Novos helicópteros para a Europa

Hoje é feriado nos USA, Dia do Presidente. Eu realmente não sei o que se comemora neste dia, será o fato poder escolher um? A gestão do atual? Bem, em todo caso, os mercados permaneceram fechados, e em dias assim, pouco acontece no resto do mundo. Os americanos trabalham bastante, mas gostam também de um feriadinho desnecessário!

Um dos jogos de futebol deste final de semana apresentou uma grande surpresa, o Santos, que vinha num caminho de recuperação excelente, teve um tropeço grande, perdeu para o Penapolense por 4 x 1, um chocolate como se diz na gíria futebolística. Eu acho que tem um motivo, desde que Leandro Damião começou a jogar, o time decaiu em produção. Vale aqui minha teoria que jogador velho não serve para o esquema " high tech" brasileiro, ou seja, deve-se buscar revelar jovens talentos e preparar-se para perdê-los rapidamente. Agora o time ficar em torno de um jogador, que já declarou que seu objetivo é ser convocado para a seleção, não funciona.

O Presidente do BCE, Super Mário, que está prestes a perder seu título, afinal não tem mais nada a salvar, terá uma tarefa difícil em sua próxima reunião no início de março. Uma pesquisa feita pela Bloomberg, apontou que os economistas estão divididos, metade acredita que ele irá introduzir novos estímulos, enquanto que a outra metade acredita que manterá os níveis atuais. A dúvida se origina em função de duas variáveis que apresentam resultados opostos, por um lado, os níveis de inflação se encontram extremamente baixos, ao redor de 0,7% a.a., e deflação é palavrão, e do outro lado, os últimos dados de crescimento do PIB que vieram melhores, 0,3% no 4º trimestre.

Se sua decisão for a de fazer algo, muito poucas opções ele terá disponível: baixar os juros de 0,25% a.a. para zero!; oferecer empréstimos longos aos bancos, que vem agindo de forma contrária ao repagar com antecedência os antigos; uma taxa de juros negativa nos depósitos, isto mesmo, quem deixar na conta corrente terá custo!; ou lançar helicópteros e mais helicópteros, porém nesta hipótese vai ter que enfrentar os Alemães que não toleram este instrumento. Analisando estas alternativas, parece que a melhor seria rezar muito a noite. o Super Mário além de ter que enfrentar esta situação econômica adversa, precisa negociar com Franceses, Alemães, Italianos, Espanhóis e outros, não te invejo! Hahahah...

O Banco Goldman Sachs realizou uma pesquisa com seus clientes para identificar quais são suas principais preocupações atualmente.

Três itens representam seus receios: China e o crédito para os mercados emergentes; crescimento baixo por muito tempo nos mercados desenvolvidos e bolhas provocadas pelo excessivo afrouxamento monetário. Notem que a inflação não apresenta nenhuma preocupação. Refletindo sobre estes resultados, sou levado a concluir que, um problema mais sério nos emergentes terá um impacto sim nos países desenvolvidos, e se a inflação resolver aparecer pegará todos os investidores de calças curtas.

Vou comentar hoje uma moeda que não acompanho aqui com frequência, o British Pound. O motivo desta minha inclusão, é que a mesma se encontra num nível que requer vigilância. Inicialmente veja como a mesma se comportou neste últimos anos.

Na crise de 2008 levou um tombo de respeito ao cair 35%, de 2,10 para 1,35. Passou os últimos 5 anos sem uma tendência muito clara. Porém a partir de 2013, iniciou uma recuperação e encontra-se atualmente num ponto crítico. O "esperado" seria uma nova queda que ultrapassaria os níveis anteriores de 1,35, porém não é o que se pode concluir, com uma análise mais abrangente. Assim se ultrapassar o nível de 1,70, bastante próximo dos atuais de 1,6725, entraria numa área crítica ilustrada em verde acima.

Embora eu não tenha citado muito, a Inglaterra se utilizou bastante de helicópteros para evitar a quebra de alguns bancos muito importantes, como o RBS, LLyods, etc.... O fato de ter sua própria moeda, permitiu uma ação mais eficaz e hoje sua economia vem se recuperando, os imóveis sobem de preço e os níveis de desemprego estão decrescendo.

É interessante avaliar o que aconteceu com a moeda Britânica, quando comparada com o Euro. O gráfico a seguir é o EURGBP, ou seja, a moeda única em relação à inglesa, assim se o preço sobe significa que o euro valorizou mais que a libra, e quando cai o inverso.


Durante o ano de 2008 a libra se desvalorizou muito em relação ao euro, ao redor de 28%, de 0,70 para 0,98. Se vocês se recordam, a Europa ficou de certa forma imune naquele momento, a partir daí percebe-se um movimento inverso, onde o euro começou a perder valor, ocasionando uma valorização da libra da ordem de 18%.

O que deve acontecer daqui em diante? Vai depender de como a batalha da Libra em relação ao dólar se desenvolve, se ultrapassar o nível de 1,70 é bem possível que continue se valorizando em relação ao euro. Vamos ver quem vence esta batalha, se fosse no futebol, sou mais os Ingleses!

O USDBRL fechou a 2,3883, sem variação; o EURUSD a 1,3704, sem variação e o ouro a US$ 1.328, com alta de 0,75%.
Fique ligado!

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