Postagens

O jogo Perigoso da Turma da Barão #OURO #GOLD

Imagem
  Na minha adolescência, eu e meus amigos éramos pacatos, mas não escapávamos de confrontos com grupos mais agressivos, como a Turma da Barão, da Barão de Limeira. Eles invadiam bailinhos, provocavam brigas e terminavam isolados, temidos, mas rejeitados por sua beligerância. Essa memória espelha o cenário global de 2025: Donald Trump, com suas tarifas draconianas, transforma os Estados Unidos numa Turma da Barão geopolítica, afastando aliados e criando um vácuo que a China explora com astúcia. Seu plano de forjar uma coalizão anti-China é um blefe arriscado, limitado por mercados voláteis e incentivos frágeis. Estaria Pequim pronta para liderar uma nova ordem mundial? O colapso financeiro de abril de 2025 revelou a fragilidade da estratégia de Trump. Ao anunciar tarifas amplas, o S&P 500 despencou abaixo de 5.000, junto com o dólar e os Treasuries, abalando portfólios globais. Em 9 de abril, ao pausar as tarifas por 90 dias, o índice disparou quase 10%, atingindo 5.400. Essa ...

Quanto você pode perder? #IBOVESPA

Imagem
  As tarifas anunciadas pelos Estados Unidos em 2 de abril de 2025 intensificaram a incerteza no comércio global, impactando os mercados financeiros. O editorial da Bloomberg destaca como a alavancagem excessiva, especialmente no mercado de títulos do Tesouro americano, pode amplificar a volatilidade. Fundos de hedge, pressionados por chamadas de margem, podem desencadear vendas forçadas de ativos, enquanto bancos e o governo americano enfrentam limitações para absorver choques sem intervenções onerosas. O Índice de Incerteza de Política Comercial da Bloomberg Economics ilustra como a instabilidade comercial atingiu níveis críticos desde o anúncio das tarifas. Quanto Seu Portfólio Pode Suportar? A pergunta central deste texto é essencial: qual é o limite de perda que você pode tolerar? Nir Kaissar, em artigo na Bloomberg, alerta que investidores frequentemente subestimam as quedas potenciais. Um portfólio com 70% em ações e 30% em títulos pode recuar entre 28% e 35% em uma ...

Como definir risco? #S&P500

Imagem
  O cenário financeiro global é um palco onde a incerteza executa uma coreografia inquietante. Perguntas como as alíquotas futuras de importação, o impacto nos preços e a resposta do Federal Reserve pairam, ampliando a gama de resultados possíveis — muitos deles incertos.” No Mosca a missão é destacar o novo, decifrando dinâmicas frescas com sofisticação e audácia. Este texto, baseado nos documentos fornecidos, conecta o conceito de risco às convulsões atuais dos mercados, enfatizando perspectivas originais, incluindo minha percepção sobre o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, e uma reflexão sobre o pessimismo extremo.   Risco: A Incerteza como Protagonista Risco não é apenas perda, mas a ausência de certeza, uma gama de desfechos com probabilidades incertas. Como Joe Wiggins explora em Behavioural Investment, pular com um paraquedas caseiro é arriscado pela possibilidade de sobreviver ou morrer; sem ele, a certeza da morte elimina o risco. Investidores devem focar nes...

Nunca foi tão útil o Excel #USDBRL

Imagem
  No Banco Francês, chamávamos os estagiários de “Amarra Cachorros”, uma tradução literal do *attacher le chien* – o sujeito que prendia os cães dos clientes na porta dos magazines. Hoje, esses heróis anônimos do Excel devem estar suando frio, recalculando o impacto das tarifas americanas, que, como um vento inclemente, bagunçam os números sem prometer alívio. O Wall Street Journal aponta cinco sinais de que o mercado está à beira de um colapso nervoso: rendimentos de títulos do Tesouro em disparada, seguros contra calotes de junk bonds em alta, capitulação no mercado de dívida, fuga de ETFs de empréstimos e um mercado de futuros mais seco que o Saara. Os rendimentos dos Treasuries de 30 anos, que Wall Street gosta de chamar de “taxa livre de risco”, pularam de 4,5% para 5% em uma semana. É como se o refúgio seguro virasse uma montanha-russa. O “seguro” virou “aventura” Enquanto isso, o mercado de junk bonds está em pânico. As opções de venda no ETF iShares iBoxx $ High Yield...

Sinais de Perigo #nasdaq100 #NVDA

Imagem
  A estratégia de Donald Trump, em sua segunda passagem pela Casa Branca, é clara: tarifas como arma para reconfigurar o comércio global, com a China no centro do alvo. Em 10 de abril de 2025, a Casa Branca anunciou que as tarifas sobre produtos chineses atingiram 145%, enquanto Pequim respondeu com um aumento para 125% sobre bens americanos, conforme relatado pelo Wall Street Journal. Esse cabo de guerra não é apenas uma troca de golpes econômicos; é uma ameaça existencial ao equilíbrio do comércio global. Como apontei no Mosca, “a estratégia da China é clara: qualquer elevação de tarifa pelos EUA faz com que eles elevem na mesma proporção as tarifas chinesas”. O resultado? Um impasse onde ninguém cede, e todos sofrem. Os mercados, sempre atentos, já captaram o cheiro de perigo. O dólar, outrora um refúgio inabalável, está reagindo em queda. O ouro, por outro lado, disparou para acima de US$ 3.200 a onça, sinalizando uma fuga para ativos tradicionalmente seguros. Como observou J...

Game of Trades: Um pregão por Dia #EURUSD

Imagem
Com décadas nos mercados financeiros, já vi de tudo — ou pelo menos achava que sim. A frase “vivendo e aprendendo” nunca fez tanto sentido. O que estamos presenciando é inédito: um governante, por meio de decretos, ameaça desmontar a globalização não de forma gradual, mas praticamente overnight. É como se o mundo, acostumado a uma sinfonia econômica afinada, fosse forçado a ouvir um solo caótico de bateria. E o maestro? Um duelo entre os dois maiores atores do PIB global, cujas personalidades tornam o desfecho tão imprevisível quanto um pregão em pânico. Donald Trump e Xi Jinping, os protagonistas, não poderiam ser mais opostos. Trump, um narcisista carismático, opera como um “general de palco”, movido por emoção, ego e a necessidade de dominar a narrativa imediata. Sua lógica é reativa: tarifas de 100% ou mais, anunciadas com estardalhaço, visam vitórias rápidas para aplausos instantâneos. Xi, por outro lado, é um “engenheiro de império”, estratégico e consciencioso, cuja paciência ...

O Repique de Poker nas Tarifas #IBOVESPA

Imagem
  O tabuleiro global da economia virou um saloon de apostas altas, e os jogadores principais — Donald Trump e a China — estão repicando as fichas como em um jogo de poker selvagem. Ontem, comentei que Pequim não daria o braço a torcer, e hoje, 9 de abril de 2025, a profecia se cumpriu com estilo: a China elevou as tarifas sobre produtos americanos para 84%, uma resposta cortante ao aumento de Trump, que ontem cravou os produtos chineses em 104%. É um duelo de titãs onde cada um dobra a aposta, desafiando o outro a piscar primeiro. Mas, enquanto os governantes exibem suas cartas com audácia, o mercado global assiste, atônito, a um espetáculo que pode terminar com a mesa virada — e o saldo comercial entre essas potências reduzido a cinzas. Esse embate não é apenas uma troca de bravatas tarifárias; é uma guerra de narrativas e poder que reverbera em bolsas, títulos e na confiança dos investidores. Trump, fiel à sua promessa de campanha, parece disposto a escalar ainda mais, mas será...