Apito final 19/12/2012
Como havia antecipado, nesta sexta-feira irei para a praia, e vou refletir sobre as projeções do próximo ano.
Nestes últimos meses ao invés de acertar na mosca, fui picado por ela, faz
parte deste métier. Depois de muitos anos
de vivência, já enfrentei situações semelhantes e algumas bastante
graves. O que eu sei é que, imediatamente ao ocorrido, dois sentimentos opostos
afloram, desesperança e raiva, ambos perigosos. Assim vou ficar quieto por um
tempo até que eu possa analisar as evoluções de uma forma mais analítica e
menos emocional.
Eu entendo os motivos do porque os mercados estão
mais otimistas, a saber: Na Europa há 6 meses era muito provável que, no mínimo, a Grécia iria abandonar a moeda única e hoje esta ocorrência diminuiu bastante, pelo
menos na visão do mercado, O fiscal cliff,
embora não tenha sido resolvido, parece que os partidos deverão entrar num
acordo, evitando assim uma recessão nos USA, e por último o temor que a China
estaria se desacelerando mais forte do que o desejado, tem perdido ímpeto.
Vamos apostar a favor? Antes de responder vou esperar minhas análises.
Lembro que nos anos 80, eu
preparava o orçamento da minha área no Banco Francês e Brasileiro, e para tanto, tinha que projetar as inflações dos próximos 3 anos. Depois de discutir algum tempo, adotávamos a seguinte política, se o ano tinha
terminado com uma inflação de 50% as projeções eram: 40%, 30% e 20% sucessivamente, mas quando este ano terminava, e éramos surpreendidos com uma inflação de 100% ao invés
de 40%, eu me perguntava: Qual o valor deste trabalho? Resposta: Nenhum! Pois
bem, as ilustrações abaixo contêm as projeções do déficit americano feitas há 10 anos, comparadas com as realizadas e
veja se a mesma conclusão que cheguei no passado, também não valem neste caso.
Por último o FED anunciou em sua última
reunião que, enquanto a taxa de desemprego não chegar ao nível de 6,5% nem pensa em subir os juros, o gráfico a seguir calculou quando este número será atingido
em função da criação de novas vagas de empregos. Como pode ser visto, pela média do último ano, seriá no inicio de 2015, até lá pode se contentar com zero!
O SP500 fechou a 1.435, com baixa de 0,76%; o real a R$ 2,0714, com queda de 0,79%; o euro a 1,3240, sem variação% e o ouro a US$ 1.669, sem alteração.
Fique ligado!
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