Dedo no gatilho



O Presidente eleito Jair Bolsonaro colheu duas derrotas está semana, a primeira com a aprovação pelo Senado do reajuste do Judiciário e Ministério Público, que tem um impacto calculado de U$ 4,0 bilhões/ano, segundo a aprovação de incentivos fiscais para o setor automotivo por 15 anos. Isso são resquícios da velha política que estão amplamente enraizadas. O novo presidente terá dificuldades em mudar essa atitude.

Na avaliação do Mosca um grande teste deve acontecer antes de sua posse, a mudança da Previdência. Esse assunto tem sido ventilado diariamente por toda parte, e é desejo que seja feito uma alteração ainda no mandato do Temer. Ao projeto já existente, espera-se mudanças para uma possível aprovação, inclusive, já ganhou diversas nomenclaturas “light”, “enxuto” e etc ...

Acredito que, caso nada seja aprovado, o novo governo começará com um desafio. Bolsonaro acreditava que não teria grande esforço nas aprovações, em função da sua alta popularidade, o que permitiria costurar as alianças necessárias. Será que vai ter que usar a velha tônica do toma lá dá cá? Esperamos que não.

O Fed anunciou o resultado da sua reunião de Política Monetária, e como já era amplamente esperado, manteve a taxa de juros. A autoridade monetária repetidamente enfatizou a força da economia em um comunicado divulgado após sua reunião. Não ofereceu nada para dissipar as expectativas do mercado de que entregaria sua quarta alta do ano em dezembro.

Dados divulgados desde que o Fed se reuniu pela última vez em setembro, indicam "que o mercado de trabalho continua se fortalecendo e que a atividade econômica vem subindo num ritmo forte", disse o Fed.

A economia expandiu a uma taxa anual de 3,5% no terceiro trimestre, após um ritmo de 4,2% no segundo trimestre. Isso é aproximadamente o dobro da taxa de crescimento que as autoridades do Fed acreditam que pode ser mantida a longo prazo, a menos que a oferta de trabalhadores, ou sua produtividade, cresça mais rapidamente.

Enquanto isso, a taxa de desemprego manteve-se em 3,7% em outubro, quase meio século de baixa, e os salários médios por hora subiram 3,1% em relação ao ano anterior, o maior aumento ano a ano desde 2009.

A força geral da economia e do mercado de trabalho - impulsionada nos últimos trimestres por sólidos gastos do consumidor - é mais que suficiente para compensar qualquer preocupação com os pontos fracos da economia.

O setor imobiliário, por exemplo, arrefeceu neste ano, com os aumentos das taxas de juros levando as taxas hipotecárias a uma alta de sete anos. Isso exacerbou os desafios de acessibilidade decorrentes inicialmente de baixos estoques de casas à venda, que rapidamente elevaram os preços nos últimos anos.

A recente queda do mercado de ações parece improvável para mudar os planos do Fed. O recuo do mercado não recebeu menção na declaração do Fed, ao contrário das quedas anteriores em 2015 e 2016.

A inflação no próximo ano será fundamental para determinar como o caminho político do Fed evoluirá. A mesma tem estado perto da meta de 2% durante a maior parte deste ano, depois de permanecer muito baixa por muitos anos. O Fed vê a inflação em torno de 2% como um sinal de oferta e demanda equilibradas.

"Se observamos as coisas ficando cada vez mais fortes e a inflação subindo, podemos nos mover um pouco mais rápido", disse Powell no mês passado. "E se notamos a economia enfraquecendo ou a inflação caindo, podemos nos mover um pouco mais devagar."

Uma questão-chave é o grau em que salários mais altos podem levar as empresas a elevar os preços.

A reunião do Fed desta semana foi a primeira desde que o presidente Trump recentemente escalou suas críticas ao banco central. Autoridades do Fed disseram que tomarão decisões de política monetária sem qualquer consideração política.

"Mantivemos bastante foco nos fatos sobre a economia", disse Randal Quarles, vice-presidente do banco central para supervisão bancária, em resposta a uma pergunta sobre as críticas de Trump no mês passado. “O trabalho do Fed é permanecer focado nos fatos da economia e ser independente da administração. ”

Em resumo, o Fed está com o dedo no gatilho para elevar os juros mais uma vez esse ano, na sua reunião de dezembro. Resta saber se a economia e os outros indicadores performarão de forma a concretizar as projeções da autoridade monetária no próximo ano. Nas projeções, o Fed espera elevar os juros mais quatro vezes, levando a taxa para 3,5% a.a. Sobre as ameaças do Trump a política do Fed, não parece ter intimidado os técnicos da instituição.
Uma comparação entre o PMI e os juros de 10 anos indicam uma divergência entre ambos. É verdade que o PMI tem influência dos últimos acontecimentos, uma vez que, é uma pesquisa qualitativa é pode ter sido impactada pela guerra comercial travada entre China e EUA. Se não for isso, será que as taxas de juros estão próximas de queda?


No post crescendo-pela-barriga, fiz os seguintes comentários sobre os juros de 10 anos. Relembro os leitores que decidi liquidar a posição quando o nível estava em 3,13%. Meus argumentos para tal ação foram: ...“ Primeiro, e mais importante, é que eu vinha enfatizando que estaríamos perto do final de um movimento de alta que deveria acontecer entre a 3, 23% a 3,32%. No gráfico a seguir se pode ter a noção desses limites” ...

...” segundo, no próximo gráfico com uma visão de mais curto prazo, se pode notar um movimento nítido em 5 ondas, que sustentaria as conclusões colocadas acima, na teoria de Elliot Wave.  E por último, se não tivéssemos feito nada, teríamos sido stopados hoje. Desta forma, mesmo que ainda existe uma chance de os juros subirem – e ainda existem, não nos aproveitaríamos dessa alta” ...

Como podem notar a seguir, os juros chegaram próximo do nível de 3%, porém não tão perto assim. Em seguida, voltaram a subir, abrindo novamente a possibilidade de atingir o objetivo inicial de 3,32%. Coloco minha mão no fogo que chegam lá? Não, veja por que.


Primeiro, note a marcação que fiz em vermelho neste gráfico semanal, do ponto de vista técnico, era muito importante que essa “barrinha” estivesse acima do fechamento da semana passada, e acabou não ficando, esse é um ponto negativo; segundo que meu objetivo inicial de alta se encontra muito próximo, assim pouco resultado é esperado.

Realmente, não me arrependo de ter liquidado essa posição, mesmo deixando algum lucro na “mesa”. Como dizia meu ex-sócio, Ibrahim Eris, “nunca se deve ficar no mercado querendo levar até as lâmpadas, deixe-as para o próximo que quer entrar! ”



O SP500 fechou a 2.781, com queda de 0,92%; o USDBRL a R$ 3,7339, com queda de 0,70%; o EURUSD a 1,1334, com queda de 0,25%; e o ouro a U$ 1.209, com queda de 1,11%.

Fique ligado!

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