Começa o segundo tempo para a inflação
Para quem gosta de futebol sabe como às vezes é difícil
esperar o término de uma partida, principalmente quando seu time passou um
período difícil. A inflação encontra-se numa situação semelhante, está ganhando
de 1 a 0, mas ainda faltam os 45 minutos do segundo tempo. Uma eternidade!
Hoje foi publicado o IPCA -15 cuja variação foi de 0,19% no
mês, abaixo das expectativas dos analistas, em bases anuais saiu de 8,8 % para
8,3%. As principais categorias que ocasionaram essa retração foram alimentos e
despesas pessoais.
Outro indicador que considero importante é a taxa de
difusão, bem como os preços livres. Na tabela abaixo encontram-se esses dados.
O primeiro permaneceu estável, em níveis historicamente baixos, enquanto o
segundo continua com tendência de queda.
A previsão da Rosenberg para o fechamento da inflação em
2016 é de 7,2% a.a., com viés de baixa, dando para arriscar um nível de 7% a.a.
No post de ontem --- o banco
central---, critiquei o fato de o banco central ter sido tímido, ao baixar os
juros SELIC em 0,25%. O dado publicado vai na mesma direção, embora se conhecido
ontem, não teria mudado sua decisão. Os mercados futuros de DI sofreram pequenas
correções, se comparados aos níveis antes da reunião do COPOM. Esse ajuste foi mais concentrado nos
contratos mais curtos. Isso significa que o mercado ainda continua apostando
que os cortes irão se acelerar já na próxima reunião.
Parece que a inflação está ganhando o jogo, ainda por um
placar pequeno, mas com boas chances de mais gols no segundo tempo. Como no
futebol, é essencial que o time permaneça o mesmo, melhor ninguém se machucar
ou levar um cartão vermelho. O apito final do juiz nesse jogo será em dezembro,
na próxima reunião do COPOM, enquanto isso vamos assistir bons momentos da
inflação – eu espero! Hahaha....
No post – rambo em ação ---
fiz os seguintes comentários sobre o euro: ...”Contida dentro do mini triângulo, fez com que a oscilação
fosse ínfima nesse período. Essa configuração, triângulo assimétrico, sugere um
rompimento para níveis mais baixos, onde se ultrapassado 1,10, abrirá as portas
para nova tentativa de rompimento do nível de 1,05” ...
Dito e feito, após o rompimento do nível de 1,10, o euro se
aproxima para um novo teste ao redor de 1,065 – linha rosa. Nesse momento será
testado se o contorno em relação ao triângulo continua (1), ou se o nível de
1,05 será rompido (2)
Estamos chegando próximo da hora da verdade e o euro se
aproxima de uma nova queda, cujo primeiro objetivo é a paridade, que se rompido
poderá atingir 0,85, mesmo patamar quando foi lançado em 2001. Eu venho
repetindo que correções terminam e essa está próxima de acontecer. Fique de
olho no Mosca.
Como eu havia adiantado, o Mosca não será publicado na próxima semana, voltando regularmente
no dia 31/10. Em relação às operações em andamento, mantenha os stops
estabelecidos abaixo e qualquer alteração farei uma postagem extra.
O SP500 fechou a 2.141, sem alteração; o USDBRL a R$ 3,1496, com alta de 0,22%; o EURUSD a 1,882, com queda de 0,42%; e o ouro a US$ 1.266, sem variação.
Fique ligado!
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