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O mercado imobiliário americano é um setor importante para as bases de crescimento econômico, pois representa como um todo, aproximadamente 10% do PIB e gerador de empregos. Muitos analistas consideram a bolha imobiliária como a responsável pela recessão de 2008. Alan Greenspan, ex-Presidente do FED, ao se deparar com a bolha da internet, resolveu incentivar o mercado imobiliário, reduzindo as taxas de juros no inicio dos anos 2000, com o objetivo de evitar uma crise maior.

O gráfico a seguir, dá uma dimensão da alta no preços dos imóveis ocorridos até o final de 2007, e a sua evolução depois disso.
Aqui vale aquela frase: "o copo está meio cheio ou meio vazio". Se levarmos-se em consideração os preços máximos atingidos, a recuperação recente está muito distante, algo em torno de 25% abaixo. Se por outro lado, considerarmos que a alta foi uma distorção, talvez os níveis atuais sejam mais reais. Não podemos deixar de considerar, que as taxas de juros nunca estiveram tão baixas nos USA e quando o FED começar a subir os juros, isso poderá gerar uma queda nos preços.

Uma outra consequência que pode-se verificar no mercado imobiliário americano é a expressiva redução tanto na venda de casas novas, como na de casas existentes.
A população americana continua crescendo, onde estão morando? Inicialmente verifiquem o número de novas casas para cada 1.000 habitantes. É um nível extremamente baixo.
Eles cada vez mais, estão morando em casas alugadas. Os motivos podem ser diversos, como o receio de comprar novas residências depois do tombo ocorrido em 2008, ou porque os preços não são compatíveis com seus ganhos recentes. O gráfico a seguir fornece pistas sobre o primeiro argumento, pois a percentagem de americanos que possuem casa própria, voltaram aos níveis mais baixos observados nos últimos 50 anos.
Outra mudança que ocorreu nestes últimos anos, principalmente entre a população mais jovem, é a permanência por mais tempo, na casa de seus pais. 
A vacância vem caindo de uma forma consistente, depois da crise imobiliária, devendo pressionar os custos de aluguéis. O gráfico abaixo já mostra uma elevação dos preços de aluguéis muito superior ao ganhos de salários. Isso acarretou um número cada vez maior de pessoas sem condições de pagar o aluguel, cujo gasto para milhões de americanos, é mais da metade de seu salário.
 Se a construção de imóveis novos não subir substancialmente nos próximos anos, o gap existente entre o salário/aluguel, mostrado acima, vai aumentar ainda mais, colocando bastante pressão na formação de famílias, elevação dos "sem teto", e um retardamento no crescimento econômico.

No post 14-semanas-de-desamor, defini a estratégia para a compra de euro, que acabou se concretizando, parte no dia seguinte. Em seguida, a moeda úncia chegou a negociar a 1,1284, mas na sexta-feira, após o anúncio dos dados de emprego americano, levou um bom tombo. Hoje está se recuperando, conforme pode-se ver no gráfico abaixo.
Vocês devem lembrar que somente parte da posição foi completada (60%), e para não confundir, vou considerar que agora representa 100% da posição. Eu animei o gráfico acima com as "carinhas" para esclarecer o que pode acontecer. Se o euro romper o nível de 1,1280, estamos bem, aumentam, muito a chance de estar no caminho certo, por ouro lado, abaixo de 1,1030, fica perigoso, e não gostaria de ter posições. 

Eu já havia calculado nosso preço médio de compra em 1,1097. Vou sugerir a liquidação de 1/3 da posição nos preços atuais de 1,1205, e manter os 2/3 restante com o stop a 1,10. Desta forma, se formos stopados, o prejuízo será mínimo, aproximadamente 0,27%. E assim vamos nós, com cautela no mercado da moeda "traiçoeira".

O SP500 fechou a 2.079, com baixa de 0,65%; o USDBRL a R$ 3,1124, com queda de 0,99%; o EURUSD a 1,1291, com alta de 1,62%; e o ouro a US$ 1.173, com alta de 0,17%.
Fique ligado!


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