Hedge é o final de uma especulação malsucedida #Ibovespa #SP500
Eu não considerava dessa forma, pois usava um conceito —aparentemente
errado —de que a falta de liquidez não era um problema, já que não precisaria
daqueles recursos. Mas não é bem assim. Resolvi assumir as orientações desse
estudo. Outra mudança é que não vou usar mais fundos de ações para a parcela
dedicada a essa classe de ativo, somente ETF. Os fundos ficam para estratégias
mais especificas, como Private Equity e Hedge Funds.
Vocês já devem ter se deparado com alguma situação na sua
vida de investidor, onde uma posição não deu muito certo e vocês foram à procura
de um hedge. Recentemente ocorreu comigo, quando decidi sair de um fundo de
ações cujo prazo de resgate era de 90 dias. Naturalmente só me atentei para essa
caraterística no resgate, pois na hora de investir achei que não teria o menor
problema— afinal, não pensava resgatar tão cedo. É sempre assim!
Como estava de certa forma preocupado com o desenrolar desse
mercado, resolvi fazer um hedge da posição com um ativo de alta correlação.
Como imaginava que a bolsa iria cair, o vencimento do meu hedge era superior ao
do resgate do fundo, assim poderia me aproveitar caso a bolsa continuasse a
queda após o resgate.
Nesses 90 dias me senti um burro praticamente todos os dias,
pois se a bolsa subia questionava por que precisava do hedge e se caia deveria
ter feito um hedge maior que a posição que estava cobrindo. Minha experiencia
diz que ficar com uma posição meio a meio é um martírio e comprova a frase que
uso há muto tempo: Hedge é o final de uma especulação malsucedida! Sei que é um
exagero, mas vocês já me conhecem o suficiente e sabem que sou enfático.
Outro fator de importância principalmente para quem gosta de
ter uma carteira de ações é saber quão diversificada ela deve ser. Aaron Brown
traz esse assunto na Bloomberg.
Alguns pesquisadores da empresa de consultoria financeira
NDVR em Boston, Yin Chen e Roni Israelov, chegaram a uma nova ideia sobre uma
pergunta antiga para os investidores: Quantas ações você deveria possuir para
uma carteira devidamente diversificada? A abordagem acadêmica para encontrar
uma resposta remonta a um artigo de 1968 do Journal of Finance por John
Evans e Stephen Archer, que incluiu um gráfico do qual você pode encontrar
versões em quase qualquer livro introdutório de finanças e muitos artigos de
finanças pessoais hoje. Eles concluíram que havia pouco benefício adicional de
diversificação quando você ultrapassava 10 ou 15 ações.
A conclusão de Evans e Archer, ecoada em grande parte do
trabalho subsequente sobre o assunto, tem algumas implicações para os
investidores que Chen e Israelov desafiam:
- Há
poucas razões para os fundos de índice passarem pelo problema de deter 500
ou mais ações; eles poderiam alcançar uma diversificação semelhante com
menos despesas contendo 60 ou 80 ações ou menos
- Os
gestores ativos devem manter apenas suas 20 ou 30 melhores ideias, em vez
de "diversipiorar" em 60 ou 80 ações para reduzir o risco.
- Os
investidores de varejo comuns podem segurar pequenos punhados de ações de
forma eficiente, poucos o suficiente para que possam prestar atenção a
cada uma delas.
Este gráfico mostra a volatilidade da carteira versus o número de ações selecionadas aleatoriamente em uma carteira. Os pontos laranja representam dados reais e a linha azul é ajustada aos dados.
Este não é o primeiro artigo a contestar os números de Evans e Archer. A literatura, tanto acadêmica quanto popular, parece se enquadrar em três grupos: os 10 a 15 apoiadores originais (agora geralmente 20 a 30), os 60 a 80 moderados e pelo menos 200 extremistas do quanto-mais-melhor. Existem muitos produtos de investimento com participações em ações consistentes com cada uma dessas faixas.
Chen e Israelov fazem um exercício semelhante ao de Evans e
Archer, mas apresentam os resultados de forma muito diferente. Em vez de olhar
para a volatilidade ao longo de um ano, eles consideram o retorno total ao
longo de 25 anos. Em vez de mostrar o gráfico de seu artigo, estimei um cálculo
equivalente usando as estatísticas geradas para o artigo de Evans e Archer para
uma comparação de maçãs com maçãs com o primeiro gráfico. Chen e Israelov
usaram uma metodologia um pouco diferente e, é claro, um período de tempo
diferente. Mas o ponto básico é matemático, na medida em que uma pequena
mudança na volatilidade anual pode se agravar em uma grande diferença nos
resultados após 25 anos, mesmo com boa ou má sorte moderada.
Este próximo gráfico mostra a riqueza de uma pessoa após 25
anos por US $ 1 investido versus o número de ações selecionadas aleatoriamente
em um portfólio. A linha laranja representa 25% de má sorte e a linha azul é
10% de má sorte.
Evans e Archer descobriram que as carteiras de 20 ações tiveram uma média de 12,4% de volatilidade ao ano, enquanto as carteiras de 40 ações tiveram uma média de 12,2%. Esses números parecem muito próximos. Mas você não recebe 12,4% ou 12,2% todos os anos em todas as carteiras, em vez disso, você recebe valores aleatórios dessa média para esses números. Na minha extrapolação dos resultados de Evans e Archer, com 25% de azar moderado (o que significa que você acertou três em quatro tacadas), você terminou os 25 anos com US $ 11,84 em uma carteira de 20 ações contra US $ 12,86 em uma carteira de 40 ações e US $ 14,50 em uma carteira de 500 ações. Com 10% de azar (errou uma em dez), você tem US $ 8,50 em 20 ações, US $ 9,74 em 40 ações e US $ 14,29 em 500 ações. São diferenças apreciáveis.
Claro, se você tiver boa sorte, você prefere estar nos
portfólios mais concentrados. Se você está pagando uma taxa por gerenciamento
ativo, presumivelmente você acha que seu gerente pode entregar resultados acima
de 50% em média, então há alguma tentação de pressionar por portfólios menores.
Não há razão para pagar taxas de administração ativas para indexação. Mas você
tem que pesar o custo não apenas de taxas de administração ativas, despesas e
impostos, mas da volatilidade adicional não compensada. Não olhe para a
diferença na volatilidade anual da gestão ativa versus passiva, mas como essa
diferença pode se acumular ao longo do seu horizonte de investimento.
Outra objeção a toda essa área de estudo é que ninguém
escolhe ações aleatoriamente. As pessoas que tentam obter portfólios
diversificados com um número limitado de ações normalmente distribuem suas
escolhas para cobrir todos os setores econômicos (como finanças, tecnologia,
energia, ações de consumo e assim por diante) e talvez o peso por setor, em vez
de igualmente. A seleção aleatória enviesa as carteiras para ações menores, uma
vez que há mais ações de pequena capitalização do que de grande capitalização,
mas a maioria das pessoas que detêm carteiras concentradas escolherá
principalmente ações de capitalização maior.
Essas técnicas podem reduzir a volatilidade das carteiras
com menos ações e fazê-las acompanhar melhor os índices amplos. Mas eles não
mudam o ponto matemático central de que pequenas diferenças na volatilidade
anual podem fazer grandes diferenças na distribuição de resultados de longo
prazo. Uma carteira de 20 ações cuidadosamente selecionada pode ter a
volatilidade de uma carteira aleatória de 50 ações, mas não de uma carteira de
500 ações.
Nada disso diz que todos os investidores em ações precisam
comprar 500 ou 5.000 ações. Ele diz que comprar menos ações adiciona mais risco
em horizontes de investimento longos que tem sido sugerido por artigos
acadêmicos e populares que se concentram na volatilidade anual. Indo além dos
pontos específicos desses artigos, eu acrescentaria que ignorar as
oportunidades de diversificação que podem parecer pequenas com base em seu
efeito sobre a volatilidade anual – como ações internacionais, ativos reais,
títulos e fundos alternativos – pode custar muito a longo prazo se você tiver
má sorte moderada. Sempre que você negligência maximizar a diversificação, seja
para perseguir o gerenciamento ativo, satisfazer a intuição pessoal ou salvar
problemas, você precisa pensar cuidadosamente se está sendo pago o suficiente
pelo risco adicional.
Esse artigo tem um objetivo mais instrutivo que de utilidade
prática, em todo caso, uma prova estatística num prazo suficientemente grande,
que não é interessante diversificar demais, o resultado é praticamente o mesmo e,
portanto, de melhor gerenciamento. Vou mais além, para quem não tem
conhecimento de ações individuais, os fundos de índice são mais adequados —
embora eles tenham parcela grande de ações, os custos de gestão são menores de
que os custos de fundos ativos. Aqui, menos também é mais.
Circulou na internet um gráfico que faz a a comparação entre
o desempenho das ações na grande recessão de 2008 e a queda que ocorreu durante
o ano em curso. Os leitores sabem que tenho muitas ressalvas a esse tipo
de raciocínio. Em todo caso, a correlação parece indicar bastante semelhança,
porém ultimamente houve um descolamento que coloca em dúvida esse raciocínio.
No post o-vampiro fiz os seguintes comentários sobre o Ibovespa: ...” No curto prazo ou podemos ter uma mini correção que levaria incialmente ao redor de 111 mil, ou caso o nível de 106 mil seja rompido caminharia para o objetivo final desse movimento em 103,7 mil. Essa sequência de queda que se iniciou em 120 mil é uma parte da onda © em azul mencionada abaixo” ...
O Ibovespa me dá muita dor de cabeça; como é um ativo seguido por grande parte dos leitores do Mosca, tenho a obrigação de dar um parecer técnico, pois não fosse esse o caso, nem passaria na minha lista de interesse. O movimento desta semana me fez adotar uma outra análise dentro as diversas que acabo avaliando, não que haja muita diferença, porém, para quem segue Elliot Wave vai perceber que entre o gráfico acima e o abaixo existem muito mais que o conhecido jogo de 7 erros!
O leitor poderia se perguntar se dentro das hipóteses existe
uma de alta. Minha resposta é ainda não, já que não houve a formação de 5 ondas
no curto prazo.
No post de ontem procura-se enfatizei que meu cenário de alta para o
SP500 tinha uma probabilidade minimamente superior. Pois bem, hoje fiquei de
olho no mercado assistindo o jogo da Argentina, pois Jay Powell, presidente do
Fed, iria fazer um discurso no Brookings Institute. A reação do mercado me motivou
a uma entrada no SP500 em 3.997 estabelecendo o stop loss a 3.950. O
mercado gostou do que ouviu.
- David, o que ele falou de tão importante?
Nada de diferente do que todos estavam pensando, a de que
haveria uma diminuição no ritmo de alta ressaltando que haveria novas altas a
frente. Telegrafou os 5% que o mercado projeta.
- Nossa, eu vi que a bolsa terminou com 3% de alta sem
nada de diferente do que o mercado espera!
Exato, isso mostra como o mercado está pouco posicionado.
O SP500 fechou a 4.080, com alta de 3,09%; o USDBRL a R$
5,1851, com queda de 1,60%; o EURUSD a € 1,0402, com alta de 0,73%; e o ouro a
U$ 1.768, com alta de 1,06%.
Fique ligado!
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