Negando a realidade
Eu faço terapia há muitos anos e uma das lições que aprendi
nestas inúmeras sessões é que o nosso inconsciente tem inúmeras artimanhas para ocultar a realidade do consciente, o objetivo principal é
evitar o sofrimento, a carne é fraca!
Para quem acompanha o mosca
sabe de minhas ressalvas e críticas as ações de nosso governo, em vários posts externei meu ponto de vista. Neste último final de semana fui novamente surpreendido
com declarações do Ministro Guido Mantega, sobre os motivos para o desempenho
tão baixo, ou melhor, medíocre de nosso PIB, o próprio jornalista deu um tom sarcástico à seus argumentos.
Ao mesmo tempo foi muito esclarecedor se observado de outro ângulo. Numa visão mais
“terapêutica”, percebi que o Ministro
está negando a realidade. Este fato é mais preocupante que uma negação temporária
da realidade, afinal todos nós precisamos deste tempo. Agora quando uma
situação adversa, que necessita de uma ação, é encarada como “normal” aí o
problema é bem maior. A Presidenta tinha preparado o terreno para “fritar” seu
Ministro, mas a revista The Economist, que
quis noticiar em primeira mão, lhe propiciou uma sobre vida.
O Estadão publicou neste domingo um artigo excelente do Professor
Pastore: Juros baixos, câmbio depreciado e crescimento medíocre, no link Celso Pastore vocês poderão ler
integralmente, veja abaixo alguns trechos.
...Desde o seu início
o governo Rousseff pretendia levar a taxa de investimento para 22% do PIB, e
crescer perto de 5% a.a. Havia muita vontade, mas nenhum plano...
...Havia a crença de
que bastaria estimular o consumo e forçar a queda da taxa real de juros para
chegar ao objetivo desejado...
...A taxa de
investimentos que era de 20% do PIB caiu para 18,5%, com o fator da
produtividade diminuindo...
...Não foi a crise mundial
que levou a esse desempenho... A taxa de crescimento do Chile foi de 5,1%; de
5,3% na Colômbia; de 3,8% no México e de 6,2% no Peru, com taxas de
investimento de 22,5% no Chile até 25% no México...
...O primeiro erro do
governo foi achar que bastaria estimular o crescimento do consumo... com pleno
emprego no mercado de trabalho e com a margem de capacidade ociosa na Indústria
praticamente eliminada, colhe-se apenas mais inflação...
...O que o Brasil precisa
no momento não é de estímulos à demanda, e sim de programas de Investimentos...
Não precisa ser nenhum PHD para entender o que a economia
Brasileira precisa neste momento, um bom economista faria um diagnóstico
semelhante ao do Professor Pastore, mas como o Ministro acredita que está certo o que vamos colher
provavelmente será uma elevação da inflação e um crescimento das importações ao
invés de Investimentos.
Freud explica, pelo menos mais convincente que o Ministro!
Freud explica, pelo menos mais convincente que o Ministro!
Fique ligado!
David... Como já estamos com pleno emprego talvez o caminho seja estimular a emigração de pessoas já qualificadas...
ResponderExcluirO problema é que estes processos demoram e nem sempre é bem aceito pelos governos, já imaginou alguns Gregos trabalhando numa obra?
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