Estamos num mundo dividido #USDBRL
Hoje é Dia do Trabalho nos EUA estão todos os mercados
fechados. Como os leitores já sabem são dias de pouca liquidez.
Tenho me contido nos assuntos políticos, mas hoje será uma
exceção. Os noticiários publicaram pela manhã a rejeição por larga maioria de
uma nova constituição no Chile, cuja proposta foi apoiada por seu presidente, o
jovem de 36 anos Gabriel Boric, esquerdista e ex-líder estudantil. Embora todos
os chilenos queiram uma mudança, não é a que foi elaborada pela Convenção
Constitucional. Como publicou o Globo, “o resultado do chamado plebiscito de
saída foi uma surra para o presidente e empoderou seus adversários”.
Sem entrar nos méritos desse documento, o que se tem vivenciado na America Latina são guinadas à esquerda em busca de algo novo. Isso por si só não constitui algo diferente, já ocorreram diversas situações no passado — só que agora mais e mais países estão buscando algo nesse sentido, inclusive no Brasil com a liderança do Lula.
No Brasil estamos a menos de quatro semanas do primeiro
turno e tudo indica que teremos uma rodada adicional de segundo turno, onde o Lula aparece hoje como o favorito para
assumir o pais. Mas como governar um país dividido e radicalizado? Com apenas
10% do orçamento do governo para gastos discricionários, como poderão cumprir
as promessas feitas? Além dos programas de ajuda aos mais necessitados, que
deveriam ser temporários mas acabam definitivos, a alta dos preços de energia
de uma maneira geral também está levando os governantes a sugerir subsídios ou
redução de impostos ao redor do mundo. Só existe uma saída, que será o aumento
de impostos.
O Lula vem dizendo que pretende colocar um imposto sobre
patrimônio, uma forma de duplicar a tributação. A experiência da Argentina nesse
aspecto tendo sido desastrosa: o resultado foi uma forte emigração para os
países vizinhos. Informações de que se ouve falar revelam que só no Uruguai
existem diariamente 40 famílias argentinas que mudam sua residência para lá.
Essa movimentação, se continuada, vai levar a zero o imposto recolhido dessa
forma, um tiro no pé.
Eu penso que a única forma de enfrentar essa concentração de
gastos seria a quebra dessa vinculação de 90%, mas quem vai conseguir se os que
aprovam seriam muito prejudicados? Então já se ouve que candidato X ou Y, que
não está nessa eleição ou com pouca chance, seria uma boa alternativa para
2026, e assim o Brasil continua sendo o país do futuro em que o futuro nunca
chega.
O que difere muito dessa eleição com as de 10 anos atrás,
por exemplo, é que hoje está muito mais radicalizada — efeito mundial da moda,
levando a situações bizarras como a do Chile que escolheu um presidente de
esquerda que não consegue implementar suas ideias. Estamos longe de uma
situação de equilíbrio, onde a democracia se encontra por um fio.
No post o-arbitro, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” Com esse quadro, por que o Mosca decidiu sair? Existem algumas razões: primeiro a de que o dólar está se valorizando contra grande parte das moedas do G-7; segundo não estou confiante com as bolsas internacionais depois da queda que houve na última sexta-feira; e por último, a configuração da queda desde nossa entrada não segue a “força” que se esperaria – devia ter caído mais forte” ...
Fique ligado!
Atualmente eu classificaria o Brasil mais como de centro do que de direita, olhando as várias medidas populistas feitas e inclusive ainda colocadas nas propostas dos candidatos atuais... risco de recessão global faz alguns anos que muita gente vem profetizando, de alguma forma as ações americanas ainda subiram forte nos últimos anos e só agora que a inflação americana subiu que estamos vendo uma quedinha, difícil saber o que vai acontecer daqui pra frente.
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