A "Queridinha" está perdendo o brilho #GOLD #OURO

 


Ontem, fiquei ligado no “after market” para acompanhar a repercussão do anúncio de resultados da Nvidia. Nos bons tempos, poder-se-ia esperar movimentos mínimos de 10%, mas ontem oscilou muito menos que suas companheiras das Sete Magníficas. O gráfico abaixo mostra que, no anúncio, houve um “blip” de 3% de alta, para, em seguida, manter praticamente o preço de fechamento. Entretanto, o grande teste será hoje, no pregão normal.




O ChatGPT lançou uma nova ferramenta, “Investigar”, e fiz um teste perguntando sobre os resultados da Nvidia. Depois de 10 minutos e pesquisa em mais de 20 fontes diferentes, forneceu um relatório que anexei “aqui”. Usando diversas fontes, publico a seguir o que de mais importante se extrai sobre a Nvidia.

Nvidia: O Futuro Ainda É Dourado, Mas Há Nuvens no Horizonte

Por dois anos, a Nvidia tem sido a grande vencedora da revolução da inteligência artificial, surfando uma onda de demanda insaciável por seus chips de última geração. Seus resultados financeiros do quarto trimestre fiscal de 2025 trouxeram números impressionantes: receita de US$ 39,3 bilhões (+78% ano a ano) e lucros em disparada. Mas, apesar do crescimento exuberante, a reação do mercado foi morna. A Nvidia, acostumada a superar as expectativas, entregou um desempenho sólido, mas sem o fator “uau” que Wall Street esperava.

A grande aposta para 2025 é a nova geração de chips Blackwell, que já gerou US$ 11 bilhões em receita no primeiro trimestre de vendas – a maior rampa de adoção de produto na história da companhia. O CEO Jensen Huang não esconde seu otimismo, descrevendo a demanda como “incrível”. Ainda assim, a transição para a nova linha tem um custo: margens menores no curto prazo, com projeção de 71% no primeiro trimestre de 2026, abaixo do esperado pelo mercado.

Se a empresa continuar no ritmo atual, seu domínio pode se consolidar ainda mais. A unidade de Data Centers, hoje responsável por 90% da receita, continua crescendo vertiginosamente, deixando para trás rivais como Intel e AMD. As gigantes da tecnologia – Microsoft, Amazon e Google – seguem despejando bilhões na infraestrutura de IA garantindo um fluxo constante de pedidos.

Mas nem tudo são flores. Concorrentes emergentes, como a chinesa DeepSeek, desafiam o monopólio da Nvidia ao apresentar alternativas mais baratas e eficientes para rodar modelos de IA. Se as empresas conseguirem otimizar seus algoritmos e reduzir a necessidade de chips ultra potentes, a demanda pelos processadores Nvidia pode diminuir. O próprio anúncio da DeepSeek, em janeiro, fez as ações da Nvidia evaporarem US$ 589 bilhões em um único dia – um recorde na história do mercado financeiro.

Outro fator de risco vem de Washington. A possibilidade de novas tarifas e sanções comerciais contra a China pode impactar as vendas da Nvidia no país, um dos principais mercados para seus chips. Além disso, o aumento da regulamentação no setor de IA pode restringir o crescimento acelerado da empresa e mudar as regras do jogo para suas principais clientes.

Os investidores também devem se perguntar até quando o crescimento exponencial pode ser sustentado. A febre da IA ainda está longe de acabar, mas o mercado já precificou um cenário perfeito para a Nvidia. Com ações que subiram mais de 400% nos últimos dois anos, qualquer sinal de desaceleração pode levar a correções abruptas. E, quando uma empresa atinge um patamar tão elevado, manter a euforia se torna um desafio cada vez maior.

Olhando para frente, a Nvidia ainda tem muito espaço para crescer. Seu domínio nos chips de IA segue absoluto, e novas parcerias estratégicas com gigantes da nuvem reforçam sua posição de liderança. Se a adoção da IA continuar em ritmo acelerado, a empresa pode seguir entregando resultados espetaculares. Mas os riscos – competição, tarifas e maturação do mercado – começam a se acumular.

No final das contas, a Nvidia continua sendo o grande termômetro da revolução da inteligência artificial. O otimismo permanece, mas a dúvida persiste: quanto tempo mais essa trajetória de ascensão desenfreada pode durar antes que o mercado comece a pedir algo mais?

Ao observar tudo isso, pode-se chegar à conclusão de que a Nvidia passa a ser uma ação de empresa grande comum, onde as receitas e lucros desempenham uma trajetória crescente. Mas aí entram alguns pensamentos que nenhum aplicativo de IA vai te fornecer: a “sensação” da reação do mercado e os dados publicados. Não posso aceitar que seja uma ação normal – seu crescimento ainda é enorme, sua margem um “assalto” –, como isso pode ser normal?

Minha percepção é que o mercado tem desconfianças sobre o futuro, e algumas delas se encontram acima. O que isso significa? Que vai ter que trabalhar com um P/L menor para acomodar esses riscos. A seguir, um gráfico que aponta esse indicador no tempo. Amanhã, vou comentar a “Normalzinha” – hahaha ... novo apelido da “ex-Queridinha” – do ponto de vista técnico.





Análise Técnica

No post “ouro-debaixo-do-colchão”, fiz os seguintes comentários sobre o ouro: “O ouro ultrapassou a marca de U$ 2.790, mas não me animei a sugerir um trade de compra, pois o primeiro objetivo, conforme se pode observar no gráfico semanal abaixo, é U$ 2.883, uma alta um pouco acima de 3%. É verdade que o preço pode se estender acima desse nível, mas como se trata de uma onda (5) azul da onda 5 laranja, o risco é elevado.”




Fiz uma nova versão para a contagem do ouro, que implica uma extensão das ondas 5 mencionadas acima. Como podem ver abaixo, o metal está corrigindo na onda 4 azul, cujo primeiro objetivo seria ao redor de 2.860. Fiquem atentos para uma eventual sugestão de trade, finalmente!




o S&P500 fechou a 5.861, com queda de 1,59%; o USDBRL a R$ 5,8313, com alta de 0,47%; o EURUSD a € 1,0403, com queda de 0,77%; e o ouro a U$ 2.870, com queda de 1,54%.

Fique ligado!

Comentários