Fed: 0,25% na caçapa
Enquanto nos brasileiros esperamos os resultados das
eleições, que acontecerão dentro de 10 dias, o mercado americano aguarda o
resultado da reunião do Fed hoje. Naturalmente, esses eventos não são da mesma
importância, o primeiro é muito mais.
A disputa eleitoral é tão elevada que entrou literalmente em
campo, até os fãs de futebol geralmente apolíticos do país estão sendo
arrastados para dentro da polêmica entre Bolsonaro versus Haddad. Nos últimos
dias, os torcedores dos maiores times, incluindo Corinthians, Palmeiras e
Flamengo, emitiram declarações criticando Jair Bolsonaro.
Rodrigo Gonzalez Tapia, presidente da Gaviões da Fiel, o
maior fã-clube do Brasil com mais de 100.000 membros, escreveu no Facebook que
qualquer um que apoie o candidato “pode deixar a organização”. Ele advertiu que
Bolsonaro é autoritário e que o grupo foi fundado em 1969 não apenas para
apoiar a equipe, mas também para se opor à ditadura.
"Nossos fundadores sofreram muita opressão por levantar
a bandeira em favor da democracia e dos direitos das pessoas", ele
comentou.
Até o momento, nenhum fã-clube saiu em apoio a Bolsonaro e
as equipes permanecem cuidadosamente neutras. Os presidentes do Corinthians e
do Grêmio disseram que não fariam declarações políticas. Um vídeo de torcedores
do Atlético Mineiro cantando um canto pró-Bolsonaro se tornou viral, provocando
uma reação que levou a diretoria do clube a pedir desculpas.
Não me lembro em nenhum momento da vida política brasileira,
que um assunto se tornou tão polêmico. Quando das diretas já, os cantos eram
todos na mesma direção, diferente do caso agora, onde os grupos estão extremamente
divididos. O que é mais interessante é que, o grupo que é contra um determinado
candidato não é a favor do outro, é contra também. Parece que essa eleição haverá
muitos votos brancos e nulos, principalmente no 2º turno.
Antes do resultado do Fed, vou avaliar alguns indicadores
que deverão influenciar a sua decisão. Começando pela previsão do PIB efetuada
pelo WSJ através de 60 economistas. Como se nota no próximo gráfico, caso se
concretize, a economia americana não terá crescimento nada inspirador nos
próximos anos, praticamente uma repetição do que ocorreu nos últimos 5 anos.
Já em expectativa a alta de juros, um outro levantamento
aponta para uma taxa um pouco inferior a 3% - abaixo do dots, embora a empresa Capital Economics, tem uma visão mais
negativa, onde o Fed teria que cortar os juros e não elevar a partir de 2020.
Em relação a remuneração dos empregados americanos, que tem
apresentado aumentos diminutos, quando comparados aos níveis baixos de
desemprego, uma avaliação mais detalhada pode explicar esse fenômeno. O gráfico
a seguir aponta as diversas formas como estão sendo pagos os rendimentos, e
notem que, o que mais subiu foi o bônus. Essa forma é muito saudável não
gerando pressões inflacionárias.
Em relação a confiança dos consumidores, o resultado não
poderia ser mais animador. Os dois gráficos apresentados a seguir: Bloomberg US
Consumer Confort Index e US Economic Expectation Index, se encontram nos níveis
mais elevados dos últimos 20 anos. Lembrando os leitores que 70% do PIB
refere-se ao consumo.
Como todos esses dados em mãos além de muitos outros, o Fed
decidiu elevar os juros em 0,25% pela oitava vez. As surpresas em relação aos
aumentos de juros no futuro, projeção dos dados econômicos para os próximos
anos, e teor do comunicado, mas parece um paste
copy do anterior, ficando difícil achar os 7 “erros”! Hahaha ...
Como se pode notar nos dots,
os juros deveriam subir mais uma vez esse ano, três no próximo e uma em
2020, perfazendo uma taxa final de 3,5% a.a. No gráfico também se pode notar a
disparidade entre o Fed e as taxas de mercado (em roxo). Dá para ganhar uma
nota apostando que o Fed irá cumprir o que projetou.
Em relação a declaração que o Presidente Trump fez, ao dizer
que estava insatisfeito com as altas dos juros, O Presidente do FED, disse na
secção de perguntas e respostas, que não está nem aí com que os outros
palpitam. O que importa são as avaliações dos membros sobre a economia. Será
que o Trump vai ficar furioso com essa declaração?
No post sem-pressão, fiz os seguintes comentários sobre
o ouro: ...”
Ontem intempestivamente decidi liquidar a posição existente sem que houvesse
nenhuma razão para tanto. O que me fez tomar essa decisão? Não vou conseguir
dar motivos técnicos suficientemente críveis para justificar tal ação. Foi uma
combinação de fatores, mas o que mais pesou eu marquei no gráfico abaixo” ...
...” A área circunscrita pode ser um indicador
de alta de curto prazo que faria o ouro atingir pelo menos U$ 1.235. Mas só o
tempo dirá se fui precipitado ou cauteloso” ...
Desde a última publicação, o ouro ficou contido entre as
retas em marrom traçadas abaixo. Um triângulo parece estar em andamento, e
nesse caso, a chance de alta é de 67%.
- David, agora que
virou um torcedor, como você mesmo diz, o que se poderia esperar do ouro? Veja,
não a sua opinião, mas a técnica.
Concordo! Para responder sua pergunta, veja o gráfico a
seguir.
Se tudo correr como o esperado, o ouro poderia atingir U$
1.235 e no máximo U$ 1.250, sem que, a opção de queda seja questionada. Assim,
como agora você já é um exímio operador, poderia arriscar uma venda no primeiro
nível com um stoploss a U$ 1.260, para não ficar muito “apertado” na parte
superior.
O SP500 fechou em 2.905, com baixa de 0,33%; o USDBRL a R$ 4,034,
com queda de 1,04%; o EURUSD a € 1,1739, com queda de 0,27%; e o ouro
a U$ 1.194, com queda de 0,50%.
Fique ligado!
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