Compras na liquidação #eurusd

 

Certa vez, minha ex-esposa estava fazendo compras e encontrou uma blusa que realmente estava barata seu preço era 50% do preço normal. Quando fui ao caixa pagar as compras, notei que havia seis desses itens; perguntei por que tantas unidades, e a resposta foi: está tão barato que aproveitei. Naquele momento, pensei: desta forma custou 300% do preço original!

Existe uma categoria de ações no mercado americano que se encontra muito barata há um bom tempo, será uma boa oportunidade? Dan Rasmussen e outros publicaram um artigo com a performance dessas empresas em seu site Verdad.

‎Nos últimos 50 anos, as ações de small cap renderam, em média, cerca de 2% ao ano a mais do que as ações de grande capitalização, de acordo com os dados de Ken French. A inclusão do fator small-cap para ajudar a explicar melhor os movimentos das ações foi um dos maiores avanços iniciais do ganhador do Prêmio Nobel Eugene Fama. ‎

‎Esse maior retorno, porém, veio com maior volatilidade. Nos últimos 50 anos, as ações de grande capitalização tiveram uma volatilidade mensal anualizada de 15% contra 21% para small caps, de acordo com dados da Ken French. ‎

‎Empresas menores tiveram maior risco de falência (cerca de 18% maior). Elas também tendem a ser mais sensíveis às condições econômicas e, como resultado da menor liquidez comercial, experimentam maiores oscilações de preços. Em teoria, os investidores devem ser compensados por assumir esses riscos incrementais. ‎

Mas recentemente, os investidores em ações de pequeno porte têm experimentado maior volatilidade, com retornos mais baixos. Nos últimos cinco anos, o índice de large cap do S&P 500 teve um retorno anualizado de 14% com um desvio padrão anualizado de 21%, enquanto o índice de small cap S&P 600 teve um retorno anualizado de 10% com um desvio padrão anualizado de 26%, o que significa que os investidores de small cap tiveram cerca de metade do retorno por unidade de volatilidade em relação aos investidores em large caps. O gráfico abaixo mostra a razão de retornos de cinco anos divididos pela volatilidade anualizada de cinco anos do índice de large cap do S&P 500 em relação ao índice de small cap do S&P 600, com a linha cinza mostrando o delta entre os dois.‎

‎Figura 1: Relação de retorno/volatilidade de cinco anos do S&P 500 vs. S&P 600‎

Já ‎‎escrevemos antes‎‎ sobre problemas com o uso da volatilidade como medida de risco. Mostramos essa relação a Sharpe simplificada apenas para mostrar que, do ponto de vista do alocador de ativos convencional, as ações de small cap nunca pareceram tão pouco atraentes como nos últimos 20 anos. ‎

Na verdade, apostar no famoso fator de Fama tem sido uma aposta perdedora há mais de uma década. E as small caps tiveram dois períodos — primeiro durante o COVID em 2020 e depois novamente este ano — quando elas perderam para as large caps em mais de 20%. O gráfico abaixo mostra o excesso acumulado de retornos de pequenas empresas em relação às grandes empresas, indexadas a 100, a partir de 2002.‎

Figura 2: Retornos de Excesso Acumulados para o Fama-French Size Factor desde 2002

‎As small caps tiveram um desempenho inferior em cerca de 1 em 4 décadas historicamente. Mas há um pouco mais que podemos dizer aos investidores em small caps na última década, além de apenas, "Sinto muito, você se deu mal. Melhor sorte na próxima rodada. ‎


‎Este horizonte específico de baixo desempenho tem sido acompanhado por um desconto relativo cada vez mais profundo para small caps versus large caps, o mais profundo em 20 anos. O gráfico abaixo compara a valorização do índice de small cap S&P 600 com o índice de grande capitalização do S&P 500 sobre a relação valor empresarial com as vendas.‎

‎Figura 3: Desconto do S&P 600 para S&P 500 no EV/Vendas‎

E vimos a mesma trajetória em seis outras taxas de avaliação. Não importa como se mede, o desconto de small cap em comparação com as large caps é mais profundo hoje do que era no início deste período de baixo desempenho. ‎

‎Para colocar isso em um contexto mais amplo, mostramos abaixo os descontos históricos e (raros) prêmios que as small caps têm negociado em relação a grandes tampas desde 1926. Também incluímos os retornos relativos de 10 anos para frente para small caps versus large caps a cada desconto de preço de entrada para a série de tempo.‎

‎‎Figura 4: Small Cap Relativ Discount e 10Y FWD Relativ Returns‎

Talvez a boa notícia para os investidores hoje é que, como small cap teve um desempenho abaixo dos últimos tempos e os descontos se expandiram para níveis não vistos em cerca de 50 anos, os retornos relativos esperados daqui para frente podem ter aumentado mais uma vez. ‎

Cliff Asness ‎‎escreveu extensivamente‎‎ sobre a crescente diferença entre a valorização de ações baratas e ações caras, que superaram as altas de 1999 em 2020 apenas para comprimir e depois aumentar novamente neste verão. A forte ampliação do valor distribuído nos últimos anos coincidiu com uma forte ampliação do desconto de small cap, dando um golpe duplo para investidores de valor de pequeno porte como nós. ‎

‎Mas, durante todo o período desde 1963, o valor de small-cap tem sido de longe o setor de melhor desempenho dos mercados de ações, de acordo com os dados de Ken French. E essa relação tem sido consistente entre as geografias, como mostra a figura abaixo.‎

‎Figura 5: Retornos Anualizados de longo prazo entre segmentos de mercado‎

No geral, esses retornos relativos a small caps (mesmo no longo horizonte que vimos ultimamente) não teriam sido uma boa razão para mudar os estilos de investimento na longa história dos mercados. Quando acompanhados por preços de entrada mais baixos, eram tipicamente momentos para manter o curso ou aumentar a posição, para aqueles participantes do mercado com a capacidade de investir dessa forma. ‎

A outra possibilidade é que algo tenha mudado estruturalmente com small caps em relação a large caps (*). É possível, mas duvidamos. Passamos um tempo significativo em 2018/19 e início de 2020 abordando as inúmeras hipóteses que anunciavam o fim do fator de valor por razões estruturais após um horizonte semelhante de baixo desempenho terminando em um brutal rebaixamento relativo. Então, como agora, descobrimos que o fator mais relevante para explicar o passado e fazer previsões de longo horizonte sobre o futuro muito incerto parece ter sido as mudanças no preço de entrada.‎

O artigo tenta buscar argumentos para justificar a compra dessa categoria de ações sem que eles próprios estejam convencidos, dado o extenso período em que elas perderam para as empresas maiores. O que talvez tenha faltado a esse artigo foi mencionar o aumento dos investimentos em ETF. O gráfico a seguir, embora contenha dados não atualizados, mostra claramente a migração dos fundos ativos para os passivos (* isso talvez seja o que mudou).

O que acabou acontecendo com essa mudança? Nos fundos ativos, os gestores têm liberdade para escolher suas ações de acordo com critérios fundamentados, enquanto os fundos passivos mantêm a mesma composição do índice. Como as empresas grandes predominam na maior parcela dos ETF, o fluxo fez com que ocorresse essa distorção de retornos (fundos ativos venderam suas posições para suportar os resgates, que incluem ações de grandes empresas e pequenas, enquanto os fundos passivos compram parcelas bem maiores de empresas grandes e bem menores de empresas pequenas. Isso cria um círculo vicioso enquanto o fluxo de troca continuar).

Com isso em mente, se a aposta for nas ações small caps, a única razão que poderia justificá-la seria uma visão de longo prazo em que o investidor só se importa com os dividendos e nem olha o preço das ações. Mas se esse processo continuar (migração dos fundos ativos para os passivos), essas ações devem ficar mais baratas à frente, e só seria interrompido se um grupo resolve fechar o capital dessa empresa — o investidor nessa situação provavelmente será recompensado.

Investir na bolsa já é arriscado — agora, renunciar à liquidez para tentar buscar uns pontinhos a mais não me parece valer a pena. Acredito que comprar ações small cap é como a ideia da minha ex-esposa, vai ficar com um monte de ações baratas na carteira que se mostram caras no final.

No post o-fator-de-risco-funciona, fiz o seguintes comentários sobre o euro: ... “O euro foi ao limite estabelecido acima em € 1,035, ficando dentro da banda definida. Numa janela de 1 hora, cinco ondas de queda está se formando, o que vai permitir a sugestão de trade dentro em breve. No gráfico a seguir aponto o intervalo onde deve surgir essa oportunidade” ...


O intervalo proposto no gráfico nem chegou perto, o euro subiu merrecas e voltou a cair novamente. Desta forma, vou aguardar a formação de 5 ondas no curto prazo, como destacado a seguir com seta verde para entrar no trade de venda. Fiquem atentos ao Mosca nos próximos dias.


- David por que não entra logo já que vem dizendo que vai cair e o euro está muito fraco como você mesmo mencionou?

Vou te responder com uma palavra: disciplina! O que pode acontecer de diferente? Veja a elipse que marquei, nela se nota claramente um movimento de correção; o que eu não posso afirmar com certeza é que ela terminou, enquanto não se formarem cinco ondas para baixo. Ainda que pouco provável, pode até buscar os níveis que eu tinha apontando acima.

Depois de formadas as cinco ondas, espero a correção em três ondas e entro, essa é a receita de bolo para quem usa Elliot Wave.

Por último, é fato que o euro está fraco, porém não só ele, na verdade é a recíproca, o dólar que está muito forte e pode corrigir a qualquer hora. Ao ficar dentro dos parâmetros para entrar num trade, posso definir com segurança os níveis de stop loss, o que é mais importante que arriscar pegar um nível mais “alto” — esse mais “alto” pode ocorrer na hora em que você entra, ficando mais “baixo” na sequencia!

O SP50 fechou a 3.966 com alta de 0,30%; o USDBRL a R$ 5,2416, com alta de 0,94%; o EURUSD a 0,9947, com queda de 0,99%; e o ouro a U$ 1.696, com queda de 0,76%.
Fique ligado!


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