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O mercado enquadrou a Nvidia #nasdaq100 #NVDA #IBOVESPA

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  Chegou a hora de encarar algo que o mercado fingia não ver: o ponto de inflexão da Nvidia. Quando escrevi no Mosca que a empresa caminhava para uma situação de “quase monopólio”, muitos leitores acharam exagero. Mas o que parecia uma fortaleza impenetrável está, finalmente, sendo testado. E, como sempre acontece nas grandes histórias de mercado, a pressão não veio por um único flanco — ela veio de todos os lados ao mesmo tempo. O ponto de partida é claro: a Google resolveu entrar na briga, oferecendo ao mundo empresarial seus chips TPU para aplicações de IA, e o impacto foi imediato. Segundo Ed Yardeni, o lançamento do Gemini-3 gerou uma rotação entre Alphabet e Nvidia e colocou fogo na discussão sobre liderança tecnológica. Mas aqui entra uma provocação que aprendi nos anos 80: ninguém é bom em tudo. Ser dominante em buscas não garante ser dominante em silício. E, apesar de toda a propaganda, ainda não sabemos se os TPUs da Google terão a mesma eficiência, robustez e capacid...

Ganhei! Uhuuul #OURO #GOLD #EURUSD

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  O ano está acabando e daqui a pouco todos nós vamos nos defrontar com a performance dos nossos investimentos, bem como as perspectivas para o próximo ano. Não gosto nada, nada das datas pré-estabelecidas, essa mania de tirar conclusões olhando somente a foto final sem analisar o filme de como se chegou até lá. Se posso apontar como o grande erro do Mosca este ano, foi não aproveitar a alta da bolsa brasileira. Pelos comentários da minha rede social, não fui o único — o que não conforta em absolutamente nada. Como prever que, no início do ano, com um governo gastador do jeito que é e uma taxa de juros nas alturas, a bolsa iria subir tanto? Olhando os gráficos! Observando as sugestões do ano, pegamos um “troco” de aproximadamente 3%, tudo isso usando meu sistema de análise completo. Quando mudei, fiquei meio imobilizado, mas um leitor me chamou atenção e usei a regra que aprendi com um professor na faculdade: o ótimo é inimigo do bom. Entrei ontem. Let’s see. Mas não foi só a bra...

A nova profissão: IAdista #IBOVESPA

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Na próxima semana o Fed se reúne para decidir se abaixa ou não os juros. O mercado aposta que sim, mas dentro do banco central americano reina uma divisão raramente vista. Desde 2012 não havia tanta divergência entre seus membros sobre onde está — ou deveria estar — a taxa neutra da economia. Quando até quem dita a bússola perde a noção do norte, algo profundo está acontecendo. Para o Mosca, o motivo é claro: estamos vivendo uma mudança estrutural tão rápida que ficou difícil interpretar os próprios dados. Os indicadores parecem piscar luzes diferentes ao mesmo tempo — produtividade em um sentido, mercado de trabalho em outro, expectativas de inflação em um terceiro — como se cada componente da economia estivesse operando em frequência própria. As antigas relações que sustentavam modelos, projeções e decisões de política monetária começam a perder validade. A inteligência artificial adiciona outra camada de incerteza. A cada semana surgem previsões conflitantes: alguns acreditam ...

Pênalti sem goleiro #S&P 500

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Sempre que o mercado caminha em uma única direção com convicção exagerada, eu lembro do que dizia meu ex-sócio Gil Faiwichow: em certas fases, investir é como bater um pênalti sem goleiro — só perde quem escorrega. É exatamente assim que vejo o bitcoin hoje: não há goleiro, não há defesa, não há racionalidade disposta a segurar a bola. A estrutura inteira ficou sem estradas de retorno. E o caso mais emblemático dessa situação é Michael Saylor. Depois de cinco anos repetindo o evangelho do “nunca venderemos bitcoin”, agora admite que venderá — não por vontade, mas por necessidade. A própria Strategy Inc., sua empresa, abriu mão do dogma ao reconhecer em relatório e entrevistas que pode ter de liquidar parte das posições se o valor da ação cair abaixo do valor dos próprios bitcoins que detém, algo já perto de acontecer segundo o Wall Street Journal e a Bloomberg. A queda superior a 30% desde outubro e o derretimento simultâneo de altcoins expuseram um ponto central: a Strategy não ...

IA: na segunda fase #USDBRL

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Passei boa parte da minha vida profissional seguindo um padrão que só consegui enxergar claramente anos depois. Sempre que assumia uma nova função, vinha primeiro aquela fase impulsiva em que eu acreditava entender tudo rapidamente e me sentia confortável para dar palpites, como se a complexidade pudesse ser domada pela intuição. Logo depois, chegava a etapa do desconforto, quando percebia que o assunto era muito maior do que parecia e começava a me perguntar se um dia conseguiria, de fato, compreendê-lo. Quando finalmente as engrenagens se alinhavam, surgia alguém para dizer que aquilo era “óbvio”, como se o caminho não tivesse existido. Em seguida, vinha a fase criativa, em que ideias de melhoria brotavam naturalmente, e por fim, a fase do desinteresse, quando o aprendizado se estabilizava e eu já buscava um novo desafio. Quando observo o fenômeno da Inteligência Artificial, vejo que estamos exatamente nesse segundo estágio coletivo: o da dúvida. Há convicções por toda parte, proje...

A economia Sem Conserto #nasdaq100 #NVDA

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Quando uma economia acumula problemas estruturais, o tempo se transforma no inimigo público número um. As medidas de curto prazo aliviam, mas nunca resolvem; apenas encobrem o estrago que continua fermentando debaixo da superfície. O Brasil é um caso clássico dessa armadilha: com metade da população sem qualificação, os governos optam sempre pela anestesia — benefícios permanentes, programas assistenciais que deveriam ser provisórios, uma mão estendida que virou muleta. Não há conserto possível quando a própria engrenagem produtiva gira em falso. Mas existe um outro tipo de país, onde o governo não precisa disputar eleição a cada quatro anos e, portanto, não tem urgência democrática. A China, ao contrário do Brasil, não trabalha com horizonte curto. E, mesmo assim, vive hoje um dos maiores impasses econômicos da sua história moderna. O que muda é apenas o ritmo do colapso: lá, ele é silencioso, metódico, administrado. Isso não o torna menor — apenas mais perigoso. Venho dizendo no ...