Escolas sem dependência #bovespa
Somente
um ex-presidente sem formação como o Lula, ou mesmo o atual que tem medo de
estar se formando um bando de comunistas, para acreditar que não é importante
estudar. Num mundo onde o trabalho com pouca qualificação está tendendo a se
exaurir e as oportunidades se encontram no setor de serviços, como se pode
crescer de forma sustentável sem uma cadeia de ensino bem estruturada?
Eu
me formei na USP pela Escola Politécnica. Sinto muito orgulho, mas depois do
término nunca recebi nenhum contato da universidade, nenhum! Por outro lado,
fiz um curso curto de formação de executivos em Stanford por 2 meses — não
passa uma semana sem que eu receba algum material.
A
grande diferença entre ambas é a forma como são sustentadas. As escolas
nacionais dependem de recursos do estado, enquanto as internacionais são
privadas. Poderia ficar comparando as inúmeras diferenças entre ambas, o que
não é o intuito deste post, mas resumiria que nosso sistema de ensino se
encontra num ciclo vicioso, e o americano, em especial, num ciclo virtuoso.
Nos
EUA a área financeira das universidades é organizada através das mensalidades
recebidas dos alunos bem como de contribuições feitas pelas empresas ou mesmo por
ex-alunos. Essas contribuições são feitas não para cobrir despesas do dia a
dia, mas alocadas num fundo de longo prazo denominados de Endowments (dotações),
cujo objetivo é investir recursos a fim de perpetuar a escola.
Esses
recursos são investidos nos mercados financeiros como um fundo de longo prazo a
fim de maximizar seu retorno, e nada melhor que professores e alunos de alto
gabarito para decidir por bons projetos, como mostra Juliet Chung e outro em um
artigo no Wall Street Journal.
As
grandes dotações universitárias registraram seus maiores ganhos de investimento
em décadas, graças a carteiras impulsionadas por enormes retornos do capital de
risco e dos mercados de ações em alta.
A
dotação da Universidade de Minnesota ganhou 49,2%
no ano que terminou em 30 de junho, enquanto a dotação da Universidade Brown
registrou um retorno de mais de 50%, disseram pessoas familiarizadas com seus
retornos, que ainda não são públicos.
Enquanto
isso, a Universidade Duke no fim de semana disse que sua dotação
ganhou 55,9%. A Universidade de Washington, em St. Louis, reportou na semana
passada um retorno de 65%, o maior ganho da escola de todos os tempos,
aumentando o tamanho de seu pool de doações gerenciados para US$ 15,3 bilhões.
A dotação da Universidade da Virgínia reportou um ganho de 49%. O retorno das
universidades pode incluir parcelas de dotações, além de outros investimentos
de longo prazo.
A
sequência de retornos recordes provavelmente
continuará quando outras dotações
com exposição significativa a risco reportarem seu
desempenho.
Fundos
de capital de risco investem em empresas startup, muitas vezes em estágios
iniciais, quando as empresas precisam de financiamento para crescer seus negócios.
Há
alguns anos, os investidores de capital de risco ficaram eufóricos quando as
empresas entraram no mercado com avaliações multibilionárias. Hoje, os maiores
sucessos são, muitas vezes, empresas que valem dezenas de bilhões de dólares,
proporcionando lucros impressionantes para os primeiros investidores.
"Houve
esse ambiente único onde ocorreu o fenômeno de mais dinheiro entrando, mais
rodadas de financiamento e uma tonelada de IPOs. Tudo deu certo", disse
Nolan Bean, da consultoria de investimentos Fund Evaluation Group, com sede em
Cincinnati, que assessora clientes, incluindo dotações, em suas carteiras.
Mas
não
está claro se as universidades serão
capazes de garantir esses ganhos. Algumas partes das taxas internas de retorno
dos fundos de risco muitas vezes decorrem de ganhos não
realizados, e um número crescente de capitalistas de risco e seus clientes
temem que o mercado esteja superaquecido. As avaliações de startups
aumentaram ultimamente muito mais rápido do que suas receitas ou lucros. Dotações
poderiam devolver alguns desses retornos, se as avaliações desmoronarem.
Os
mercados acionários em ascensão
em todo o mundo sustentaram esses ganhos únicos em sua geração. O Índice
Mundial de Todos os Países da MSCI e o S&P 500 tiveram
retornos totais de quase 40% e 41% no período, segundo a FactSet. Esses ganhos se
refletem no retorno médio de 36% ao longo desse período para dotações que
gerenciam mais de US$ 1 bilhão, de acordo com dados preliminares da Cambridge Associates.
Escolas com alocações significativas para capital de risco foram ainda mais impulsionadas por fundos em quase todas as etapas de seu ciclo de vida, vendo grandes retornos de ganhos, tanto realizados como não realizados.
As startups da moda tiveram uma alta particularmente rápida em suas avaliações. A empresa de cartão de crédito corporativo Ramp, lançada no início do ano passado, levantou duas rodadas de financiamento já este ano, com a avaliação da empresa subindo para quase US$ 4 bilhões, uma evolução extraordinária para uma startup de dois anos.
A
avaliação média de uma startup norte-americana
em estágio inicial subiu para US$ 96 milhões no
primeiro semestre de 2021, um aumento de mais de 50% em relação aos US$ 61,7 milhões
no final de 2020, de acordo com a PitchBook.
Os
beneficiários incluem as principais empresas de risco, como a Sequoia Capital,
que investiu menos de US$ 500 milhões entre a DoorDash Inc. e a Airbnb Inc. Hoje, só
esses dois investimentos valem mais de US$ 23 bilhões. Muitos desses ganhos
estão divididos entre dois dos principais fundos de risco da Sequoia nos EUA, sendo
que cada um deles captou menos de US$ 600 milhões de investidores.
Embora a Sequoia não revele seus investidores específicos, um documento registrado em 2014 revelava que a lista de investidores em seu principal fundo estava cheia de dotações universitárias. Essas escolas incluíam a Universidade de Notre Dame, a Universidade de Harvard, a Universidade Vanderbilt, o sistema da Universidade da Califórnia, a Universidade de Princeton, a Bowdoin College e a Brown.
Algumas
escolas têm muito mais.
A
Universidade de Yale, que
fez seu primeiro investimento de risco em 1976, tinha
recentemente mais de um quarto de sua dotação em capital de risco, contra 16,2% em
2016. A Yale, em agosto, nomeou o diretor de risco da dotação, Matthew
Mendelsohn, como
seu novo diretor de investimentos.
Longe
de se gabarem, os chefes de investimento estão sendo discretos quanto
a seu desempenho.
"Este
último
ano representa um ponto no tempo único e altamente incomum ", escreveu
Robert Durden, chefe de investimentos da University of Virginia Investment
Management Company, no relatório anual da dotação em setembro, "e o
desempenho de investimento da UVIMCO nas últimas décadas é realmente o que
importa".
Durden
continuou a escrever: "Não sabemos o que vem pela frente."
Os
chefes de dotação dizem que querem evitar focar em ganhos de curto prazo quando
investem a longo prazo. Dotações — que financiam ajuda financeira, salários de
professores e projetos de capital — muitas vezes visam cobrir a taxa de gastos
anuais de uma escola, a inflação, além de um pouco mais para apoiar as gerações
atuais e futuras de estudantes.
Grandes
retornos também poderiam evidenciar a crescente distância
entre ricos e pobres durante a pandemia. Os mercados de ações em expansão
beneficiaram indivíduos e instituições ricos ao mesmo tempo em que grupos de
baixa renda têm tido dificuldades, resultando em uma recuperação desigual.
Os
números
também poderiam reacender o debate em torno de
um tema delicado: se — e como — muitas universidades ricas deveriam ser
tributadas. Algumas universidades têm sido criticadas por não gastarem mais do
seu dinheiro para reduzir as mensalidades e apoiar estudantes de baixa renda.
Um imposto de 1,4% sobre a renda das dotações universitárias foi promulgado na
Lei de Cortes de Impostos e Empregos de 2017, assinada pelo presidente Donald Trump,
afetando
escolas privadas com pelo menos 500 alunos e pelo menos US$ 500.000 de
investimentos por aluno.
Então,
você acha que dá para competir? O problema é que nossas faculdades nem chegam
aos pés das deles. Da maneira como estamos caminhando, o Brasil será um país da
Agricultura pela natural vantagem do território, mas isso não basta para
sustentar nossa vasta população. Ficaremos com os trabalhos de terceira categoria,
cujo valor agregado é mínimo, e o governo tendo que sustentar parcela cada vez
maior da população através de impostos ou do aumento no déficit público. Sou
muito pessimista nesta área! Depender de meia dúzia de empresários, que são
exceção, não é a maneira de proteger toda a população; é preciso um grande
contingente de pessoas qualificadas para competir nos mercados de trabalho do
século XXI.
No post comprar-barato, fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ... “ o Ibovespa atingiu 107.520, ou seja, a correção não tinha terminado. No caso específico da bolsa brasileira, é muito mais incerto qual é a “mínima” — assunto do dia. No gráfico a seguir, destaquei no retângulo os possíveis níveis. Alguém poderia pensar em 82.000 hoje?” ... ...” O que posso dizer é que entre ontem e hoje, e numa janela de curto prazo, surgiu uma esperança — esperança não é sugestão de compra” ...
As
vezes fica difícil não se contagiar com o que vemos no país. Posts como o de
hoje geram o sentimento de raiva que normalmente ocorre quando ainda se tem
esperança, pois caso contrário se sentiria indiferença. No caso de um país,
talvez a raiva esteja provida de um certo grau de torcida, afinal moramos aqui,
poderia talvez ser inveja?
Mas
em análise técnica isso não existe, o que importa é o que o mercado está nos
dizendo. Por sinal, ao final do post estão alguns pensamentos sobre esse tema e
como eu vejo a vida de um analista técnico.
Pode ser que a queda tenha terminado, PODE SER! Eu estou acompanhado 2 possibilidades para essa correção, e em uma delas, existem alguns sinais positivos.
O nível de 114.000 é fundamental para a continuidade da alta. Ainda não parece maduro para ocorrer, pode tardar dias. Vou acompanhar mais de perto e caso surja uma oportunidade vamos arriscar, não será um trade com muita confiança de início, mas acredito que possa valer o risco.
Pensamentos
do Mosca sobre análise técnica
A teoria de Elliot Wave tem uma premissa
muito importante, a de que você vai agir conforme o mercado aponta. Se a
leitura dos gráficos indica alta você adere, se indica baixa você adere.
Diferente da análise fundamentalista onde
você se guia sobre suas ideias, em EW, e em análise técnica, de uma maneira
geral, o que você acredita não tem valor agregado para sua decisão.
A principal razão dessa possível
disparidade é que nem sempre você acerta sobre a direção do mercado.
Mas tudo isso parece mais fácil do que
aparenta, pois aí entra a fraqueza do ser humano. De uma maneira geral somos
levados a ter opiniões durante a vida, e ser um tomador de risco é fundamental
para os investidores. Como agora vamos abrir mão? E o nosso ego de poder falar
para o vizinho que ganhou muito na compra da ação X?
Eu tenho estudado bastante a teoria
comportamental além de ter feito psicanálise por décadas, tudo isso me ajudou a
enxergar essas características. E mesmo assim ainda comento erros, é um
processo de aprendizagem.
Meu sucesso profissional se deveu a um tripé:
estudo, repetição e sorte. Sobre esse último tenho claro que diversas vezes
ganhei mais por sorte do que pelos outros fatores – pesou mais.
Mesmo assim errei muito, e posso dizer que
os maiores erros foram por teimosia, tinha que estar certo! Acho que hoje em
dia bem menos.
O
SP500 fechou a 4.359, com alta de 0,16%; o USDBRL a R$ ,4240, com queda de
0,10%; o EURUSD a € 1,1594, com queda de 0,75%; e o
ouro a U$ 1.725, com queda de 0,50%.
Fique
ligado!
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