O casal solo #nasdaq100 #Nvidia
As estatísticas são inegáveis: cada vez mais os jovens estão preferindo ficar solteiros. Não entendo bem a razão dessa atitude, pois, para constituir uma família, é necessário existir um casal. Algumas mulheres, para solucionar esse problema, estão recorrendo à fertilização in vitro para engravidar. Para os homens, o caminho possível seria a adoção ou barriga de aluguel.
Outra mudança importante foi para os casais do mesmo sexo,
que hoje podem assumir sua relação de forma mais aceita pela sociedade. Não sei
como a legislação e as estatísticas consideram esse tipo de conexão.
Não tenho formação em sociologia para entender exatamente o
que aconteceu, mas posso arriscar um palpite: o crescimento da interação pelas
mídias sociais. É mais fácil se relacionar pelo WhatsApp do que pessoalmente, e
isso inibe o contato, pois é sempre mais "arriscado". Essa nova
dinâmica pode estar se enraizando, ocasionando a diminuição dos casamentos.
Do ponto de vista do Mosca, que está direcionado para a
economia e os mercados, fica a questão: qual é o impacto dessa mudança? Allison
Schrager comenta na Bloomberg que uma sociedade com menos casamentos pode ser
mais feliz, mas agrava a desigualdade econômica.
Estar solteiro é ruim para a economia?
Recentemente, tive uma conversa sobre o futuro da riqueza –
o que posso dizer, sou economista – quando ouvi um argumento tão retrógrado que
achei que estivesse em 1982: os Estados Unidos precisam reviver o estigma
contra ser solteiro. Como solteira, minha primeira reação foi de indignação.
Mas, depois de alguns momentos, outro pensamento me ocorreu: talvez essa ideia
não seja tão absurda.
Os americanos não estão se casando tanto quanto antes. De
certa forma, isso reflete uma sociedade mais livre, onde as pessoas vivem como
querem, sem julgamentos. Mas o aumento da solteirice, especialmente entre
aqueles que não estão nem mesmo em relacionamentos estáveis, está criando o que
economistas chamam de externalidade negativa. Talvez o estigma contra a
solteirice tivesse algum benefício. Pessoalmente, se devo pagar um preço por
estar solteira, prefiro a desaprovação social a um imposto. E pode até ser mais
econômico.
Mas estou me adiantando. A questão de saber se a solteirice
precisa ser estigmatizada – e, se sim, como – depende de entender por que mais
pessoas estão optando por não se casar em primeiro lugar.
Os homens perderam seu apelo?
Uma teoria popular sugere que os homens simplesmente se
tornaram menos atraentes para as mulheres. A revolução sexual e a mudança para
uma economia mais voltada para o setor de serviços elevaram a posição das
mulheres: elas têm mais educação e empregos bem remunerados, enquanto muitos
homens lutam para se adaptar à nova economia. De acordo com essa teoria, as
mulheres não veem esses homens como bons parceiros e, portanto, preferem ficar
solteiras.
Mas essa explicação não basta. O casamento está se tornando
menos comum não apenas porque os homens são menos atraentes, mas porque o
significado do casamento mudou junto com a economia.
Ao longo da maior parte da história, o casamento foi uma
necessidade econômica e social, especialmente para as mulheres. O mundo era um
lugar arriscado: não havia rede de segurança social, as pessoas morriam jovens
e as mulheres tinham poucas oportunidades econômicas. Casar-se era a melhor
forma de se proteger – por isso, havia um estigma contra ser solteiro.
Veja o caso da França no período entre guerras. O país
perdeu cerca de um quinto de sua população masculina jovem na Primeira Guerra
Mundial, deixando menos homens disponíveis para casar-se. Ainda assim, as taxas
de casamento aumentaram após a guerra e continuaram altas por uma década.
Pesquisas mostram que as mulheres francesas acabaram se casando com homens que,
em tempos normais, não seriam suas primeiras escolhas – homens mais velhos ou
mais jovens, estrangeiros, viúvos ou divorciados, ou até mesmo aqueles que
normalmente não seriam competitivos no "mercado do casamento". A
explicação é simples: ser solteira naquela época era uma sentença econômica e
social muito pior do que se casar com um parceiro "menos ideal".
As mulheres não precisam mais "se conformar"
Hoje, as mulheres não precisam mais se conformar. Elas têm
melhores perspectivas econômicas, e não há mais estigma contra ser solteira ou
mãe solo, mesmo que isso seja mais caro. Além disso, agora se espera que um
parceiro seja um igual intelectual, social e emocional. O casamento por
conveniência deu lugar ao casamento por afinidade, e o que os economistas
chamam de "acasalamento seletivo" se tornou a norma – as pessoas se
casam com quem tem nível educacional e econômico parecido.
As mulheres com ensino superior ainda se casam, muitas vezes
com homens sem diploma universitário. A queda no número de casamentos é mais
visível entre homens e mulheres sem diploma superior, o que reforça a
desigualdade de renda e oportunidades.
As consequências de menos casamentos
Mas há externalidades negativas em uma sociedade onde menos
pessoas se casam. Se, por um lado, o "acasalamento seletivo" melhora
os casamentos, por outro, aumenta a desigualdade econômica. Os mais ricos
continuam se casando e acumulando patrimônio, enquanto os mais pobres, que
agora se casam menos, lutam para sobreviver com uma única renda.
A queda nas taxas de casamento também pode estar ligada à
queda na taxa de natalidade, e os Estados Unidos precisam de mais gente.
Talvez o estigma contra ser solteiro tivesse alguma utilidade, mesmo quando não há mais uma necessidade econômica e social clara para o casamento. Mas, ao mesmo tempo, a ideia de que minhas escolhas de vida deveriam ser condenadas pela sociedade ou que eu precisaria me casar com alguém incompatível apenas para "ajudar a economia" me assusta.
E, mesmo que um pequeno grau de estigma pudesse ser
benéfico, há um limite. Não há vantagem econômica alguma em voltarmos aos
tempos em que mulheres eram obrigadas a entrar ou permanecer em casamentos
infelizes.
Isso levanta uma questão: é possível criar um estigma social
"na medida certa"? Afinal, os casamentos "compensatórios"
da França entre guerras não resultaram em mais divórcios. Mas, por outro lado,
as mulheres tinham escolha naquela época?
Esse artigo me fez refletir um pouco sobre o assunto. O argumento de que, no passado, as mulheres eram mais dependentes dos homens por questões financeiras é uma realidade. Se o homem era o provedor e a mulher cuidava da casa, qualquer separação criava um desequilíbrio enorme. Em termos financeiros, depois da separação, o homem ficava com os ativos e a mulher com os passivos da cisão.
Com essa visão e considerando a nova posição da mulher no mercado de trabalho, é razoável supor que uma parcela dos casais que se casavam sem muita afinidade não precise mais se submeter a essa condição.
A posição da Allison, com um tom feminista, me deixa um pouco em dúvida sobre seus argumentos. Afinal, sendo assumidamente solteira, há um potencial conflito de interesse nesse assunto. Não compro totalmente suas ideias.
Mas a realidade é que os jovens estão vivendo de forma mais individual, e isso tem impacto na formação de patrimônio. Se, por um lado, o número de nascimentos vem diminuindo – o que pode ser um grande problema econômico no futuro –, por outro, essa nova realidade reduz custos, mas as receitas são individualizadas.
Com o passar do tempo e à medida que se atinge a senioridade, ter um companheiro(a) se torna fundamental para uma boa saúde mental, como dizem os especialistas, além da segurança de contar com alguém que possa cuidar do outro. Como será isso para essa nova geração?
Análise Técnica
No post devolvendo-as-carteirinhas, fiz os
seguintes comentários sobre o Nasdaq 100:"Hoje, compartilho essa
possibilidade que prevê altas à frente. Para se concretizar, a Nasdaq 100 deve
ultrapassar 22.132, uma alta pequena de 2%."
Tudo indica que a Nasdaq 100 vai ultrapassar o nível de 22.132 destacado no gráfico. Caso isso aconteça, e não seja um false break, podemos esperar níveis muito maiores à frente. Não queria me antecipar agora, pois tenho duas possibilidades de término dessa correção – que, no caso, é a onda 2 azul. Mas, como ambas são de alta, deixemos o mercado nos dizer qual das duas será. Posso adiantar que seria algo ao redor de 30.000, uma alta nada desprezível. Fiquem alertas para um possível trade.
Sobre a Nvidia, meus comentários foram: “Como mostrado no gráfico abaixo, essa onda pode ter terminado, embora a alta desta semana, quando observada numa janela menor, não seja tão convincente.”
A Nvidia publica seus resultados na próxima quinta-feira, e esse pode ser um evento que mexe com os preços. Vamos fazer uma especulação: se os resultados forem excelentes – o que devem ser – e a projeção dos lucros futuros for crescente, isso confirmaria a expectativa do mercado e pode fazer o papel subir. Mas, certamente, a maior parte das perguntas será sobre o risco da DeepSeek. Basta uma titubeada para o mercado ficar desconfiado. Não sei se vale a pena ter posições antes desse evento.
Fiz uma mudança pequena que não altera muito a ideia de alta
no que tange aos objetivos. O que tenho a acrescentar é que a área destacada
pode ser o início da onda (5) vermelha – que não aparece na
figura –, mas eu esperaria mais confirmações, especialmente a ultrapassagem dos
US$ 153.
Esse gráfico explica muita coisa: primeiro, por que as empresas de tecnologia têm múltiplos superiores às empresas pequenas e até mesmo às grandes; segundo, por que a concentração dos índices, tão temida pelo mercado, acontece; e, por último, por que as empresas pequenas estão baratas – e devem continuar assim.
O S&P500 fechou a 6.114, sem variação; o USDBRL a R$ 5.7042, com queda de 1,09%; o EURUSD a € 1,0489, com alta de 0,24%; e o ouro a U$ 2.883, com queda de 1,56%.
Fique ligado
As pessoas se casavam por questões econômicas e hoje não se casam por questões econômicas.
ResponderExcluirAs q se casam hoje sao menos inteligentes..kkkkk
ResponderExcluir