Rápido e sempre #nasdaq100

 


Fiz uma pequena adaptação da frase popular “devagar e sempre” para me referir à China. Enquanto o mundo se debate com estímulos fiscais, vacinas contra a Covid-19 e presidentes malucos — um deles está saindo hoje —, esse país não é envolvido em uma grande questão.

Com uma tradição de ser extremamente paciente quando alguma coisa a desagrada, a China espera o momento certo para dar o troco, como acontece agora em relação à matéria prima de que tanto precisamos para vacinar o povo brasileiro. Não seria um Bolsonaro da vida alguém qualificado para ser o interlocutor nessa relação.

A China caminha a passos largos para se tornar a primeira economia do mundo. O Coronavírus antecipou esse momento. Não acredito na teoria conspiratória de que o país teria criado o vírus com segundas intenções, pois seria o caso de o feitiço virar contra o feiticeiro, já que a China não tem como se isolar do resto do mundo. Como aponta a ilustração a seguir, daqui a 7 anos sua economia deverá ultrapassar a americana.



No enfrentamento da crise atual, a China se comportou de maneira bastante distinta dos emergentes e de como agiu no passado. Enquanto os países desenvolvidos e emergentes abriram as torneiras criando elevados déficits fiscais, a China teve uma atuação tímida. O gráfico a seguir mostra como o Brasil foi o campeão nesse quesito, enquanto a China nem aparece no quadro inferior.



Considerando todos os fatores, e mesmo sem uma ajuda do governo, a economia chinesa foi a primeira a sair do vermelho, e continua apresentando crescimento de dar inveja a qualquer um. E tudo isso sem que o consumo interno tenha ajudado tanto, como descreve a matéria de Stella Yifan Xie na Bloomberg.

Embora a China tenha sido a única grande economia a se expandir durante a pandemia Covid-19 no ano passado, seu crescimento permanece altamente desequilibrado, dependendo fortemente das exportações de produtos manufaturados para os EUA e em outros lugares. O consumo interno tem recuado, com as vendas no varejo encolhendo 3,9% em 2020 em relação ao ano anterior e a demanda por bens importados caindo ligeiramente.

Há muitas razões para a fraqueza. Embora a taxa de desemprego da China nunca tenha subido tanto quanto o desemprego nos EUA e na Europa, muitos empregadores cortaram salários ou horas, deixando os consumidores ansiosos. Muitos optaram por economizar mais — uma tendência comum na China, que há muito tem uma alta taxa de poupança.

O governo da China também não distribuiu cheques aos consumidores como os EUA fizeram, optando por focar estímulos para ajudar fábricas e outras empresas.

Muitos economistas agora acreditam que o baixo nível de gastos persistirá em 2021. Se isso acontecer, pode significar que a demanda chinesa fará menos do que o esperado para ajudar a tirar outras economias do buraco este ano.

Isso também reverteria a meta de longo prazo da China de construir uma economia que dependa menos de investimentos e fábricas, o que levou ao milagre econômico desde a década de 1980, mas ainda indica retornos cada vez menores ao longo do tempo, incluindo este ano. O crescimento das exportações que levantou a China em 2020 pode diminuir em 2021, à medida que os consumidores ocidentais retomem viagens e gastos em restaurantes e potencialmente comprem menos brinquedos e aparelhos desse país.

"Há limites reais em relação a essa recuperação na China e à aceleração de sua economia, se [o governo] não fizer mais pelo consumo", disse Leland Miller, diretor executivo da China Beige Book, uma empresa que realiza pesquisas privadas sobre a economia chinesa.

A economia da China ainda tem um impulso considerável, com um crescimento que deve atingir 7% ou mais este ano, superando em muito os EUA e outras grandes economias. Alguns economistas acreditam que o crescimento poderia se transformar em um ciclo virtuoso, que venha aliviar as preocupações dos consumidores e alimentar gastos mais robustos.

Os chineses mais ricos, como seus homólogos americanos, continuaram comprando bastante, gerando uma rara fonte de crescimento para algumas marcas ocidentais. A BMW, fabricante de carros de luxo com sede em Munique, viu seu lucro subir quase 10% no terceiro trimestre, graças a uma forte recuperação da demanda dos compradores chineses. A Prada, casa italiana de artigos de luxo, reportou um aumento de 52% em suas vendas na China no segundo semestre de 2020.

Mas a China não conseguiu ultrapassar os EUA como o maior mercado de varejo do mundo em 2020, como alguns analistas esperavam, depois de anos diminuindo a diferença e apesar de ter uma população muito maior. Estima-se que as vendas de varejo nos EUA aumentaram ligeiramente em 2020, para US$ 6,24 trilhões, com base em dados do Census Bureau.

Economistas dizem que o Covid-19 também exacerbou problemas estruturais que há muito restringiram o poder de compra dos consumidores chineses, e que é preciso uma forte determinação política para corrigi-los. Essas questões incluem uma crescente desigualdade de renda, uma forte dependência de empresas estatais ineficientes e a falta de uma rede abrangente de segurança social, que leva muitas famílias a economizarem mais para emergências. 

Embora a taxa de poupança doméstica da China tenha caído de um pico de 25% do produto interno bruto em 2010 para 23% em 2018, ela permanece muito acima da média global, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. Uma pesquisa realizada pelo Banco Central da China no terceiro trimestre de 2020 constatou que 50% das famílias disseram que planejam economizar mais, contra 45% um ano antes, enquanto menos disseram que pretendem gastar ou investir mais.

Um recente surto de casos de Covid-19 na província de Hebei e novos bloqueios se somaram aos temores de que as vendas no varejo caiam durante o próximo feriado de Ano Novo Lunar da China, tipicamente uma temporada forte para os gastos dos consumidores.

"Seria altamente improvável que o consumo voltasse ao nível pré-pandemia em 2021", disse Dan Wang, economista-chefe do Hang Seng Bank China.

Uma preocupação é que o mercado de trabalho da China permaneça em terreno instável. Enquanto a taxa de emprego urbano se recuperou para níveis pré-pandemias até setembro, a demanda de mão de obra prevista ainda estava mais de 40% abaixo do normal, de acordo com Gan Li, professor de economia da Texas A&M University.

De acordo com sua pesquisa, a renda média dos trabalhadores do setor privado em setembro caiu 29% em relação ao ano anterior.

Outro fator que poderia limitar os gastos daqui para frente: um aumento contínuo dos preços da habitação, que está reduzindo o acesso das famílias mais jovens e fazendo com que dediquem aos custos de moradia uma parcela maior de sua renda.

As autoridades chinesas sugeriram nos últimos meses que tomarão medidas para aumentar o consumo este ano com o que alguns funcionários descreveram como "reformas na demanda", embora poucos detalhes tenham sido revelados.

"Seria preciso continuar alocando recursos, seja terra, crédito ou mais mão de obra especializada para tornar empresas eficientes", disse Jingyang Chen, economista chinês do HSBC. "Mas é claro que sempre haveria alguma resistência a esse tipo de reforma."

Como muitas das alterações dos consumidores oriundas da pandemia, o volume de transporte de passageiros na China ainda se mantém muito aquém dos níveis anteriores, revelando que parte do trabalho passou a ser executado de casa e outra parte passou a usar transporte próprio.



Segundo a reportagem da Bloomberg, ainda pairam muitas dúvidas sobre o consumo na China, que há décadas se volta à exportação. Em todo caso, são dúvidas muito menores que as do mundo ocidental. Essa é a razão que move os investidores a aportarem seus recursos no mercado acionário chinês — afinal, se crescer 5% ao invés de 6%, ainda assim, não é nada mau!

No post sem-dicas fiz os seguintes comentários sobre o Nasdaq100: ...” O mercado acabou subindo desde então. Como poderão observar no gráfico a seguir, na hipótese que estou trabalhando ainda teria aproximadamente 5% de alta – 13.479 conforme destacado em azul” ... ...” se tudo que eu estiver imaginando ocorrer, brevemente estarei num dilema: liquido as posições ao redor deste nível ou continuo em frente? “ ...



O mercado hoje está celebrando a posse do novo presidente Joe Biden com o índice nasdaq100 atingindo a máxima histórica, uma alta superior a 2%. Como poderão notar no gráfico a seguir os objetivos foram alterados, ao invés de 13.479, agora se pode trabalhar com o target inicial entre 13.850/13.980, que se ultrapassado, rumaria a 14.350. 



Antes que meu amigo se pronuncie, gostaria de explicar que esses níveis traçados vão se alterando conforme o movimento ganha pulso. Uma serie de cálculos é feita em função dessa evolução. Isso não significa imprecisão, o contrário, maiores mecanismos de verificação. Para simplificar, na teoria de Elliot Wave os movimentos são fractais, sendo assim, os cálculos feitos em diversas janelas irão popular o gráfico com múltiplos objetivos.

Mesmo sendo o mais frio dos analistas é impossível não se influenciar por movimentos recentes, principalmente quando se está próximo de um nível importante. Na semana passada confesso que estava preocupado com a “demora” dessa alta, que acontece essa semana. Mesmo assim, não liquidei nenhuma posição apenas atualizei os stoploss.

A personalidade da onda é manifesta, principalmente quando se trata de onda 3, a mais potente delas. Seguramente hoje estamos numa delas, a dúvida que surgirá mais a frente é de qual delas estamos falando. Na linguagem técnica seria: 3 da 5 da 5 ou a 3 da 5 da 3. Faz toda diferença!

- Hahahaha ... só me faltava essa. David, você é bem pago para identificar essa matemática estranha de ondas, problema seu! O que nos interessa é saber se é para comprar ou para vender.

Está bem, é para ficar comprado com muita atenção no Mosca.

O SP500 fechou a 3.851, com alta de 1,39%; o USDBRL a R$ 5,2958, com queda de 1,17%; o EURUSD a 1,2106, com queda de 0,18%; e o ouro a U$ 1.868, com alta de 1,42%.

Fique ligado!

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