Sem dicas #nasdaq100
Nos
tempos atuais, que levam os investidores a assumirem maior risco, esse tipo de
conselho é solicitado a todo momento. Felizmente, com a publicação do Mosca,
os leitores podem saber exatamente minha opinião atualizada.
Qual
é o problema, você deve estar se perguntando, por que não responde à pergunta
honesta de alguém? Nada de bom pode vir de dar conselhos casuais de
investimento. Nada. Especialmente quando se trata da direção futura de uma
segurança patrimonial individual. Eles não se lembrarão do que você disse. Eles
só se lembrarão do que acontece.
Há
4 cenários possíveis para a pergunta: "Devo comprar x?"
Você
diz para comprar, e a ação cai. Você estava errado, e eles nunca esquecerão.
Você
diz para comprar, e sobe. Você estava certo, mas eles vão esquecer,
provavelmente assumindo a ideia como sua (deles).
Você
diz para não comprar, e a ação cai. Você estava certo, mas eles vão esquecer.
Você
diz para não comprar, e sobe. Você estava errado, e eles nunca esquecerão.
Em
resumo: Você não tem como ganhar!
Lições
não podem ser ensinadas no mercado de ações. Elas só podem ser aprendidas
através da experiência.
A
taxa de juros de 10 anos subiu acima de 1% a.a. na última quarta-feira, e desde
então acumula alguns pontinhos a cada dia. Encontra-se agora a 1,17%.
Um
artigo publicado no Wall Street Journal por Sebastian Pellejero comenta esse
assunto.
A
subida se estendeu mesmo com a queda dos índices acionários dos EUA, uma
ruptura da relação usual entre ações e títulos. Os investidores tendem a
comprar títulos públicos quando estão preocupados com a economia e não querem
manter ativos mais arriscados como ações.
O
que levou os juros a subir nos últimos dias foi o aumento das expectativas dos
investidores por novas medidas de estímulo ainda este ano, depois que os
democratas conquistaram o controle do Senado durante as eleições de segundo turno
na semana passada.
A
implantação de vacinas e um pacote de ajuda econômica de 900 bilhões de dólares
em dezembro elevaram a confiança dos investidores, levando-os a ativos mais
arriscados. Esses gastos podem aumentar os juros, impulsionando o crescimento
econômico e a inflação, tornando mais provável que o Fed eleve as taxas de
juros de curto prazo.
Uma
vitória democrata na semana passada aumenta as chances de estímulos ainda
maiores. Analistas do Citibank agora preveem cerca de US$ 600 bilhões em auxílio
adicional no início do segundo trimestre, enquanto o Bank of America diz que uma
nova conta de curto prazo pode chegar a US$ 1 trilhão. Os rendimentos tendem a
aumentar na antecipação do aumento dos gastos do governo sem aumentos de
impostos correspondentes, porque isso sinaliza mais empréstimos e uma maior
oferta de títulos do Tesouro.
O
Federal Reserve prometeu manter as taxas baixas no futuro imediato, mas a
combinação de novos estímulos e sinais de recuperação econômica sugerem que o Banco
Central pode não aumentar seu próprio estímulo para neutralizar a recente
subida nos juros, diz Gennadiy Goldberg, estrategista sênior de taxas dos EUA
na TD Securities. Os diretores do Banco Central não viram um forte motivo para
impulsionar as compras de ativos na reunião de política de dezembro, de acordo
com atas
recentemente divulgadas.
"O
Fed não parece estar interessado em travar o mercado tão cedo", disse
Goldberg. "Eles estão satisfeitos com um ajuste para cima das taxas
nominais porque as taxas de juros reais estão baixas."
Ainda
levará anos para toda a economia dos EUA se recuperar aos níveis pré-pandemia,
diz Jim Vogel, estrategista de taxas de juros da FHN Financial, e não está
claro quanto dinheiro novo de estímulo seria gasto. A taxa de poupança pessoal
dos EUA em novembro permaneceu acima dos níveis pré-pandemia em 12,9%, de
acordo com dados do Bureau of Economic Analysis dos EUA.
"O
Fed não vê impacto agora em seu plano para a economia com base nos rendimentos
nominais, porque ainda há muito dinheiro parado", disse ele.
O
aumento dos rendimentos vem antes de leilões importantes do Tesouro esta
semana. O Departamento do Tesouro vendeu um recorde de US$ 58 bilhões em títulos
de três anos na segunda-feira. O leilão de três anos é seguido por vendas de
US$ 38 bilhões em títulos de 10 anos na terça-feira, e US$ 24 bilhões em
títulos de 30 anos na quarta-feira, o que deve fornecer um indicador do
sentimento do mercado.
"Os leilões de 10 anos e 30 anos são os grandes testes para a demanda", disse Goldberg. "Alguns investidores acham que são ótimos níveis para comprar na baixa. Outros estão pensando que este não é o fundo.
As vezes fico surpreso como os mercados encaram situações temporárias. É logico que os juros americanos de curto prazo não ficarão eternamente em 0,25% a.a., essa situação só ocorreria caso houvesse uma “japanificação”, ou seja, não haveria crescimento nenhum por muitos anos, o que não parece ser o que os economistas estão projetando.
Supondo
uma inflação de 2% a.a. e um crescimento brando, é natural supor que os juros
devam ser normalizados em algum momento. Uma hipótese bastante conservadora seria
que daqui a 5 anos estariam em 2% ao ano, ou seja, um título de 10 anos
adquirido a 1,17% hoje, e retirando a taxa de 0,25% por 5 anos, daria um
rendimento nos últimos 5 anos a 2,10% a.a., nada maravilhoso!
Desta
forma, é natural que a taxa de juros dos títulos longos suba no decorrer do
tempo, visando uma normalização. E quanto antes o mercado apostar em
normalização, as taxas tenderão a subir. Um raciocínio semelhante vale para o
mercado brasileiro em relação aos títulos pré-fixados.
Um modelo construído pelo Scotiabank que calcula o “valor justo” dos bonds de 10 anos americanos caso não houvesse a injeção maciça pelo Fed, estima que este estaria em 2,18% ao ano. Voltar à normalidade não significa que existe alguma coisa anormal ou que a inflação esteja ameaçando.
No post duro-na-queda-nasdaq100, fiz os seguintes comentários sobre o Nasdaq100: ... “Sendo assim, sugiro bastante cautela daqui em diante, pois caso isso aconteça o Nasdaq100 deveria recuar para um nível entre 10.600 (-23%) até 9.000 (34%)” ... ...” Mas por enquanto ainda existe uma alta pela frente e vamos continuar surfando essa onda” ...
O mercado acabou subindo desde então. Como poderão observar no gráfico a seguir, na hipótese que estou trabalhando ainda teria aproximadamente 5% de alta – 13.479 conforme destacado em azul. Vou ajustar o stoploss para 12.600.
Se tudo que eu estiver imaginando ocorrer, brevemente estarei num dilema: liquido as posições ao redor deste nível ou continuo em frente? É um questionamento bastante válido, pois caso se liquide a posição e o mercado continue a subir, seria difícil entrar em níveis satisfatórios, dada a pujança esperada. Considerando o aspecto técnico e os prós e contras, estou mais propenso a liquidar. Sendo assim, acompanhem de perto as publicações dos próximos dias.
Com todas as altas que estão ocorrendo aliadas a inúmeros artigos alertando que a bolsa se encontra numa bolha, seria razoável supor que o fluxo de recursos tivesse sido enorme em detrimento da renda fixa, mas pasmem ocorreu ao contrário, vejam o gráfico a seguir.
Se é que a bolsa se encontra numa bolha — e é questionável essa suposição ou declaração —, acredito que ainda vá continuar desta forma, pois as alternativas da renda fixa global são bastante ruins.
O SP500
fechou 3.801, sem variação; o USDBRL a R$ 5,3226, com queda de 3,03%; o0 EURUSD
a € 1,2203, com alta de 0,40%; e o ouro a U$ 1.854, com alta de 0,54%.
Fique
ligado!
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