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Braço de ferro

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Todo menino já brincou de braço de ferro. Para quem é do sexo masculino, lembra que quando algum menino te desafiava, provavelmente ele iria te vencer e vice-versa, nós escolhíamos quem seria o derrotado. Na sua casa o embate era muito difícil, pois ou era com o irmão mais velho ou com o pai. Mas o tempo estava a nosso favor, pois enquanto ficávamos mais fortes nosso pai ia no caminho inverso, até que o dia de glória chegava e a vitória era inevitável. Que legal ver nosso pai pedindo água! Ontem comentei sobre o movimento que a China está realizando em seus ativos internacionais, com a venda de títulos americanos, para gerar as reservas necessárias e manter a cotação do Yuan. Mas não é só na China que este movimento pode estar acontecendo. Durante os últimos anos vários Bancos Centrais se envolveram em programas de injeção de recursos pela intervenção no mercado de câmbio, afim de evitar uma valorização excessiva de suas moedas. Podemos citar a Suíça, Japão e até o Brasil (bons tem

Quando o empate é uma derrota

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Ao ler as manchetes pela manhã ..."A maior queda dos últimos três anos, reforçando o receio de uma retração mais forte, mesmo com uma enxurrada de suporte do governo"..., achei que os dados do PMI, publicados pela China, tinham sido um desastre. Até aquele momento eu não sabia qual era o nível, uma indicação abaixo de 50 significaria contração. No mês passado esse número estava em 50, no zero a zero. Quanto se poderia esperar para tanta preocupação, 40? Qual não foi minha surpresa quando soube que o resultado foi 49,7. Será que esse número é indicação de uma catástrofe? Não quero defender que não se deva ficar preocupado, afinal deveria estar melhorando e não piorando, mas não dá para ficar assustado, pelo menos ainda. Também foi publicado o índice relativo aos serviços que também sofreu queda de 53,9 para 53,4, um quadro mais confortável para esse indicador. Notem que estes dados são os publicados pelo governo, e eu tenho postado que, existe muita desconfiança

Yes Woman

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A Presidenta Dilma é conhecida por ter uma personalidade forte, "tipo" mandona. No primeiro mandato não era infrequente ouvir-se estórias que, em algumas reuniões desqualificava os seus Ministros, de forma até ríspida, e tomava as decisões de acordo com suas ideias. Mas parece que agora mudou, com tantos problemas a que está sujeita, tanto na "Pessoa Jurídica como na Pessoa Física", que resolveu usar outro estilo. O caso mais recente é o recuo no projeto de instituir a CPMF. A ideia não durou 48 horas, e no sábado já se dava conta que teria que recuar. O cargo de Presidente tem uma função primordial de arbitragem, e como dizia o economista José Roberto Mendonça de Barros: "Um bom político tem que saber calcular o Valor Presente de seus atos". Usando essa métrica, a Presidenta tomou como linha de ação não confrontar com os políticos e como consequência irá frustar as mudanças que seus Ministros propõem. Hoje tomamos conhecimento que, pela primeira vez

Bons tempos

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Todos os dias pela manhã, faço uma pesquisa extensa nos artigos e notícias publicadas. Fontes como o Wall Street Journal, Bloomberg, Estadão, Valor, e várias outras, fazem parte do meu dia a dia. É natural que pela rapidez com que as informações fluem, os dados publicados no dia anterior já são notícias velhas. Esta talvez seja a razão que, sem eu perceber, tenho feito cada vez menos menções. É claro que quando um assunto merece uma análise mais profunda, eu publico. Nas minhas reflexões, vieram a memória os anos 80, quando eu trabalhava no BFB. A rotina era bem diferente, do que eu imagino hoje seria. Naquela época, minhas fontes de informações necessárias para tomada de decisão eram simples, lia a Gazeta Mercantil e o Estadão, uma reunião com a equipe e os economistas (eles sempre estiveram presentes em minha vida), e em seguida, ação! Tinha uma outra grande diferença, tudo terminava ao meio dia, o restante da tarde era destinado a ações administrativas. Hoje em dia é muito dif

Foi só um susto?

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Os mercados estão mais estáveis, ou menos voláteis nestes dois últimos dias. As bolsas recuperaram parte das perdas do início da semana, e operam em alta hoje, a chinesa que foi o epicentro desses movimentos subiu 5,34%, com a ajuda do governo, é claro. Será que tudo isso foi só um susto? Uma apresentação feita pela Goldman Sachs acredita que é mais provável que tenha sido mais um susto, e que não existe evidências de que estejamos próximos de uma recessão. Em relação à queda do SP500, observando-se o passado, a probabilidade que este índice suba nos próximos 30 dias é superior a 70%. Analisando a queda, do ponto de vista de um sinal de recessão, somente em 31% dos casos, uma queda da bolsa, foi um indicador de que uma recessão é esperada para os próximos 12 meses. Muitos analistas alertam que o movimento de queda das bolsas e desvalorização cambial das moedas dos países emergentes, poderia ser um pré anuncio de uma crise semelhante a que ocorreu em 1997. O slide a se

TPM cambial

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Ao tomar conhecimento do título de hoje, você poderia ser levado a pensar que o assunto é sobre o desconforto que ocorre, em maior ou menor grau, nos dias que antecedem a menstruação feminina. É característica, a irritabilidade e ansiedade, além de outros sintomas. Nós homens não temos como avaliar esse desconforto, mas sabemos bem dos efeitos "colaterais" desses dias. Melhor é ficar a distância e não discutir com sua mulher, perderá com certeza! Ontem foram publicados os dados das contas externas brasileiras referentes ao mês de julho. Apresentou um déficit de -US$ 6,2 bilhões, e embora tenha ficado abaixo das expectativas dos analistas, "6,0 bi são 6,0 bi!". A trajetória é de moderação, uma vez que, em bases anuais o saldo ficou em -US$ 89,4 bilhões, equivalente a 4,34% do PIB. A redução do déficit foi reflexo observado nas três contas, balança comercial, de serviços e rendas. Enquanto a primeira apresentou um superávit, as outras contribuíram com uma dim

Panico nas nuvens

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É impossível não haja um comentário sobre a China em qualquer meio de comunicação. Existe uma crença nos mercados que, quando o assunto vira capa de revista ou manchete de televisão, é hora de apostar ao contrário, o racional é que já está tudo no preço. William Bonner, ao apresentar o Jornal nacional ontem, ficou com a missão de explicar o motivo da derrocada das bolsas ao redor do mundo. Ele não tem culpa, mas é simplesmente impossível, em alguns minutos explicar os motivos da queda, afinal quais seriam eles mesmo? Muitas explicações foram dadas, algumas fazem sentido, outras não, mas prefiro a de meu ex-sócio para situações como esta, o motivo é o preço! Uma foto interessante publicada a do twitter enviado por uma jovem trader a seu grupo de contatos. O que ela provavelmente estava se referindo é a queda expressiva das bolsas, mas a conclusão mais importante desta ilustração, é que não existe mais diversificação, os mercados sobem de forma não tão sincronizadas mas caem de fo