sido terceirizada
em vez de automatizada, até mesmo os países para onde esses empregos foram,
como Bangladesh, estão agora vendo a automação de setores anteriormente não
automatizáveis como o têxtil.
O impacto mais visível da ascensão de uma automação cada vez
mais capaz é que o emprego na fábrica e os negócios qualificados caíram mesmo
quando a produtividade total nos EUA (e quase todos os outros países desenvolvidos)
aumentou.
Essa crescente população de robôs industriais nem conta o
que pode ser o maior acelerador de automação de todos: veículos autônomos.
Hoje, os números de veículos verdadeiramente autônomos na estrada estão na casa
das centenas, e todos eles ainda estão em fase de testes.
A autonomia como uma tecnologia ampla - dando aos robôs a
capacidade de navegar sozinhos, com segurança, na presença de seres humanos -
será ainda maior, e poderia ter um efeito multiplicador no número de robôs
envolvidos em tarefas mundanas, como entregar mantimentos, ou como ajudar a
crescente população de seres humanos envelhecidos, tornando-os mais móveis.
Crítica para as novas habilidades de toda essa automação, é
a inteligência artificial. A IA não é tão perigosa quanto os arbitrários gostam
de questionar, nem é tão inteligente. A IA atual não pensa como as pessoas
fazem; apenas coleta dados e localiza padrões neles.
Não podemos considerar os futuros impulsionadores da quarta
revolução industrial sem falar sobre a pesquisa fundamental que alimenta essas
transformações, bem como a corrida para mantê-la no topo. É notável que 2018
seja projetado para ser o primeiro ano em que a China ultrapassará os EUA em gastos
totais com Pesquisa e Desenvolvimento.
A China prometeu tornar-se uma potência na inteligência
artificial dentro de 15 anos e lançar uma "revolução do robô" para se
manter competitiva na manufatura, mesmo com o aumento dos salários. Também está
aproveitando o Big Data para criar uma forma de capitalismo de vigilância - na
qual o valor econômico é criado e controlado por meio da coleta de dados sobre
todos os aspectos das atividades diárias das pessoas - coisas que o mundo nunca
viu.
A quarta revolução industrial está ganhando força, mas, a
menos que os EUA continuem a atrair os melhores talentos do exterior, ao mesmo
tempo em que educam uma força de trabalho doméstica adequada aos empregos que
estão por vir, desta vez, pode não ser uma revolução americana.
Este artigo publicado pelo Wall Street Journal mostra as
principais áreas onde se utiliza essa nova tecnologia. O leitor pode ter a
impressão de falta de conteúdo pois não parece identificar muita coisa
diferente da que já conhece. Como citado no início desse artigo, essa nova
etapa não é visível, mas perceptível. O que sim é visível são as mudanças no
mercado de trabalho com inúmeras profissões sendo extintas, e por outro lado,
nova criadas. Porém, esse saldo parece negativo.
No post promessas-do-trump, fiz os seguintes
comentários sobre o Ibovespa: ...” A configuração técnica do Ibovespa não é tão clara,
precisou de algumas considerações. Nada que viole as leis de Elliot Wave, porém
fica sujeita a futura mudanças. Como mostro a seguir, o índice deveria ter
forte resistência ao redor de 95 mil” ...
Quem acompanha os comentários do Mosca com frequência, notou que o Ibovespa está me incomodando há
tempos. Não que tenha alguma coisa contra a bolsa, mas o movimento traçado por
esse índice brasileira não é de livro texto. Diversas vezes fiquei desconfiado,
o que acarretou eu perder parte da alta inicial, após atingir a mínima de 39
mil.
Bem, lamentações a parte, o Ibovespa não atingiu o nível de
95.000, aonde eu gostaria de liquidar a posição existente. Na máxima chegou
perto dos 90 mil e desde então, vem recuando diariamente, retornando a região
do triangulo formado, conforme aponto no gráfico a seguir.
É normal em rompimentos de triângulo, que o mercado retorne
até o início desse movimento. Até aí nada a se preocupar, acontece que em
algumas circunstâncias volta a subir novamente e em outras continua caindo.
Do ponto de vista técnico, posso advogar nos dois sentidos:
na alta, existe uma confluência de três pontos no nível de 95.000 (verde), isso
dá esperança que ainda pode completar esse movimento. Por outro, se continuar a
cair, não posso dizer que houve uma falha (90 mil), pois atingiu um outro
parâmetro técnico totalmente aceitável (vermelho).
- David, então você
quer que nós decidimos? Acho que ganha bem para querer jogar seu dilema aos
leitores!
Calma companheiro, eu não disse isso! Só quis compartilhar
minhas hipóteses. Não preciso deixar os leitores angustiados, pois, o stoploss
decidi caso o cenário vermelho prevaleça.
Poderia também, liquidar a posição agora e observar. Não vou
fazer isso por dois motivos: o primeiro que não tenho preferência por nenhuma
das duas opções, para dizer a verdade, acho a verde um pouco mais provável
55%/45% (torcida? Pode ser); segundo que o risco retorno é convidativo,
possibilidade de ganho de 12,1%, ao preço atual de 84,7 mil; e de perda,
segundo o mesmo critério, de 3,2%.
Essa é uma daquelas situações onde se monta uma posição, e o
mercado não performa da maneira que se imaginava, mas também não viola nenhum
princípio básico. Minha recomendação é que continue com a ideia original até
que o mercado o leve para o seu lucro, ou ao seu stoploss.
O SP500 fechou a 2.722, com queda de 0,15%; o USDBRL a R$
3,8031, com alta de 0,95%; o EURUSD a € 1,1289, com alta de 0,61%; o ouro a
U$ 1.201, sem variação.
Fique ligado!
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